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Title: Relatório do II Seminário da ANNT sobre trens de passageiros realizado no dia 30 de Abril de 2012
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Escrito por André Tenuta, presidente do Instituto cidades e diretor executivo do CFVV. Vou fazer um pequeno relato do que pude depreender...
Escrito por André Tenuta, presidente do Instituto cidades e diretor executivo do CFVV.
Vou fazer um pequeno relato do que pude depreender de nossa participação no II Seminário da ANTT sobre Trens de Passageiros. Inicialmente cabe ressaltar o esforço e o amor com que o José Queiroz da  ANTT conduziu os trabalhos do Grupo. E também o empenho, o entusiasmo e as esperanças visíveis de tantos mais muitos outros que participaram e contribuíram para a elaboração do Relatório final. O sentimento geral é o de que não dá mais para ficar enrolando e conversando, e apenas assistindo aquela velha conversa de que trem de passageiro é inviável. Chega.

   - A Revista Ferroviária soltou um release insinuando falas maravilhosas do presidentes da ANTT e EPL, mas a verdade é que se o primeiro falou aquelas falas mornas de sempre, o segundo parece que nem sabia do que se tratava o trabalho do Grupo, e veio falando de TGV e de trens para atender aeroportos! Não adianta nutrir esperança alguma com os patetas da EPL. Eles estão em outro país. Desconhecem gente, desconhecem o que existe e desconhecem os anseios da população. O lance deles é exportar, e pronto.

   - O Prof Nilson, fez em seguida um breve relato da consolidação da interação da Escola de Engenharia com a ANTT neste tema ferroviário, o que para nós é um alívio, e focou na necessidade de voltarmos a ter algum planejamento central em mobilidade. Muito elegantemente e gentilmente citou a nossa contribuição (citando a minha pessoa) e do Afonso Carneiro no empenho de manter a questão das ferrovias para passageiros à tona.

   - Em seguida o Pascoal do SIMEFRE  - Sind Ind Material Equip. Ferroviária e Rodoviária - citou os grupos de trabalho em andamento na ABNT no tema das normas para material ferroviário.    - O Francisco Gildemir da ANTT, que trabalhou próximo do Queiroz, apresentou uma plataforma de dados que foi montada durante os trabalhos, e que tem uma extensão realmente impressionante. Tudo. Dados de georeferenciamento, população, históricos, estudos anteriores de viabilidade, propostas e tudo quanto é tipo de dado sobre os trechos ferroviários. A idéia aqui é que qualquer um que for montar um projeto encontre alí tudo o que precisa. Esta plataforma era para estar disponível a partir de hoje para quem quisesse consultar no site da ANTT, mas tentei acessar hoje e ainda está pedindo senha. Quando estiver realmente livre aviso. 

- O pessoal da ABIFER apresentou um painel sobre o potencial de fabricação instalado hoje no pais, que embora com muito peso das multinacionais, ainda tem nacionais no páreo. A Bom Sinal fez um relato dos projetos em andamento no nordeste com carros dela e comparou o custo médio dos projetos de lá com seus carros 6 milhões/km, com o custo médio dos projetos com carros importados, como o de Cuiabá, Rio e outros, 60 milhões/km.    - O pessoal da ANPTrilhos focou nos esforços de se implantar procedimentos completos, necessários e claros de comunicação com os usuários, nestes tempos de velocidade de comunicação via internet. Também ainda sem solução a questão da solicitação de alguns canais VHF e UHF exclusivos para comunicação ferroviária, algo que terá de ser rapidamente resolvido para se ter uma padronização neste ponto tão importante do ponto de vista da segurança da operação.

- Finalmente, o Prof Nilson exortou a necessidade de se preservar os trechos devolvidos, pois os estudos para seu aproveitamento ainda estão engatinhando e nada pode ser definido na correria. Inclusive se ateve ao caso de Sabará, cujo prefeito estava lá e parece que achava que ia sair dali com autorização para arrancar o resto que ainda existe no município. O Queiroz ao final, apresentou 6 trechos que estão com estudos de viabilidade e técnicos em estado adiantado, e sugeriu que estes sejam tratados como Projetos Pilotos para implantação, que sejam logo incorporados ao Orçamento da União para que possam receber recursos. Sugeriu também a criação de um Grupo interministerial para dar continuidade e fazer as coisas saírem do papel.
Estou anexando o Relatório Final do Grupo onde mais detalhes sobre estas coisas e links poderão ser encontrados. O Grupo de Trabalho não tem poder algum de implantar nada, mas agora temos uma referência a qual se pode citar, e é um posicionamento oficial de um grande grupo.

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