Uns dois anos atrás pra ser bem claro, a estação Costa Pinto, passou um período bem difícil. Pois havia sido feita uma grande reforma na estação e tudo corria muito bem. Todos sabem como estava bem iluminação renovada, pintada novamente, portão eletrônico, toda bem cuidada, limpa e bem frequentada...
Nesse tempo, estávamos negociando por determinação do MP estadual, duas demandas do próprio MP com relação a Estação. Uma delas era o Paisagismo a outra o projeto de segurança e prevenção de incêndios. Tudo começou porque percebemos que alguma coisa andava errada nesse processo de tombamento, no qual nós bancávamos os ônus e a prefeitura ficava com o Bônus. Então um belo dia resolvemos dizer, opa!!!! Parem tudo. Vamos rever essa coisa toda. Mas já havíamos decidido que iriamos fazer tudo sozinhos. No entanto, aceitamos o acordo, pois eles precisam investir um pouco que seja em todo bem tombado. Não abrirei mão disso nunca. Lei é lei, dever é dever, mas direito é direito.
Foi nesse momento então, que o MP determinou que a prefeitura, a qual havia arrecadado já mais de 300 mil reais nos últimos dois anos, deveriam sim investir alguma coisa na estação. O promotor chamou a mim e o responsável pela Pasta da Cultura, Sr. Rodrigo Pacheco. Compareci na promotoria e lá também compareceu o Sr. Pacheco, onde foi apresentada a demanda do Ministério Publico, que pedia a finalização das reformas da estação que já havíamos feito a maior parte. Faltava apenas paisagismo e o tal Projeto de segurança e prevenção de incêndio, então pra ajudar, propus fazer o projeto de combate a incêndio, pra ajudar, deixando pra eles o paisagismo apenas. Esse foi feito.
Ficaram de apresentar o cronograma da parte deles é claro que, precisariam debater comigo o minha ideia de paisagismo para aquele lugar. Pra não dizer que não foram, apareceram por lá um dia, passaram o caminhão pesado por cima de uma das grades do canal de escoamento ou drenagem. Porém, na primeira "dificuldade", sumiram ou foram sumidos e nunca mais voltaram.
Na real, nada foi feito por eles.
Nos enrolaram por um bom tempo, aliás, como sempre fazem quando não querem fazer nada. A decisão do MP não foi acatada, o acordo assinado aqui no MP também não. Apenas fizeram cara de samambaia, sem cumprir uma linha sequer do acordado. Desculpas mil foram dadas, mas nada que fosse realmente aceitável.
Enquanto isso nós começamos o projeto de segurança e prevenção de incêndio que estava pronto, faltando apenas implantar a parte de iluminação, a renovação da iluminação da estação e também a de emergência. Porém, alguém entrou na estação em um determinado momento, provavelmente em um quando estávamos ocupados com alguma atividade externa ou viagem, impossibilitando que víssemos que ele estava furtando fios da estação, pois ela é monitorada por câmeras.
Curioso com o ocorrido, pedi a um amigo uma inspeção técnica a ele, que é especialista na área furtos e invasões, então ele me disse depois de muito analisar a situação ocorrida, que tudo indicava ter sido uma bela de uma sabotagem. Dessa forma, estamos reorganizando tudo e com algumas surpresas para quem tentar novamente. Mas fica aqui esse meu desabafo. Nessa cidade infelizmente, o ciúme e a inveja temem que as mudanças façam com que lavras melhore. Se continuar assim parada no tempo, Lavras acabará por se tornar um bairro de varginha ou quem sabe, até de Perdões... Politica de coronelismo só atrasa.
Mas a novela se agravou quando refizemos a reinstalação dos fios do padrão furtados, ao chamar a CEMIG no lugar de trocar o medidor que havia sido sacado e jogado ao chão, eles simplesmente cortaram a energia, solicitando a troca do padrão alegando está muito velho. Pois bem, trocamos com a ajuda de Carlos Alberto Pereira, que prontamente nos atendeu. Mas ao acionar a CEMIG a burocracia e dificuldade de entendimento, nos deixou quase um ano sem energia. Até que consegui acessar a pessoa que realmente tem o poder de decisão e agora estamos já com a situação pra ser controlada. Não fosse o problema do medidor, já estaria tudo resolvido.
Nesse meio tempo, estamos promovendo a limpeza do pós temporada de chuvas, e já inscrevemos a estação no programa SEMENTES do MP estadual, para aplicar mais uma reforma na estação.
Estamos seguindo os passos da estação da Zona norte, que já teve seu projeto arquitetônico sabatinado pelos membros do programa SEMENTES e passou com um valor estimado em dois milhões. Segundo a restauradora contratada, o projeto foi muito bem aceito e logo teremos aquela bela estação de volta, mas como a CASA DA MEMORIA - ANGELO ALBERTO DE MOURA DELFIM. Uma homenagem ao nosso mais querido e mais famoso e antigo membro do Circuito Ferroviário Vale Verde.
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