Com cerca de 70% da frota de trens no Brasil, a GE Transportation acaba de concluir um projeto de validação do uso de uma mistura de 25% de biodiesel no combustível que abastece suas locomotivas. Hoje, a lei exige que as empresas usem no mínimo 5% de biodiesel.
Segundo o presidente da GE Transportation para a América Latina, Rogério Mendonça, os testes para a validação do uso de biodiesel nas locomotivas partiram de um pedido de clientes. "O uso de biocombustíveis é tendência global. As empresas querem estar prontas tecnologicamente", afirma o executivo.
Segundo o presidente da GE Transportation para a América Latina, Rogério Mendonça, os testes para a validação do uso de biodiesel nas locomotivas partiram de um pedido de clientes. "O uso de biocombustíveis é tendência global. As empresas querem estar prontas tecnologicamente", afirma o executivo.
Os fabricantes de biodiesel têm pressionado o governo para ampliar a mistura obrigatória do combustível "verde" no diesel, hoje em 5%. O próprio ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse no fim de 2013 que a elevação do porcentual está em estudo pelo governo.
Os testes da GE foram feitos por dois anos em trens em operação e na fábrica da empresa em Contagem (MG). O resultado habilita as cerca de 2 mil locomotivas no País a usarem uma mistura maior do biodiesel.
Custo. Apesar da habilitação técnica, as operadoras de carga não devem ampliar no curto prazo o uso do biocombustível, já que ele é cerca de 20% mais caro do que o diesel, segundo estimativas de mercado.
A MRS Logística, por exemplo, usa em suas locomotivas a mistura obrigatória de biodiesel no diesel, de 5%, e diz que o entrave para ampliar o porcentual é o custo. O combustível representa 25% do custo operacional total da concessionária.
Os produtores de biodiesel dizem que o problema de competitividade do combustível verde é um reflexo da política de preços do diesel da Petrobrás. A estatal vem importando diesel a preços menores do que vende no País, atendendo à pressão do governo para segurar a inflação.
"É uma questão de política macroeconômica. A Petrobrás pratica no Brasil um preço 18% mais barato do que o preço de compra. Não dá para competir com preços artificiais", afirma o diretor-superintendente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (AproBio), Júlio Minelli.
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