Anderson Nascimento Anderson Nascimento Author
Title:
Author: Anderson Nascimento
Rating 5 of 5 Des:
Lavras MG, e suas estações... Lavras é um município brasileiro da região do Campo das Vertentes , pertencente ao estado de Minas Gera...
Lavras MG, e suas estações...

Lavras é um município brasileiro da região do Campo das Vertentes, pertencente ao estado de Minas Gerais. Localiza-se a uma latitude 21° 14' 43 sul e a uma longitude 44° 59' 59 oeste, estando a uma altitude de 919 metros e possuindo uma área de 566,1 km². Sua população urbana aferida em 2010 pelo Censo é de 92.171 habitantes sendo que na estimativa de 2012 é de 94.228, mas possui uma população flutuante que gira em torno dos 122.000 devido a grande influencia econômica que a cidade exerce na região e as universidades locais. Lavras possui um elevado índice de qualidade de vida, sendo conhecida internacionalmente devido aos seus centros de excelência universitária.
Lavras poderia ser conhecida também como a cidade das estações ferroviárias, são oito no total, além da cidade ser cortada pela linha – tronco Angras dos Reis – Goiandira, são 3 linhas que cortam a cidade cujos ramais atingem as cidades de Brasilia, Belo Horizonte, Angra dos Reis, Cruzeiro, Mogi-Mirim, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, formando o entroncamento ferroviário sudeste do Brasil. Sem contar nas belas oficinas da EFOM que presenteiam o muncípio com beleza diferenciada.
Triste é relatar que a cidade que possui um acervo ferroviário tão especial e uma história tão íntima com a ferrovia deixa a cada dia sua história desaparecer em meio ao mato e escombros, parece querer esquecer ou apagar seu passado, que lhe trouxe tantas glórias e conquistas. É claro que a cidade foi contaminada pelo modismo. Aliás, o itinerário do modismo é idêntico ao da droga. Modismo e droga são processos de decomposição. Ambos atacam a parte mais frágil do organismo social, que é mais propensa à extravagância, às sensações violentas ou super-requintadas, à evasão da lógica, do bom senso e da realidade. Não há nada pior que uma sociedade passiva, deteriorada, divorciada da realidade, e falha do senso do dever. Para ela, tudo é objeto de exibição e jogo: as idéias, a moral e as tradições. No centro desse jogo está o campeonato das vaidades, partindo-se em seguida para a espalhafatosa e inglória corrida rumo ao disparate total. O deprimente estado das estações lavrenses causado pelo modismo brasileiro de abandono às ferrovias não pode ser justificado pelo todo, nem pela contaminação do corpo social, nem por especialistas na matéria, justifica-se simplesmente pela absoluta indiferença de todos.
Talvez o título acima, para ficar na moda, deveria ser: Lavras MG, e suas ruínas...

Estação Ityrapuan
A estação de Ityrapuan foi aberta em 1923. Em 1995 ainda funcionava como estação, nos derradeiros trens de passageiros da linha Barra Mansa a Ribeirão Vermelho.


Engenheiro Behring
A estação de Prudente foi aberta em 1966 no tronco da RMV - já então chamada de V. F. Centro-Oeste, para servir de ponto de saída para os ramais de Lavras a Três Corações e de Lavras a Divinópolis, este uma retificação de parte da antiga linha de bitola estreita (0,76 m) que ligava Ribeirão Vermelho a Aureliano Mourão. Alguns anos mais tarde a estação teve o nome alterado para Engenheiro Behring. "O nome oficial da estação é mesmo Engenheiro Behring. Prudente é o nome do local, um bairro rural, daí o fato do pessoal conhecer a estação por esse nome. A estação existe até hoje e está funcionando”. Alias, é a única conservada, porque é utilizada pela FCA.



