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17/02/2012 - Valor Econômico
Muito antes de o trem-bala se tornar realidade, são grandes as
chances de Campinas se ligar a São Paulo por meio de trens de média
velocidade. Teve início nesta semana uma pesquisa para medir
detalhadamente se há demanda para implantação de um trem regional que
passe a operar entre as cidades de Campinas, Jundiaí e São Paulo. O
estudo encomendado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM) vai durar 11 meses e será feito pela empresa Oficina Engenheiros
Consultores Associados. Com esse levantamento, o governo paulista vai
cruzar informações sobre os diferentes tipos de deslocamentos realizados
pela população, o tempo de viagem em cada tipo de transporte,
principais distâncias percorridas, pontos de origem e destino,
frequência e volume de pessoas.
O projeto para construir um ramal ferroviário nos 100 quilômetros que
separam a capital paulista e Campinas é um projeto antigo, mas que
ganhou mais evidência com a concessão de Viracopos. O aeroporto, que
recebeu 7,5 milhões de passageiros no ano passado, terá sua demanda
aumentada para 9,5 milhões de pessoas até 2014, segundo a Infraero.
Inevitavelmente, a ambição do governo federal de transformar Viracopos
na principal estrutura do sistema aéreo nacional passa diretamente pela
implantação de uma ligação ferroviária.
Especialistas e profissionais do transporte ferroviário não criticam a
decisão de se implementar o trem-bala na região, mas acreditam que há
espaço para uma estrutura paralela de trem. Com R$ 1,5 bilhão e três
anos de trabalho, é possível colocar para rodar um trem de média
velocidade (até 160km/h) na malha ferroviária que já existe entre
Campinas, Jundiaí e São Paulo, diz Francisco Aparecido Felício,
presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias
Paulistas (Sindpaulista).
A estrutura que atualmente liga Campinas a Jundiaí foi concedida à
América Latina Logística (ALL) e apenas parte dela é usada para carga.
Para receber um trem de média velocidade, o traçado teria de passar por
adaptações. Pesa ainda a favor de um trem de média velocidade o fato de o
país já deter uma indústria local capaz de atender à empreitada.
Para o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), Bernardo Figueiredo, o trem regional não atrapalharia em nada o
projeto do trem-bala, tanto que a agência se comprometeu a liberar até
2015 diversas linhas de carga do Estado paulista para o transporte de
passageiros, como os trechos São Paulo-Jundiaí, São Paulo-Santos e São
Paulo-Sorocaba. Não vejo problemas em ter um trem regional até Campinas.
Esses trens regionais são projetos paralelos, que não concorrem com o
trem de alta velocidade.
A prefeitura de Campinas, responsável pelo pedido de estudo levado à
CPTM, informou apenas que aguarda uma definição do governo federal sobre
o futuro do trem-bala. A CPTM informou que o projeto não tem
possibilidade de ser um ramal competitivo de ligação entre Viracopos e
São Paulo, porque a proposta é que ele se limite a um trem
metropolitano, com paradas previstas em Valinhos, Vinhedo, Louveira e
Jundiaí, para então chegar a São Paulo. No plano da CPTM estaria, na
realidade, a operação de trem de até 100 km/hora, o que significaria
cerca de três horas de viagem para chegar à capital paulista.
Acredito que um trem de média velocidade nesse trecho seria realmente
o projeto ideal, comenta Luciano Amadio, presidente da Associação
Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop). Se olharmos para o
futuro de São Paulo e Rio de Janeiro, concluímos que o trem-bala será
totalmente necessário, mas podemos ter também uma solução de médio
prazo, e não só daqui a dez anos.
Se tudo der certo no cronograma previsto pela União, o trem de alta
velocidade ficará pronto só em meados de 2019. É preciso se ater ao
senso da urgência. Não podemos nos dar ao luxo de demorar tanto com as
coisas. Acredito que há espaço para mais de um tipo de solução, comenta
Arlindo Fernandes, sócio-diretor da Oficina Engenheiros Consultores
Associados, companhia que fará os estudos de demanda da região.
Em 2005, o governo paulista chegou a concluir os estudos para criação
do chamado Trem Bandeirante, que ligaria São Paulo a Campinas. O
projeto foi estimado em R$ 2,7 bilhões e seria realizado por meio de uma
parceria público-privada (PPP). O trem levaria aproximadamente 50
minutos para fazer o trajeto, a uma velocidade máxima de 160 Km. À
época, a ligação com o aeroporto de Viracopos já estava no radar. O
plano foi parar na gaveta, após a decisão da União em bancar o trem de
alta velocidade.
