19/04/2014
Na
última sexta-feira, a Superintendência de Infraestru-tura de Serviços de
Transporte Ferroviário de Carga (Sufer) da ANTT realizou, em Ponte Nova, Zona da
Mata mineira, reunião para colher contribuições aos estudos preliminares que
serão utilizados no processo de concessão à iniciativa privada do trecho
ferroviário compreendido entre Urua-çu (GO) e Campos (RJ), que vai cortar a
região. O ramal passará por cinco municípios do Norte de Minas: Pirapora,
Buritizeiro, Várzea da Palma, Lassance e Augusto de Lima. Os investimentos
previstos para essa ferrovia variam de R$ 19 bilhões a R$ 28
bilhões.
ENCONTRO
NO NM
A
futura ferrovia Minas-Bahia poderá se encontrar com trecho da sonhada ferrovia
no Norte de Minas, conforme a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Para isso, está sendo desenvolvido pelo consórcio DB Internacional GmbH estudos
de viabilidade econômica e o desenvolvimento de uma nova logística de
infraestrutura ferroviária, que devem ser concluídos ainda neste ano. O
principal objetivo é ampliar o escoamento de produtos daquela região, incluindo
minério de ferro e outras commodities produzidas em Minas.
Conforme
a secretaria, até o momento, o estudo sugere a construção de um trecho
ferroviário no Norte de Minas para ser conectado à Ferrovia Centro-Atlântica
(FCA), mas as definições ainda dependem da conclusão do projeto. Não há previsão
de custos e de investimentos. Trata-se de uma obra integrante do Plano de
Investimento em Logística (PIL) lançado em agosto do ano passado pelo Governo
Federal. O trecho ferroviário tem extensão de 1.706 km passando por três Estados
(Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro) e o Distrito Federal. Em Uruaçu, a
ferrovia fará conexão com os trilhos da Norte e Sul. Em Campos, haverá ligação
com o trecho ferroviário que liga Vitória/ES a Nova Iguaçu/RJ
(EF118).
Ao
longo da extensão da ferrovia serão construídas 193 obras de arte, como pontes e
viadutos, totalizando 35 km. Estão previstos também 16 túneis no total de 35 km.
A ferrovia será construída de acordo com padrões modernos adota-dos na nova
malha ferroviária em implantação no País, com dormentes de concreto e bitola de
1.600 metros, o que permitirá às composições de carga desenvolver velocidade de
até 80 km por hora. Os dormentes serão preparados para receber terceiro trilho,
abrindo a possibilidade de a ferrovia operar também com bitola mista. Pelos
estudos de engenharia, foram apresentadas quatro sugestões de traçado. Os
investimentos previstos variam de R$ 19 bilhões a R$ 28
bi.
MUNICÍPIOS
A
estrada de ferro vai passar por 55 municípios, distribuídos assim: Minas Gerais
- Cabeceira Grande, Unaí, Natalân-dia, Dom Bosco, Brasilândia de Minas, João
Pinheiro, Pirapo-ra, Buritizeiro, Várzea da Palma, Lassance, Augusto de Li-ma,
Corinto, Curvelo, Inimuta-ba, Presidente Juscelino, Cor-disburgo, Jequitibá,
Funilândia, Prudente Morais Matozinhos, Jaboticatubas, Taquaraçu de Minas, Nova
União, Bom Jesus do Amparo, Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais,
Santa Bárbara, Catas Altas, Alvinópolis, Mari-ana, Barra Longa, Acaiaca, Ponte
Nova, Guaraciaba, Porto Firme, Viçosa, Cajurí, Coim-bra, São Geraldo, Ervália,
Gui-ricema, São Sebastião da Var-gem Alegre, Miraí, Muriaé e Patrocínio do
Muriaé.
Em
Goiás: Uruaçu, Santa Rita do Novo Destino, Barro Alto, Vila Propício, Cocalzinho
de Goiás, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás e Cristalina. No Distrito Federal
os trilhos cortarão a parte Norte, passando pela região de Planaltina. No Rio de
Janeiro: Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira e Campos de
Goytacazes.
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