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Title: O Mistério da Ferrovia de Dilma
Author: Anderson Nascimento
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Ferrovia da integração pernambucana faria parte de um segundo PIL que o governo federal vai lançar em breve     A nova ferrovia qu...
Ferrovia da integração pernambucana faria parte de um segundo PIL que o
governo federal vai lançar em breve
 
 
A nova ferrovia que deve passar pelo interior de Pernambuco, a da integração, anunciada pela presidente Dilma Rousseff no último dia 25, não possui informações que mostrem como ela será, seu tamanho ou o quanto custará. Com uma extensão "aproximada" de 580 quilômetros, o novo trecho ferroviário deve sair de Parnamirim (no Sertão do Araripe), passar por Petrolina (Sertão do São Francisco) seguir no sentido de Juazeiro, na Bahia, e terminar em Feira de Santana, na Bahia. "Não há contradição em falar de um projeto que está no começo", defende o ministro da Integração Fernando Bezerra Coelho, acrescentando que esse novo empreendimento será implantado dentro do modelo do Plano de Investimento em Logística (PIL) "que tem tudo para dar certo".

Até a semana passada, nenhum órgão do governo sabia exatamente o tamanho da nova ferrovia, o custo etc. O órgão que tem mais informações a respeito desse novo empreendimento é a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). Lá, existe o único documento já concluído sobre a nova ferrovia, um projeto básico com informações apenas de um trecho que vai de Parnamirim a Petrolina, o que significa cerca de 200 quilômetros do empreendimento. O restante ainda não tem nem projeto básico, que é a primeira premissa para a realização de um projeto executivo, necessário para fazer a licitação que resulte na construção do empreendimento.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da EPL, o estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) da nova ferrovia está sendo feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e deve ser concluído ainda este ano. Caso o EVTEA seja concluído este ano, a licitação para a construção do empreendimento será realizada em 2014 dentro das regras do PIL, cuja primeira parte foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff em agosto do ano passado.

A ferrovia da integração pernambucana faria parte de um segundo PIL que o governo federal vai lançar em breve. Detalhe: o primeiro ainda não saiu do papel e está sendo muito criticado por empresários e executivos do setor. "Essa nova ferrovia é só uma promessa. Estamos descrentes que esse projeto saia do papel. É uma pena porque já percebemos que o transporte rodoviário não pode fazer sozinho a logística deste País e precisamos de ferrovias para baratear os nossos custos", afirma o presidente da Federação do Transporte de Carga do Nordeste (Fetracan), Newton Gibson.

Já as obras da Ferrovia Transnordestina estão quase paralisadas. Iniciada em 2007, ela deveria ter sido concluída em 2010, o que não ocorreu.

CONCESSÃO

O novo modelo de concessão previsto no PIL é muito dúbio, segundo o presidente da Associação Nacional do Transporte Ferroviário (ANTF), Rodrigo Vilaça. Nesse novo modelo, as empresas vão construir a ferrovia e operá-la com a garantia de que 100% da carga será comprada pelo governo federal. Nesse modelo, a gestão da carga seria uma responsabilidade da estatal Valec, que dividiria a capacidade de transporte nos vagões dessas ferrovias pelas empresas interessadas em escoar suas cargas. A ANTF representa todas as concessionárias privadas que fazem o transporte de carga ferroviária no Brasil.

"No PIL, o governo federal via Valec vai comprar 100% do frete e não vai conseguir vender isso integralmente, porque essa demanda de 100% da carga ainda não existe. Essa conta aparentemente não fecha e estimamos um prejuízo de R$ 4 bilhões por ano", explicou Vilaça.

Ele também critica o fato da Valec ter sido escolhida pelo governo federal para ser a operadora da carga. "O mercado devia regular esse sistema de frete das futuras ferrovias e a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) faria a arbitragem quando houvesse um problema entre a operadora ferroviária e um cliente", sugeriu. Nesse caso, a palavra final seria da ANTT que estabeleceria um valor para o frete caso os envolvidos não se entendessem.

A situação das ferrovias no Brasil será abordada por Rodrigo Vilaça numa palestra que vai ocorrer na próxima terça-feira, às 15h30, no Seminário Movimat de Logística do Nordeste, no Centro de Convenções. O evento faz parte da 5ª Feira de Fornecedores Industriais (Forind NE), que começa amanhã e vai até quinta-feira.

(Fonte: Interjornal)

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Anônimo disse... 28 de agosto de 2013 às 00:51

O MAIS INSANO NESSE TAL PIL DE DONA ¨DILMA SADAN ROOUSSENF¨ EH QUE ESSA TAL FERROVIA MENCIONADA NA MATÉRIA ENTRE OUTRAS EM PROJETO DE CONSTRUÇAO TODAS JÁ EXISTEM.O CASO DO TRECHO ENTRE JUAZEIRO-ALAGOINHAS NA BAHIA NO QUAL O PROJETO PREVE UMA LIGAÇÃO COM OUTROS DEMAIS DESSE PLANO DE TRANSPORTES TEM A SUA OPERAÇÃO FEITA FCA-VLI E CORRESPONDE EM BOM CORREDOR LOGISTICO REGIONAL E A NOTICIA QUE A MISERAVEL DA ANTT ORDENOU QUE ESSA LINHA SEJA DEVOLVINDA PARA A UNIAO VALENDO-SE DE PREJUIZO EM SETORES (MINERAÇAO,COMBUSTIVEIS,ETC) DEPENDENTE DA FERROVIA E CLARO DEMISSAO E DESENPREGO DE MUITOS PROFISSIONAIS. SOU CONTRA A ESSE TAL PLANO TUDO BALELA ELEITOREIRA DESSA MULERZINHA,MAIS UMA FHC PRA DESTRIUIR A MALHA FERROVIARIA PROMENTENDO DEMAIS ORA!!

 
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