Estação de Lavras
A estação de Lavras Oeste foi aberta em 1895, na linha de bitola métrica da EFOM, ligando-se a Ribeirão Vermelho, que tinha então o nome de Lavras. A partir de então, ficou convencionado que os nomes seriam Lavras (para Lavras Oeste) e Ribeirão Vermelho (para a antiga Lavras). Nesta estação, a partir de 1918, passou a chegar o ramal de Lavras, então da E. F. Sapucaí e depois da RMV, vindo de Três Corações. Entre Lavras e Ribeirão Vermelho existiu por muito tempo a bitola mista para permitir que os trens procedentes de Barbacena chegassem até Lavras por bitola de 0,76 m: "O Sr. Miguel Calmon, Ministro da Indústria e Viação, autorizou o Diretor da Estrada de Ferro Oeste de Minas a prolongar de Ribeirão Vermelho a Lavras a bitola de 76 cm, fazendo colocar um terceiro trilho no trecho da estrada compreendido entre aqueles pontos, de modo a evitar os trens especiais e a baldeação em Ribeirão Vermelho" (O Estado de S. Paulo, 29/11/1907). A partir de 1966, com a remodelação das linhas na região, os ramais de Lavras a Três Corações e de Lavras a Divinópolis - este uma retificação de parte da antiga bitolinha de 0,76 cm - passaram a sair da estação de Prudente, pouco depois renomeada como Engenheiro Behring.
O prédio da estação já não é o mesmo dos anos 1920; se é, o segundo andar foi desmanchado. "O complexo da estação está em péssimo estado de conservação. O saguão está pichado, com muito lixo, e não possui portas; o fedor é quase insuportável, os galpões estão sem telhas ou telhado.




Estação Costa Pinto
A estação de Costa Pinto foi aberta em 1926. "A estação foi construída na região do Bicame e foi inaugurada pela Rede Sul Mineira em 1 de setembro de 1926, com o propósito de ligar Lavras ao ramal de Três Corações. A inauguração desse ramal provocou verdadeiro entusiasmo e justas manifestações de alegria, nas duas cidades, em razão da facilidade da exportação do café do sul e oeste do Estado para os dois principais centros de mercados do país: Rio de Janeiro e Santos. O primeiro trem de passageiros saiu às 7 horas da manhã do dia 1 de setembro de 1926, partindo de Lavras para Três Corações.
Foi restaurada a alguns anos atrás, pela prefeitura local, no entanto já precisa de cuidados novamente, ser tratada como uma estçaão ferroviária.


 
Estação Rosas
A estação de Rosas foi aberta em 1926. Está hoje (2007) em ruínas. No dístico ainda existente, aparece a data 1928, o que significa que o prédio somente foi concluído dois anos depois da inauguração de uma estação provisória. "A estação do Rosas fica a cerca de 7 km da cidade de Lavras.





Estação Faria
A estação de Faria foi aberta em 1926. Sobre o dístico da estação, até hoje, lê-se uma data: 1928. Ano de entrega da estação, é quase certo. Então, a inauguração dela foi com alguma construção provisória, dois anos antes. "A estação do Faria fica uns 25 km da cidade de Lavras.



Estação Cervo
A estação de Cervo foi aberta em 1918. Hoje está abandonada. "Quase em frente à placa indicativa do km 708 da rodovia Fernão Dias, há uma entrada semi-asfaltada que leva à estação do Cervo. Já no começo da estrada,pode-se ver ao longe as ruínas fantasmagóricas da antiga estação.


Engenheiro Bouscheville
Inaugurada em 01/05/1966. "Após cerca de 1 km, em direção a Lavras, quando vimos de Engenheiro Behring, inicia-se o ramal de Divinópolis, este ponto pode ser a estação de Engenheiro Bouscheville, antiga Andreza, realmente apenas uma parada; deu para ver um pequeno pátio (02 linhas) e uma pequena construção". (Carlos Miguez, 11/2005)

*Não foi localizada nenhuma foto do local.



As Oficinas da EFOM
O complexo ferroviário de Lavras-Ribeirão Vermelho, criado no século XIX e originalmente construído pela E. F. Oeste de Minas, tinha importância bastante relevante na região. As duas estações eram muito próximas estando, na sua criação, dentro do mesmo município (Lavras). Com o tempo, as duas estações receberam bitola mista, pois por elas também passou a linha Angra dos Reis-Goiandira, a partir dos anos 1920.
Com toda essa importância, era natural que ali passasse a existir oficinas e pátios grandes. Em 1965, mais uma estação se juntou às duas que existiam em Lavras e à de Ribeirão Vermelho: o pátio de Engenheiro Behring. Pouco depois, eliminou-se a linha de bitola menor (76 cm), permanecendo somente a métrica. Com os ramais que foram construídos ali perto, do complexo era também possível chegar ao Triângulo Mineiro e à região de Campinas, através de outra linha que saía dali e, chegando a Três Corações, possibilitava o acesso ao ramal de Sapucaí, que alcançava Mogi-Mirim.



Fontes:

www.estacoesferroviarias.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lavras
http://blogdogiesbrecht.blogspot.com.br/2010/09/lavras-ribeirao-vermelho-e-vergonha-na.html
Texto de Plínio Corrêa de Oliveira, adaptado por Anderson Nascimento
 

About Author

Advertisement

Postar um comentário

 
Top