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Title: Com filas nas estradas, cresce operação de contêineres em trens
Author: Anderson Nascimento
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A MRS Logística e a América Latina Logística (ALL), concessionárias ferroviárias que atendem o Porto de Santos, confirmam o crescimento na ...
A MRS Logística e a América Latina Logística (ALL), concessionárias ferroviárias que atendem o Porto de Santos, confirmam o crescimento na demanda pelo transporte de trens para trazer cargas ao complexo marítimo, desde o início dos congestionamentos nas estradas de acesso à região portuária. Sem apresentar números, considerados estratégicos, as empresas conseguiram mais clientes, que tentam fugir das estradas lotadas.

O crescimento ocorre especialmente no mercado de contêineres e nos transportes a curtas distâncias– feito entre o complexo portuário e, no máximo, o Interior do Estado. Fora desse trecho, as composições em circulação são, na maioria, as destinadas ao mercado de grãos.

Cada conjunto de trens da ALL tem em média 1.500 metros de extensão. São quatro locomotivas e 80 vagões. Cada vagão, em volume, corresponde a um caminhão convencional ou até dois articulados. Assim, são retiradas das entradas 320 carretas a cada composição ferroviária que segue em direção ao complexo santista.

São 90 quilômetros de trilhos instalados no Porto, todos controlados pela Portofer. Diariamente, 32 composições circulam entre as margens Direita (Santos) e Esquerda (Guarujá). Pelo menos 10 delas são de responsabilidade da MRS, que também registrou crescimento.

A empresa, porém, não conseguiu atender solicitações de clientes novos, que preocupados com os congestionamentos nas estradas, desejavam migrar, definitivamente, para a ferrovia. A prioridade foi aumentar a capacidade dos trens para os clientes que já tinham contrato assinado.

Segundo as concessionárias, atualmente, há mais vagões preparados para receber contêiner - com isso, as rodovias e vias urbanas de acesso poderão receber maior fluxo de grãos.

Empresas

Entre as empresas que transferiram suas cargas de importação e exportação do modal rodoviário para o ferroviário, estão, principalmente, as do ramo automobilístico e de papel e celulose.

A Tribuna apurou que a montadora Scania do Brasil é uma das companhias que, há pelo menos um mês, saiu das estradas para utilizar os trens. Ela é uma das responsáveis por colocar pelo menos mais 30 vagões nas composições que, diariamente, chegam e saem do Porto de Santos.

Oficialmente, a empresa não nega, nem afirma. Mas já existem estudos internos - e aprovados pela direção - para transferir toda sua operação do Porto de Santos para o Porto do Rio de Janeiro em até um ano. Fontes explicaram que a distância seria compensada pela falta de problemas no trajeto (garantindo agilidade e resultados).

Santos e São Bernardo do Campo, onde localiza-se a Scania, estão a menos de 40 quilômetros de distância. Da capital fluminense, o trajeto ultrapassa os 460 quilômetros.

Em nota oficial, a Scania limita-se a dizer que a utilização de novos modais de transporte se encaixa “exatamente” no processo de aprimorar métodos e resultados. O comunicado ainda diz que suas operações estão em contínua avaliação, para manter em excelência o Sistema de Produção da Scania.

(Fonte: A Tribuna)

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