08/09/2013 - Correio da Bahia
A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) irá receber uma audiência pública nesta terça-feira (10), às 9h30, na Comissão de Infraestrutura. Temas como a desativação de trechos ferroviários da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e o projeto de uma nova ferrovia serão debatidos, assim como a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que autorizou devolução do trecho de 1760 km, concedido há 17 anos para a FCA.
Participarão da audiência parlamentares prefeitos dos municípios cortados pela ferrovia, sindicalistas, representantes da ANTT e do Ministério dos Transportes.
Na última sexta-feira (6), após reunião de quase duas horas, o governador Jaques Wagner revelou que possui a garantia da presidente Dilma Rousseff de que os trechos ferroviários no Estado não serão desativados. Além disso, a cidade de Alagoinhas não será excluída do Programa de Investimento em Logística (PIL) do governo federal.
"Não existe nenhuma hipótese de desativar a ferrovia, nem retirar trilhos. Tenho o compromisso da presidente da República. É um processo de retomada e não de desativação. A garantia que eu tenho é que não haverá desmobilização enquanto não tivermos uma nova ferrovia. O governo federal precisa dizer agora quem assume o trecho", afirmou.
O assunto ainda será discutido em encontro com o Ministro dos Transportes, Cesar Borges e o diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), nesta segunda-feira (9), em Brasília.
Em 29/07/2013
Desativação de ferrovia extingue 1.500 postos de trabalho na BA
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, no início do mês, a desativação de diversos trechos ferroviários que vinham sendo operados pela concessionária Ferrovia Centro-Atlântica, empresa do grupo Vale.
Entre os trechos que serão devolvidos em seis estados brasileiros, alguns são antieconômicos e outros são viáveis, como a ligação Alagoinhas-Juazeiro, na Bahia, com extensão de 1.700 quilômetros.
A ferrovia Centro Atlântica já avisou que fará a imediata retirada dos trilhos, utilizados na Bahia para o transporte de cargas de madeira, combustível e minérios.
A desativação obriga empresas como a Ferbasa, a BR Distribuidora e a Copener a escoar sua produção pelas rodovias, onde o custo é mais alto e o risco de acidente muito maior.
A medida vai produzir impacto negativo em 25 municípios baianos, onde serão desativados 1.500 postos de trabalho.
O assunto já seria grave o suficiente num cenário de baixo desenvolvimento em que o governo federal estimula o consumo e promove desonerações fiscais, a fim de ajudar a atividade econômica.
No território político, esta questão causou polêmica porque não houve discussão prévia com a sociedade, nem com o governo baiano sobre a desativação da ferrovia.
Também não há um plano de transição capaz de minimizar os prejuízos imediatos causados pela desativação.
O deputado petista Joseildo Ramos (PT) protestou de forma veemente em defesa da economia dos municípios que serão prejudicados pela resolução.
As queixas do deputado chegaram ao Ministério dos Transportes, responsável pelas ferrovias e o protesto do parlamentar não foi bem aceito pelo ministro César Borges.
Integrante da cota do PR na Esplanada dos Ministérios, César Borges acenou com uma compensação: a inclusão da Bahia no Programa de Logística com um trecho que passou a incluir Feira de Santana.
O problema é que serão necessários, no mínimo, cinco anos para este projeto sair do papel. Então, o deputado Joseildo Ramos seguiu reclamando; agendou reuniões com autoridades estaduais e argumenta que a Bahia não poderia ser prejudicada desta forma.
Oposição – O presidente estadual do Democratas, deputado Paulo Azi, também criticou a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicada no dia 5 de julho, e do Ministério dos Transportes pela desativação da malha ferroviária dos trechos Alagoinhas-Juazeiro e Alagoinhas-Propriá, considerados economicamente viáveis.
“O governo não consegue avançar na execução das obras da ferrovia Oeste-Leste (FIOL) iniciadas há quase três anos e até o momento com apenas 5% de executada e nem luta para manter e qualificar as ferrovias existentes”, protestou Azi, alertando que a desativação da ferrovia vai causar grande prejuízo às economias dessas regiões.
