EF na 21ª Semana de Tecnologia Metroferroviária: o custo da falta de mobilidade nas principais metrópoles brasileiras ultrapassa R$ 111 bilhões. De acordo com o Riley Rodrigues de Oliveira, especialista Sênior em Competitividade Industrial e Investimentos do sistema FIRJAN, este foi o cálculo do prejuízo anual constatado, considerando que o tempo médio de deslocamento registrado em 37 cidades brasileiras é de 114 minutos.
Entretanto, não é a cidade de São Paulo a mais congestionada das grandes metrópoles: a posição ficou para a cidade do Rio de Janeiro, cujos habitantes levam, diariamente, 140 minutos para se deslocarem no trajeto casa-trabalho-casa. Os paulistanos ficaram em segundo lugar, e levam 132 minutos neste percurso, apesar da proporção da cidade.
De acordo com Rodrigues de Oliveira, a pesquisa foi pautada em viagens que excedem 30 minutos, abrangendo mais de 17 milhões de trabalhadores.
Os dados ocasionam perdas monumentais na macroeconomia brasileira. Em relação ao custo, no Rio de Janeiro, deixam de ser produzidos mais de R$19 bilhões (5,9% do PIB metropolitano). Em São Paulo, o prejuízo é de quase R$45 bilhões (5,7% do PIB metropolitano).
“Em Japeri (RJ), a situação é ainda mais agravante: lá, os cariocas levam em média 187 minutos em seus deslocamentos”, afirmou o especialista da FIRJAN. Em contra partida, na região de Francisco Morato, subúrbio paulista, leva-se 162 minutos, mesmo com a estação de trem da CPTM.
Rodrigues de Oliveira também apontou como um dos principais fatores do congestionamento a concentração de oferta de funções na região central das metrópoles, como escolas, supermercados, empresas, etc. Para o especialista, este vício cria uma super demanda, com pessoas se deslocamento para um determinado local em mesmo horário.
Fora isso, de acordo com o executivo, constatou-se que os trabalhadores deslocam-se de forma unidirecional nas cidades, e são poucos os corredores e opções de trajeto. “Não adianta construir um corredor de BRT que possui demanda para 300 mil passageiros, se naquela específica região a estimativa é de 1 milhão de usuários. O modal já nasce com sua demanda saturada”, explicou.
Rodrigues de Oliveira por fim sinalizou que parte da solução para eliminar o problema de imobilidade urbana das metrópoles brasileiras é aumentar os níveis de investimento em transporte de massa, como sistemas de metrô, trens de subúrbio e VLTs.
É possível acessar o estudo da FIRJAN neste link.
Fonte: http://www.estacaoferroviaria.com.br/brasileiros-pagam-r111-bi-por-imobilidade-urbana/
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