Foto: Vale do Caiobá, por onde passava o trem. Ao fundo, o Rio de Janeiro. |
Reviver a época das estradas de ferro, passando por belas paisagens, não é o
único motivo da reativação da Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará, na Serra
da Estrela. Segundo Antônio Pastori, um dos idealizadores do projeto, a volta do
trem vai também trazer outros benefícios para Petrópolis, como mobilidade urbana
com o ganho de tempo na subida da serra e a melhora e revitalização de toda a
Serra Velha. Segundo a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, o projeto
para a reativação que já está pronto deve, ainda neste ano, ser entregue ao
Ministério das Cidades, para a captação de recursos, mas ainda não há prazo para
o início das obras.
O projeto tem orçamento global estimado em R$ 217 milhões e inclui os
recursos para a remoção de casas, embora ainda não haja um número definido.
Prevê a implementação de um programa de sustentabilidade com impactos positivos
na economia, no turismo e nas questões sociais, principalmente para as famílias
que residem na área da Serra da Estrela entre Raiz da Serra, em Magé, e o Alto
da Serra.
“Muitos petropolitanos são reféns hoje da rodovia BR-040 e levam cerca de
duas horas e meia neste trajeto, dependendo do horário, além dos problemas com
retenções, acidentes, entre outros. Com o trem, este trajeto pode levar até uma
hora e meia, além disso com uma vista melhor para a área de preservação”, disse
Antônio Pastori.
A ferrovia foi inaugurada em 1883, no império de Dom Pedro II, e está
desativada desde 1964, depois de 80 anos de uso. A malha ferroviária contava com
cerca de 6Km de extensão, utilizava a técnica de cremalheira e atingia uma cota
acima dos 800 metros no Alto da Serra.
“O novo projeto é para recuperar também estes seis quilômetros de ferrovia,
da Vila Ihomorim [Raiz da Serra] até o bairro Alto da Serra, onde deverá haver
uma estação de troca para um trem VLT [Veículo Leve Sobre Trilhos], mais leve e
moderno, elétrico e sem nenhum dano à natureza, até o centro de cidade. Nosso
objetivo é que o trem para todo este trajeto também seja elétrico”, disse.
Quatorze engenheiros e técnicos da ABPF trabalharam no estudo de três volumes
com todo o detalhamento do projeto. O plano trabalha com a perspectiva de gerar
emprego e renda para as comunidades de entorno, que vivem ao longo dos seis
quilômetros da estrada de ferro. No projeto também estão previstas a recuperação
da floresta e o resgate da história da ferrovia. De acordo com o projeto, cerca
de mil passageiros utilizariam o trem por dia, se consideradas as viagens de ida
e volta. Nos fins de semana, feriados, estação de alta temporada e programações
especiais, estima-se que mais de três mil passageiros façam o passeio.
Atualmente, há um abaixo-assinado na internet que já soma mais de três mil
assinaturas em prol da reativação da Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará, no
site manifestolivre.com.br.
“O total de assinaturas já é maior do que o trem vai poder transportar
diariamente, em termos de passageiros, estimados em 1.400 por dia. O que falta
agora é um pouco mais de boa vontade para que o projeto realmente ande e saia do
papel”, contou Pastori.
Com a revitalização da ferrovia, a cidade terá oportunidade de reativar um
dos mais belos passeios turísticos da Região Serrana.
*Ariane Nascimento
Redação Tribuna
Projeto do trem para Petrópolis está pronto
A
Fundação de Cultura e Turismo anunciou, por meio da Coordenadoria de
Comunicação, que o projeto da Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará já está
pronto.
A
Fundação de Cultura e Turismo anunciou, por meio da Coordenadoria de
Comunicação, que o projeto da Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará já está
pronto e a Prefeitura prevê que terá condições de pedir recursos para a obra, ao
Ministério das Cidades, para a captação de recursos do PAC ainda este ano.
O
projeto tem orçamento global estimado de R$ 217 milhões e inclui os recursos
para a remoção de casas, embora ainda não haja um número definido. Não há
previsão de data para o início das obras, que têm duração estimada de três anos.
Elas serão realizadas a partir de Vila Inhomirim e se estenderão até o Alto da
Serra, onde está prevista uma estação de troca para um VLT, mais leve e moderno,
até o centro.
A
ferrovia que foi inaugurada em 1883, no império de Dom Pedro II, está desativada
desde 1964, depois de 80 anos de uso. A malha ferroviária contava com cerca de 6
km de extensão, utilizava a técnica de cremalheira e atingia uma cota acima dos
800 metros no Alto da Serra.
O
projeto que será apresentado no Ministério das Cidades consiste em aproveitar os
três quilômetros do leito da Estrada de Ferro Leopoldina e os seis quilômetros
do plano inclinado da Serra da Estrela, para restabelecer a ligação ferroviária
entre o Centro Histórico, o bairro Alto da Serra e o município de Magé. As obras
são estimadas em cerca de R$ 217 milhões.
De
acordo com a Fundação de Cultura e Turismo, não há previsão de quando as obras
irão começar. Estima-se que as intervenções durem aproximadamente três anos. Os
trabalhos começam pela Vila Ihomorim (na Raiz da Serra) e se estendem até o
bairro Alto da Serra, onde deverá haver uma estação de troca para um trem VLT
(Veículo Leve Sobre Trilhos), mais leve e moderno, até o Centro de Cidade.
Um
ponto importante do projeto é a remoção de casas. De acordo com a Fundação de
Cultura, não há um número definido de moradias que deverão ser removidas, mas
quem trafega pelo local percebe que a ocupações irregulares ao longo da Serra
Velha da Estrela estão se tornando cada vez mais frequentes.
Antonio Pastori, via IPad.
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