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Title: Atraso em licitação de ferrovias preocupa GE
Author: Anderson Nascimento
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  Há pouco mais de um mês no comando da General Electric (GE), seu novo presidente e CEO Gilberto Peralta ainda se inteira dos planos d...
 
Há pouco mais de um mês no comando da General Electric (GE), seu novo presidente e CEO Gilberto Peralta ainda se inteira dos planos da companhia. Segundo ele, a estratégia para o Brasil será mantida, assim como a previsão de investimentos de US$ 1,3 bilhão até 2016. "O país é hoje o terceiro mercado para a GE no mundo e representa mais de 40% da América Latina em faturamento. O nosso investimento aqui não será reduzido ou revisto em função do cenário ", ressalta, acrescentando que companhia deve fechar 2013 com um faturamento em linha ao do ano anterior, de US$ 3,3 bilhões. Os resultados oficiais devem ser divulgados ainda este mês.

Apesar do otimismo, o executivo está preocupado com o investimento feito em um de seus braços, a GE Transportation, que constrói locomotivas no Brasil e concentrou aportes de US$ 10 milhões nos três últimos anos. O montante foi destinado à fábrica de Contagem (MG), que aumentou sua capacidade de produção para 150 trens. "No ano passado, só entregamos 47 locomotivas e, este ano, o nosso horizonte não aponta para mais de 50. Ou seja, ainda nos preocupamos um pouco com este investimento", diz o executivo. "Precisamos deslanchar a infraestrutura Ferroviária. Temos que aguardar que o Governo Federal faça a parte dele.".

Momento oposto vive a divisão de Óleo e Gás, que nos últimos cinco anos foi o motor de crescimento da companhia. "As perspectivas continuam boas para os próximos cinco anos. Para qualquer investimento na área de energia, o Brasil é prioridade. Com o pré- sal temos um dos maiores reservatórios de petróleo do mundo, ainda que não saibamos seu tamanho real", destaca.

Outras áreas também despontam, como GE Aviation, que inclui a GE Celma, unidade de reparo de turbinas, que em breve será a maior do mundo e que atende principalmente a demanda de mercado externos - cerca de 80% dos clientes são de fora do país.

A companhia está ainda investindo na nacionalização dos equipamentos produzidos no seu braço de Health Care. Mamógrafos, ultrassons e uma parte dos aparelhos de tomografia já são fabricados aqui. "A aquisição de pequenas empresas está no nosso radar e já compramos algumas companhias", explica.

Pesquisa e inovação, além da formação contínua dos profissionais da empresa, também estão nos planos. No segundo semestre, será inaugurado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão. A prioridade será a área de óleo e gás, mas o centro também fará pesquisas em outros segmentos em que a corporação americana atua. Trazer profissionais brasileiros que estão fora do país também faz parte da estratégia.

"A GE tem um dos maiores planos de investimentos em pesquisa privada do mundo, de cerca de US$ 1 bilhão ao ano", destaca, acrescentando que o espaço abrigará ainda uma universidade corporativa. "Vamos abrir uma unidade da universidade no Rio, que teve aporte de US$ 50 milhões. O conteúdo será 70% global e 30% local. Investimento muito no treinamento dos executivos." Apesar de ainda não ter sido inaugurado, 100 pessoas, sendo 80 pesquisadores, atuam no local, que já registrou sua primeira patente.


Fonte: Brasil Econômico
Publicada em:: 11/03/2014

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