A consultoria canadense WSP Parsons Brinckerhoof publicou essa semana um estudo que sugere ao sistema ferroviário inglês criar alternativas verdes para suas frotas, como por exemplo o uso de energia solar em locomotivas, tetos de estações ferroviárias, depósitos e estacionamentos.
De acordo com o documento, o uso da energia fotovoltaica é uma tendência global que já ocorre em rodovias holandesas, nos canais indianos e nas hidrovias japonesas.
Atualmente, o país precursor do modal ferroviário possui 17.700 quilômetros de vias. Apesar da receita das companhias inglesas ter apresentado um drástico declínio a partir de 2007, de 52% para 21% em 2014, a procura por viagens de trem aumentou 50% nos últimos 10 anos para 1.5 bilhão. A estimativa é que se atinja 1.9 bilhão em 2020.
Devido à falta de subsídios do governo inglês em sua infraestrutura, a WSP sugeriu a instalação de painéis solares nas áreas laterais da via férrea. A energia gerada pelos painéis solares pode alcançar US$ 360 milhões no primeiro ano, valor que poderia ser utilizado na rede elétrica. Atualmente, metade das viagens de trem na Inglaterra ocorrem em linhas eletrificadas convencionais, e esta proporção aumentará cerca de 75% nos próximos cinco anos.
A consultoria canadense acredita que este investimento pode dar um retorno estimado em 4,5 bilhões de dólares. Para os financiadores, a taxa de retorno anual atingiria 8% sem muitas dificuldades.
De acordo com Julie Carrie, executiva da WSP que representa as ferrovias inglesas, “o uso de painéis solares nas vias laterais é apenas o começo. Se utilizarmos ainda em estações, estacionamentos e depósitos, em conjunto com a energia eólica em pontos estratégicos, a Inglaterra poderia gerar mais energia e maiores ganhos em receita”.
Fonte: http://www.estacaoferroviaria.com.br/locomotivas-movidas-a-luz-solar/
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