Linha para Cumbica está sendo projetada
Depois de contratar os projetos básico e executivo da linha 13-Jade, a
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) prevê que a licitação
da linha de trem que vai ligar a capital paulista ao aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos, ocorra até o fim deste ano. A estimativa, desde
que não ocorra entraves jurídicos e burocráticos, segundo a assessoria
da CPTM, é que a primeira fase do projeto seja entregue no fim de 2014.
A nova linha da CPTM vai ligar a estação Engenheiro Goulart, na zona
leste de São Paulo e que faz parte da Linha 12-Safira, ao aeroporto, com
custo estimado em R$ 1,2 bilhão. Está prevista a construção de 11 km de
trilhos na primeira fase. Na segunda etapa, ainda sem prazo, os trens
da nova linha vão compartilhar a via da Linha 12-Safira de Engenheiro
Goulart até o Brás, no centro.
Do custo total previsto para a obra, R$ 900 milhões estão estimados
para gastos com a construção de trilhos, vias permanentes, elevados e
estações, e R$ 300 milhões para a compra de oito trens e do sistema de
sinalização. Os projetos básico e executivo custaram R$ 22,3 milhões e
tiveram como vencedor o consórcio Consultor EPC, liderado pela Engevix
Engenharia S.A.
A expansão da CPTM para o aeroporto de Cumbica arquivou o projeto de
um trem de média velocidade para fazer a ligação com São Paulo. De
acordo com a companhia, o projeto foi preterido em função do Trem de
Alta Velocidade (TAV), que está em fase embrionário e com a primeira
etapa de licitação prevista para outubro. O trem tem previsão de ligar
Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.
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”Trens regionais pendulares de passageiros de dois andares (double decker) de médio e longo percurso São Paulo-Minas-Brasília.”
Para que possamos ter definido um trajeto para trens regionais de passageiros de médio e longo percurso São Paulo - Brasília, utilizando o canteiro central da Rodovia dos Bandeirantes-SP (2ª etapa) passando por muitas das cidades citadas abaixo entre outras, além de um trajeto coerente para cargas, (dupla função) com o fator de sazonalidade igual a zero, deveremos tomar as seguintes providências;
1ª fase Interligar a ferrovia Norte / Sul com ramal para Brasília-DF com a Ferrovia Centro Atlântica FCA existente passando pelas cidades de Anápolis-GO, Araguari, Uberlândia, Uberaba-MG que hoje se encontram operando somente em bitola métrica, com a implantação de bitola mista ( 1,0 + 1,6 m ), passando por Ribeirão Preto, até o ponto que se encontram com a bitola larga em Campinas, aí já seguindo para Jundiaí e a capital-SP.
2ª fase Interligar em linha paralela com a ferrovia Norte / Sul passando por Goiânia, Anápolis, Itumbiara-GO, Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal-MG e adentrando pelo centro norte de SP na cidade de Barretos, e a partir daí seguindo por ferrovias existentes por , Bebedouro, Jaboticabal, até Araraquara no centro de São Paulo, com bifurcação para Panorama ou para a estação Júlio Prestes na capital-SP, ambos os trajetos como função de linhas troncos.
A maior parte destas propostas é a de se utilizar ao máximo os trechos ferroviários existentes que se estejam desativados ou subutilizados, mas que se encontram-se em regiões de grande potencial, que no passado já possuíram ferrovias a fazer parte de seu desenvolvimento, e que inexplicavelmente se encontram abandonadas, principalmente no estado de São Paulo, e o trecho novo complementar se limita a, ligação ferroviária Norte / Sul, Anápolis, Itumbiara-GO Barretos-SP ~380 km, a maior parte em Minas Gerais. (Esta ligação tem a função de interligar na menor distância em bitola larga os pontos onde se encontram paralisadas ao Norte Anápolis-GO com a ao Sul Barretos-SP), que hoje não existe, em um tempo, distância e custo de implantação muito inferior à proposta original, além de carga (cabotagem), poderá ser utilizada como trens de passageiros.
Notas:
1ª Fica definida a cidade de Panorama-SP de onde deve partir rumo ao Rio Grande do Sul a continuidade da ferrovia Norte / Sul.
2ª Alguns trechos entre Barretos e Panorama-SP se encontram em estado precário, ou erradicados, portanto devem ser refeitos.
3ª Uma ampliação com a utilização do canteiro central como o da Rodovia dos Bandeirantes entre São Paulo e Campinas em uma segunda etapa se faz necessária, pois o trecho existente se encontra saturado.
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