Metalúrgico superou receio diante da máquina para se especializar em ferreomodelismo
O primeiro contato que José Leonel Damasceno Filho teve com um trem não foi fácil. Aos nove anos, a viagem com o pai partiria de Ribeirão Preto até Franca. Por causa do barulho do apito provocado pela locomotiva, Leonel precisou ser arrastado para dentro do trem. Estava com medo. A nossa sorte é que o susto não foi suficiente para tirar o filho de metalúrgico dos trilhos, literalmente.
Hoje com 52 anos, Leo - como também é chamado - virou uma referência nacional quando o assunto é ferreomodelismo. A paixão é tão grande que ele desenvolve seus próprios trens e mantém uma linha férrea em uma praça da Lagoinha “Eu fui arrastado na hora de entrar no trem, mas também fui arrastado na hora de sair”, conta Leo.
Filho de peixe
Para poder desenvolver toda a sua paixão, foi importante ser filho de metalúrgico, profissão que também seguiu. “Como eu sou da área, tudo ficou mais fácil”, explica. Só que essa concepção de mais fácil de Leo não é muito bem balizada. Basta dar uma olhada em suas réplicas para entender o quanto é minucioso o trabalho desenvolvido por ele em seus trens.
Para poder desenvolver toda a sua paixão, foi importante ser filho de metalúrgico, profissão que também seguiu. “Como eu sou da área, tudo ficou mais fácil”, explica. Só que essa concepção de mais fácil de Leo não é muito bem balizada. Basta dar uma olhada em suas réplicas para entender o quanto é minucioso o trabalho desenvolvido por ele em seus trens.
Leo começou a fazer suas miniaturas ainda criança. Utilizava o que tinha à mão. Ele lembra que sua primeira locomotiva usava tampa de garrafa de refrigerante como rodas.
Há 15 anos, contudo, o trabalho ficou mais sério, ele passou a usar a escala de 1 para10 e se profissionalizou no assunto. “Comecei a trabalhar nesta escala depois que fiz uma réplica, em madeira, para o meu sobrinho”.
Em casa, Leo torna sonhos realidade
A oficina de trens, onde eles surgem, fica na casa do próprio Leonel. É ali que ele põe em prática suas ideias de engenharia férrea. A última delas foi bem audaciosa. Em 2010, Leo resolveu fazer uma Texas 2.10.4, locomotiva conhecida no Brasil como Maria-Fumaça.
A oficina de trens, onde eles surgem, fica na casa do próprio Leonel. É ali que ele põe em prática suas ideias de engenharia férrea. A última delas foi bem audaciosa. Em 2010, Leo resolveu fazer uma Texas 2.10.4, locomotiva conhecida no Brasil como Maria-Fumaça.
O interessante no novo projeto de Leonel, que está quase pronto, é que a locomotiva funciona exatamente como uma de verdade. Isso porque ele reproduziu a fornalha e a caldeira. “É exatamente como funciona uma locomotiva grande, mas em tamanho menor, na escala de um para dez”, explica.
Para conseguir tocar o projeto da Texas, Leo foi para a cidade de Tubarão, em Santa Catarina.
“Passei dez dias lá, só pesquisando e levantando todos os detalhes. A locomotiva já está quase pronta. Está em fase de teste”, conta.
Em Tubarão, Leonel passou os dias medindo cada detalhe da locomotiva verdadeira. “Tinha mais de 600 plantas do projeto da Texas”, explica.
A equipe de reportagem gravou um vídeo da Texas funcionando, que pode ser assistido pelo site do Jornal A Cidade.
“Mas ela ainda vai demorar um pouco para ir para ferrovia. A expectativa é que ela tracione dez adultos”, finaliza o metalúrgico.
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Como se faz uma locomotiva destas em casa, sozinho? é muito criativo!
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