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Title: Trem dos Incofidentes
Author: CFVV
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Na sua inauguração, com a presença do Governador Hélio Garcia,em 1986 o trem era a vapor e previsto para correr com quatro carros de m...

Na sua inauguração, com a presença do Governador Hélio Garcia,em 1986 o trem era a vapor e previsto para correr com quatro carros de madeira recuperados. Na primeira viagem , era somente dois, segundo se anunciou na data da inauguração eram duas locomotivas separadas para andar no trecho: a № 1424 construída nos EUA em 1927 e outra de № 327 construída na Inglaterra em 1928.


O configuração atual é diferente, Rodava a 201
O trem turístico ligando as estações de Ouro Preto à Mariana durou poco tempo, em sua configuração inicial por traçãoa vapor, tendo sido suspenso por falta de segurança várias vezes. Como eles mesmos se preguntam até hoje quanto ao possível risco de explosão de caldeira. A Locomotiva está em suposta manutenção a vários meses e claro, sabendo dos riscos a que ela expôe os turistas, foi uma retirada estratégica da Vale que eu acredito tenderá a troca-la.


A própria ABPF fez vários alertas sobre escolha desta Máquina para o trajeto não ser adequada, ser grande demais para o Circuito. Afinal o ramal de Ponte Nova, construído na linha da EFCB à Ouro Preto em 1895, é plena de curvas e diante da quantidade de eixos de tração desta grande Locomotiva a Vapor, o risco de descarrilhamento é grande demais.

Esta linha foi continuada até a cidade de Ponte Nova onde encontrava a linha de Caratinga da Leopoldina, passando por Mariana em 1914, estava praticamente desativada desde os anos 70, quando seus trens de passageiros regulares pararam, já sobe o comando da RFFSA. O trem inicialmente puxado por uma máquina a vapor, mais tarde passou a ser puxado por diesel. O ideal para esta linha seria uma Locomotiva Pequena, de origem Americana mesmo, mas uma Baldwin 460 ou 462 que tem mais condições de se locomover neste circuito sem tanto risco de descarrilhamento, não que esteja imune a isto! Afinal as locomotivas a vapor descavilhavam bastante...

O TREM DA VALE HOJE

Histórico desta Locomotiva:

A (primeira) locomotiva do trem turístico da CVRD é uma 2-10-2 "Santa Fé" [ou 1E1; ver classificação White] fabr. Skoda, 1949 [fabr. nº 1977; ex-nº 1347 Ferrocarriles General Belgrano (Argentina); ex-nº 401 EF Dª Teresa Cristina / RFFSA], do acervo da Associação Nacional de Preservação Ferroviária, reformada pela regional ABPF-Tubarão e transportada por rodovia até os novos trilhos da linha de Ouro Preto a Mariana.

Não foi a primeira viagem rodoviária da locomotiva. Da FCGB argentina — que as empregava na linha do Transandino Norte, entre Salta e Socompa, nos Andes —, as 11 locomotivas "Santa Fé" Henschel e Skoda (desenho Baldwin) adquiridas em 1979 para a EFDTC partiram no ano seguinte em 2 comboios, de Tucumán para a fronteira da Bolívia, seguindo por Yacuiba e Santa Cruz de la Sierra (Enfe - Red Oriental) até Corumbá, Bauru (SR-4/RFFSA), Ourinhos, Ponta Grossa, Jaguariaíva, Mafra (SR-5/RFFSA) e Porto Alegre (SR-6/RFFSA), onde chegaram após 4.721 km, 1 golpe de estado (Bolívia) e 45 dias.

Duas alternativas mais curtas — pela Sorocabana até Santos e navegação até São Francisco do Sul; ou por ferrovia até São Francisco do Sul, de onde seguiriam por carretas — foram descartadas devido ao gabarito insuficiente de um viaduto sobre a rodovia nas proximidades de Florianópolis. Daí, a opção por Porto Alegre, onde chegaram a 19 de agosto de 1980, sendo embarcadas para Tubarão, onde chegaram no início de setembro [Sergio Martire, EF Dª Thereza Christina, ABPF]. A crise do petróleo, que havia despertado novos projetos para o carvão de Santa Catarina, completava 7 anos.


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