“O que se esperava do governo era o anúncio de fortalecimento desse importante modal e não a sua simples desativação” , acrescentou Azi.
Publicada por Maristela de Lima às 11:02, 10/07/2013
Em 29/07/2013
Desativação de ferrovia extingue 1.500 postos de trabalho na BA
Entre os trechos que serão devolvidos em seis estados brasileiros, alguns são antieconômicos e outros são viáveis, como a ligação Alagoinhas-Juazeiro, na Bahia, com extensão de 1.700 quilômetros.
A ferrovia Centro Atlântica já avisou que fará a imediata retirada dos trilhos, utilizados na Bahia para o transporte de cargas de madeira, combustível e minérios.
A desativação obriga empresas como a Ferbasa, a BR Distribuidora e a Copener a escoar sua produção pelas rodovias, onde o custo é mais alto e o risco de acidente muito maior.
A medida vai produzir impacto negativo em 25 municípios baianos, onde serão desativados 1.500 postos de trabalho.
No território político, esta questão causou polêmica porque não houve discussão prévia com a sociedade, nem com o governo baiano sobre a desativação da ferrovia.
Também não há um plano de transição capaz de minimizar os prejuízos imediatos causados pela desativação.
O deputado petista Joseildo Ramos (PT) protestou de forma veemente em defesa da economia dos municípios que serão prejudicados pela resolução.
As queixas do deputado chegaram ao Ministério dos Transportes, responsável pelas ferrovias e o protesto do parlamentar não foi bem aceito pelo ministro César Borges.
Integrante da cota do PR na Esplanada dos Ministérios, César Borges acenou com uma compensação: a inclusão da Bahia no Programa de Logística com um trecho que passou a incluir Feira de Santana.
Oposição – O presidente estadual do Democratas, deputado Paulo Azi, também criticou a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicada no dia 5 de julho, e do Ministério dos Transportes pela desativação da malha ferroviária dos trechos Alagoinhas-Juazeiro e Alagoinhas-Propriá, considerados economicamente viáveis.
“O governo não consegue avançar na execução das obras da ferrovia Oeste-Leste (FIOL) iniciadas há quase três anos e até o momento com apenas 5% de executada e nem luta para manter e qualificar as ferrovias existentes”, protestou Azi, alertando que a desativação da ferrovia vai causar grande prejuízo às economias dessas regiões.
“O que se esperava do governo era o anúncio de fortalecimento desse importante modal e não a sua simples desativação” , acrescentou Azi.
Provável fechamento de ferrovias faz Sindicato organizar protestos
Sindferro repudia ação que causará demissõesPublicada por Maristela de Lima às 11:02, 10/07/2013
Em repúdio ao provável fechamento das linhas férreas de Alagoinhas/Juazeiro e Alagoinhas/,o que acarretará na demissão de cerca de 1.500 trabalhadores, o SINDIFERRO, Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários e Metroviários da Bahia e Sergipe, organiza uma grande ação de protestos para a próxima quinta-feira, dia 11, às 6 da manhã, na Oficina Arlindo Luz, em Alagoinhas, cidade localizada a 108 km de Salvador. Os trechos são operados pela empresa Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
Além dessas duas linhas que envolvem a Bahia e Sergipe, a FCA irá desativar e devolver ao poder público mais 10 trechos ferroviários que explora nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
A determinação também sobrecarrega a logística de transportes, retira a circulação de impostos e não favorece o crescimento da indústria. A ANTT, que se trata de um órgão do Governo Federal, foi conivente com os interesses do Capital e contra os Trabalhadores, sendo que ainda faltam 12 anos para vencer o contato com a união”, de acordo o Sendiferro.
Além dessas duas linhas que envolvem a Bahia e Sergipe, a FCA irá desativar e devolver ao poder público mais 10 trechos ferroviários que explora nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
A determinação também sobrecarrega a logística de transportes, retira a circulação de impostos e não favorece o crescimento da indústria. A ANTT, que se trata de um órgão do Governo Federal, foi conivente com os interesses do Capital e contra os Trabalhadores, sendo que ainda faltam 12 anos para vencer o contato com a união”, de acordo o Sendiferro.
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