15/02/2012
A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) aprovou hoje, por
16 votos favoráveis e uma abstenção, a recondução do diretor-geral da
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo,
para mais dois anos no cargo. A abstenção foi do senador Roberto Requião
(PMDB-PR), que saiu da sala na hora da votação.
Antes da votação, Figueiredo foi submetido a uma longa sabatina,
principalmente pelos senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Roberto
Requião. De acordo com a Agência Senado, Ferraço apontou problemas em
rodovias e ferrovias concedidas e também questionou a validade do
projeto do Trem de Alta Velocidade, entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Já Requião, que vinha criticando a recondução de Figueiredo desde o
fim do ano passado, voltou a fazer a curiosa acusação de que o atual
diretor-geral da ANTT é defensor dos interesses das concessionárias do
setor ferroviário, em particular da ALL. Bernardo na verdade é conhecido
como crítico das concessionárias, já que é o responsável pelas
resoluções da ANTT que alteram os contratos de concessão, pela defesa
dos usuários dependentes e pela fixação de teto tarifário.
Durante sabatina na comissão, Bernardo Figueiredo defendeu o projeto
do trem de alta velocidade (TAV) que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro e
disse que deverá ser licitado este ano.
"Não existe alternativa de não se fazer nada", afirmou Figueiredo.
Para ele, não é sustentável economicamente manter a ligação entre as
duas capitais apenas por via aérea e pela Rodovia Presidente Dutra.
Figueiredo salientou que, desde o ano 2000, há estudos apontando para a
viabilidade de se construir uma nova infraestrutura ferroviária entre as
metrópoles. "Temos que dar uma solução", disse.
Votação no Senado
O Senado deve votar na próxima quinta-feira (23/02), após o carnaval,
a recondução de Figueiredo à ANTT. Segundo o diretor adjunto da mesa,
Marcos Mousinho, a votação é nominal e deve ter quórum com maioria
absoluta. Hoje, dos 81 senadores, somente 45 estão presentes na sessão
que começou às 14h. O número é considerado baixo quórum.
Para a recondução de Figueiredo ao cargo é necessário que 41 senadores votem a favor
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