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Title: Trens de passageiros vão voltar
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Com os projetos para o metrô e para o trânsito nas ruas avançando em ritmo lento, o governo do Estado quer apostar agora na volta dos trens ...


Com os projetos para o metrô e para o trânsito nas ruas avançando em ritmo lento, o governo do Estado quer apostar agora na volta dos trens de passageiros. A Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ADRMBH) deve iniciar, nas próximas duas semanas, um estudo para avaliar as condições de 1.400 km da malha ferroviária que corta a região Central de Minas, em um raio de 150 km.


A ADRMBH formalizou ontem um convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que será uma das responsáveis pela pesquisa.


Pelo menos 23 das 34 cidades da região metropolitana poderão ser beneficiadas com o transporte sobre trilhos. Municípios que têm grande fluxo de pessoas para a capital também terão viagens de trem, se o estudo mostrar que há demanda de passageiros. Na lista estão Sete Lagoas e Ouro Preto (ambas na região Central), Divinópolis (região Centro-Oeste) e Ipatinga (Vale do Aço).


O mais provável é que o Estado faça uma concessão para uma empresa operar o serviço. "Vamos analisar a viabilidade econômica de cada um dos trechos, a fim de atrair os recursos da iniciativa privada", afirma o diretor da ADRMBH, Camillo Fraga Reis. O diagnóstico deve demorar dois meses para ficar pronto.


Um levantamento prévio já demonstrou que há locais em estado precário, onde os dormentes apodreceram e os trilhos de ferro foram furtados. Os técnicos vão apontar quais são as intervenções necessárias para que os vagões voltem a circular. Segundo Reis, o custo do projeto, o modelo operacional e o cronograma de instalação serão conhecidos em até nove meses. A expectativa é que o funcionamento comece antes de 2015.


Integração. 
 
A interligação entre os trens de passageiros e outros meios de locomoção, como ônibus e metrô, será uma das prioridades do projeto. "Um tipo de transporte não compete com o outro. O trem, por exemplo, nunca vai atingir a capilaridade oferecida pelo ônibus, que é capaz de levar a pessoa até a porta da casa dela", explica Camillo Fraga Reis.


O chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da UFMG, Nilson Tadeu Ramos Nunes, que participou ontem da assinatura da parceria da universidade com a ADRMBH, chamou a atenção para a urgência de investir no transporte ferroviário. "O principal ganho para o passageiro será no tempo de viagem", disse.

Horários
Trilhos serão divididos com transporte de cargas.
 
Além dos trechos de ferrovias que estão fora de uso e deverão ser recuperados, os trens de transportes de passageiros que o governo do Estado quer implantar vão circular nos percursos já utilizados por empresas de transportes de cargas.



A Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana iniciou negociações com a mineradora Vale, que ocupa cerca de 60% da malha incluída no estudo.

As concessionárias privadas terão que ceder alguns horários para os trens de passageiros.

Em uma análise preliminar, o governo prevê que até 10 mil pessoas poderão recorrer ao transporte ferroviário, nos horários de pico, na região metropolitana. Para atender-lhes, seria preciso haver estações a cada 1.600 m, com espaço de tempo de 3 a 15 minutos entre as viagens.


No colar metropolitano, com demanda estimada em 5.000 a 10 mil usuários, os intervalos seriam de 15 a 60 minutos. E, nas cidades do entorno, onde o número de passageiros não ultrapassaria 5.000, seriam necessárias de quatro a cinco viagens por dia. (JT)
 
 

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Anderson Nascimento disse... 23 de agosto de 2011 às 21:11

Demanda de passageiros sempre teve e sempre terá. Tais estudos de viabilidade econômica demoram tanto pra ficarem prontos que quando sõ aprovados e apresentados já estão defasados. Bem, talvez essa seja a tática da demora. Fico imaginando se as grandes empresas e , principalmente, os bancos demorassem o mesmo tempo para determinar uma ação estratégica de mercado. Acho que ainda estaríamos no feudalismo, pra ser otimista.

Não são só os trens urbanos que possuem demanda, os intermunicipais também gerariam receita e muitos empregos. É só acelerar o "estudo".

 
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