O estudo foi apresentado na segunda-feira, dia 6, na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, durante audiência pública que reuniu a comunidade regional representada por prefeitos, deputados e representantes de entidades.
Com o novo traçado, o deslocamento de Bento para Caxias do Sul seria de aproximadamente 1h15min, metade do tempo que demandaria a utilização do traçado original. Para a execução deste traçado, seria necessária a construção de uma estação intermediária, que permitiria a ligação entre Bento, Garibaldi e Carlos Barbosa, o que possibilitaria dois trajetos para os passageiros.
Com esta alternativa, seriam aproveitados 46 quilômetros da rodovia existente e haveria a necessidade de construção de 14 quilômetros novos, o que demandaria, ao todo, um investimento de R$ 250 milhões em recursos do Governo Federal para implantação do serviço, sem contar com o investimento nos trens, que deverá ser realizado pelo investidor da iniciativa privada que terá a concessão pelos próximos 30 anos.
Conforme o engenheiro da Trensurb Paulo Thimótheo, coordenado do projeto do trem regional, os próximos passos, a partir de agora, passarão pela definição dos projetos executivos do trem regional, entre eles os projetos de engenharia e a composição da empresa que irá gerenciar o trem regional de passageiros.
Trem Turístico de Bento Gonçalves |
Cargas e Turismo
Entre as manifestações das autoridades e representantes de entidades que participaram da audiência pública, ficou clara a preocupação com a instalação de um trem de cargas também, o que já está no planos do ministério dos transportes, mas que demandaria uma nova mobilização e a utilização da ferrovia norte-sul e a reativação do tronco-sul, passando por Caxias do Sul. Além disso, houve também a manifestação quanto ao futuro da Maria Fumaça. O prefeito de Bento Gonçalves foi o primeiro a falar no encontro e ressaltou a continuidade e viabilidade do trem de turismo junto ao novo modelo de passageiros. Conforme Thimótheo, desde o início das discussões está sendo estudada uma possibilidade de não inviabilizar a Maria Fumaça, que atrai cerca de 250 mil turistas por ano e contribui com a economia regional.
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