Projetada para promover a integração nacional e minimizar os custos do transporte, a Ferrovia Norte Sul, a EF 151, está levando lideranças do Norte do Paraná a se mobilizarem por um traçado que contemple a região e corte o estado ao “meio”. Prefeitos e associações empresariais e do agronegócio querem que o modal passe pelos municípios de Apucarana, Guarapuava e Pato Branco no trecho que deverá ligar Panorama, no interior paulista, a Chapecó, em Santa Catarina. A proposta, segundo eles, segue o traçado original do trecho Sul da EF 151 e contraria o projeto que liga Panorama a Maracaju (MS) e entra no Paraná através de Guaíra e Cascavel.
A reivindicação foi pauta de uma reunião recente entre gestores municipais, em Londrina. Eles pretendem expor a senadores e deputados federais os prejuízos que a região poderá ter caso o novo traçado seja mantido. A preocupação, explica o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), é com o risco de tornar o Norte do estado isolado em termos de porto e transporte ferroviário. “Isso vai nos deixar fora da possibilidade de nos interligarmos com a região Central e Norte do Brasil, de maneira eficiente”, diz.
O gestor assinala que os prefeitos querem que o traçado reivindicado seja considerado pelo governo como uma prioridade. Ele pontua que, até então, o governo já teria sinalizado que, caso não seja suprimido, o trecho poderá contar com uma “condição secundária” em relação a outro projeto. “Mas, entre os gestores, há o entendimento de que o traçado original é fundamental para o desenvolvido a médio e a longo prazo da região”, define Kireeff.
Competitividade
Para o prefeito de Apucarana, Beto Preto (PT), os gestores envolvidos não querem prejudicar o Oeste do estado, incluído no novo traçado, mas melhorar os custos do frete para a região Norte. O mesmo deve ocorrer com as condições de escoamento da produção agrícola local. “Temos muita dificuldade para obter recursos do Estado e precisamos nos desamarrar disso para crescer, sob pena de vermos indústrias buscarem outras regiões para se instalarem nos próximos anos”, salienta.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Flávio Balan, também enfatiza que a bandeira encampada beneficiará toda a região Norte, que, segundo ele, enfrenta no transporte pedágios caros, riscos de acidentes e rodovias saturadas. “As empresas preferem estradas boas e próximas ao porto para se instalarem”, pontua.
Atualmente, a maioria dos investimentos privados do Paraná Competitivo está concentrada em Curitiba e região metropolitana e nos Campos Gerais, segundo dados da Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul. A distância do Porto de Paranaguá e da capital e as condições de infraestrutura estariam entre os motivos que ainda afastam empresas das demais mesorregiões do Paraná.
Fonte: Gazeta do Povo
Publicada em:: 24/01/2014
A reivindicação foi pauta de uma reunião recente entre gestores municipais, em Londrina. Eles pretendem expor a senadores e deputados federais os prejuízos que a região poderá ter caso o novo traçado seja mantido. A preocupação, explica o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), é com o risco de tornar o Norte do estado isolado em termos de porto e transporte ferroviário. “Isso vai nos deixar fora da possibilidade de nos interligarmos com a região Central e Norte do Brasil, de maneira eficiente”, diz.
O gestor assinala que os prefeitos querem que o traçado reivindicado seja considerado pelo governo como uma prioridade. Ele pontua que, até então, o governo já teria sinalizado que, caso não seja suprimido, o trecho poderá contar com uma “condição secundária” em relação a outro projeto. “Mas, entre os gestores, há o entendimento de que o traçado original é fundamental para o desenvolvido a médio e a longo prazo da região”, define Kireeff.
Competitividade
Para o prefeito de Apucarana, Beto Preto (PT), os gestores envolvidos não querem prejudicar o Oeste do estado, incluído no novo traçado, mas melhorar os custos do frete para a região Norte. O mesmo deve ocorrer com as condições de escoamento da produção agrícola local. “Temos muita dificuldade para obter recursos do Estado e precisamos nos desamarrar disso para crescer, sob pena de vermos indústrias buscarem outras regiões para se instalarem nos próximos anos”, salienta.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Flávio Balan, também enfatiza que a bandeira encampada beneficiará toda a região Norte, que, segundo ele, enfrenta no transporte pedágios caros, riscos de acidentes e rodovias saturadas. “As empresas preferem estradas boas e próximas ao porto para se instalarem”, pontua.
Atualmente, a maioria dos investimentos privados do Paraná Competitivo está concentrada em Curitiba e região metropolitana e nos Campos Gerais, segundo dados da Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul. A distância do Porto de Paranaguá e da capital e as condições de infraestrutura estariam entre os motivos que ainda afastam empresas das demais mesorregiões do Paraná.
Fonte: Gazeta do Povo
Publicada em:: 24/01/2014
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