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Title: Embraport inicia operação ferroviária no próximo semestre
Author: Anderson Nascimento
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    Um pátio ferroviário de pelo menos 20 mil metros quadrados. Esse será o início da operação deste modal, a partir do próximo semes...
 
 
Um pátio ferroviário de pelo menos 20 mil metros quadrados. Esse será o início da operação deste modal, a partir do próximo semestre, na Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), localizada na Margem Esquerda (Área Continental) do Porto de Santos. Ao completar um ano de funcionamento, o terminal privado quer conquistar maior participação do mercado e se consolidar como um ponto de conexão para a navegação comercial.

“Já estamos trabalhando no projeto-executivo. A nossa expectativa é concluir o pátio até o final deste ano”, afirmou o CEO da Embraport, Ernst Schulze, sobre a nova área que será destinada às composições de trens. Isto possibilitará a utilização do modal ferroviário nas operações do terminal.

A intenção é aproveitar o ramal, que atravessa o terminal, e é utilizado pelas composições com destino a outras instalações portuárias localizadas na Margem Esquerda (Guarujá). O investimento será fundamental para ampliar as operações da empresa.

Schulze explica que a meta para o segundo ano é consolidar a instalação como um terminal de conexão (hub) para a cabotagem (navegação comercial costeira) e até mesmo a longo curso. “Isso se dá pelo fato de acreditar que o Porto de Santos vai assumir, nos próximos anos, a função de distribuidor de cargas”.

O contexto é favorável, segundo ele, para receber navios maiores, cuja carga, por sua vez, será transposta para cargueiros menores até a América do Sul e o Caribe.

Atualmente, o terminal opera três linhas de cabotagem pela costa brasileira, além de uma linha com duas escalas semanais para o Extremo Oriente e uma escala semanal do serviço Brazex. Esta última, é uma rota operada pela CMA CGM entre a Costa Leste da América do Sul e o Caribe, Norte da América do Sul e América Central.

Ainda para esses serviços, a empresa promete iniciar, neste semestre, a operação cross-docking (estufagem e desestufagem de contêineres), como elemento de solução logística. O período será propício para estudar a possibilidade de também implementar a movimentação de granéis líquidos no terminal.

“A área de tancagem faz parte do projeto original do terminal e ainda estamos em fase de discussão do projeto”, explica.

Primeiro ano

“No primeiro ano de operações enfrentamos vários desafios, mas todos foram superados e hoje mantemos uma boa relação com os sindicatos”, garante o CEO da Embraport. Ele se refere à utilização de mão de obra avulsa nas operações do terminal, que gerou protestos da categoria.

Em um ano, pelo menos 500 mil TEUs (unidade equivalente a um contêineres de 20 pés) foram movimentados no terminal, durante a atracação de 250 navios. Diariamente, mais de 700 caminhões são recebidos na Embraport. “Infelizmente, não podemos divulgar projeções (anuais de movimentação), pois estes números são estratégicos para a empresa”.

No final de 2013, a Embraport também foi beneficiada pela ampliação do calado (distância entre a linha d’água e o casco do navio) no trecho 3 do canal de navegação. Com isso, navios com calado de 12,7 metros estão autorizados a trafegar. No entanto, a profundidade inferior a dos quatro berços de atracação, que têm 16 metros de fundura.


Fonte: A Tribuna
Publicada em:: 03/07/2014

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