São Paulo Entre os maiores desafios para atração de empresários aos leilões de ferrovias, a Taxa Interna de Retorno para operação foi elevada pelo governo federal. Agora, o TIR ao ano foi para 10,6%, ante aos 8,5% fixados anteriormente.
Em nota, a pasta explica que a atualização tem o objetivo de alinhar o binômio "risco e retorno" tornando os ativos de infraestrutura ferroviária no Brasil "competitivo com relação a alternativas semelhantes de investimento".
Essa taxa se refere ao custo médio ponderado de capital (WACC, na sigla em inglês). O WACC será usado como taxa de desconto para o cálculo do valor de outorga mínimo a ser oferecido nos leilões. Com isso, a taxa efetiva de retorno dependerá de questões como estrutura de capital do acionista. "O resultado mais provável será uma TIR efetiva do projeto diferente do valor acima apresentado", explica a nota da Fazenda.
Outros riscos
De acordo com a Fazenda, também foi alterada a medida de risco não diversificável do negócio, chamada de fator beta, que baliza a formação do custo de capital próprio. "Passou-se a utilizar o 'fator beta' de empresas do setor ferroviário dos Estados Unidos por este mercado possuir o modelo ferroviário vertical [gestão da infraestrutura e operação da ferrovia] similar ao modelo a ser utilizado nas próximas concessões ferroviárias no Brasil", explicou.
A nota explica ainda que foi mantida a metodologia anterior, que é de maio de 2007, para as outras variáveis envolvidas, que foram atualizadas. A taxa livre de risco passou a ser uma média da remuneração nominal dos títulos do Tesouro norte-americano de janeiro de 1995 a outubro de 2015.
Os próximos leilões de concessão ferroviários são da Ferrovia Norte-Sul (trechos Açailândia/MA-Barcarena/PA e Palmas/TO-Anápolis/GO e trechos Anápolis/GO-Estrela D'Oeste/SP e Estrela D'Oeste/SP-Três Lagoas/MS) e Ferrovia Lucas do Rio Verde/MT-Miritituba/PA.
Fonte: http://www.dci.com.br/servicos/governo-sobe-taxa-de-retorno-a-ferrovia-id511220.html
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