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Title: Rumo-ALL pretende investir R$ 7,4 bilhões em linhas ferroviárias
Author: Anderson Nascimento
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Operadora planeja melhorar suas linhas ferroviárias, que ligam os terminais do Porto de Santos ao Interior Operadora planeja melhorar su...
Operadora planeja melhorar suas linhas ferroviárias, que ligam os terminais do Porto de Santos ao Interior
Operadora planeja melhorar suas linhas ferroviárias, que ligam os terminais do Porto de Santos ao Interior
 
 
A operadora logística Rumo ALL, controlada pelo Grupo Cosan, divulgou seus planos de investimento para a expansão de seus serviços ferroviários. Para os próximos 18 meses, os aportes previstos são de R$ 2,8 bilhões. Outros R$ 4,6 bilhões serão injetados até 2019, totalizando R$ 7,4 bilhões. 
O anúncio dos investimentos, ocorrido na quinta-feira passada, foi o primeiro feito pela Rumo desde sua fusão com a concessionária ferroviária América Latina Logística (ALL), aprovada pelas autoridades em fevereiro último.
Com boa parte de sua malha ferroviária deteriorada, reflexo da falta de manutenção nos últimos anos, a ALL está altamente endividada. O desafio do novo controlador é recuperar a reputação da ferrovia – que corre o risco de ter sua nota de crédito rebaixada pela agência de classificação Moody’s – e torná-la lucrativa. 
O foco dos controladores nos 18 primeiros meses será o aumento da eficiência operacional e a redução de custos. O plano inicial prevê a substituição e a reforma de locomotivas e vagões, além da recuperação de vias, o que deve gerar ganhos de volume transportado, além de melhoria dos acessos aos portos de Santos e Paranaguá (PR). Entre 2009 e o ano passado, a velocidade média dos trens que circularam pela malha da empresa despencou pela metade e a companhia foi alvo de 300 autuações.
“Vamos trabalhar para colocar a companhia nos eixos”, disse Júlio Fontana, presidente da Rumo ALL. A fusão entre ALL e Rumo, aprovada pelo Cade em fevereiro, tornou a Cosan controladora da companhia. No atual bloco de controle, Cosan, TPG, Gávea e BNDESPar somam 42,2% de participação. O restante das ações está nas mãos dos antigos acionistas e em circulação no mercado.
Até 2019
Os outros R$ 4,6 bilhões que serão investidos na malha entre 2017 e 2019 estão condicionados às negociações para extensão do prazo da concessão da ferrovia. Além desses R$ 7,4 bilhões previstos para expansão das operações nos próximos quatro anos, outros R$ 4,3 bilhões serão injetados até 2019 para manutenção da atual estrutura (o chamado investimento recorrente), totalizando R$ 11,7 bilhões até 2019.
Para a primeira fase de investimentos, cerca de 60% dos financiamentos previstos já estão contratados e o restante deve vir do BNDES, de agências de crédito à exportação e do Fundo Centro-Oeste. Já para a estrutura de longo prazo, a Rumo trabalha com a previsão de que 77% sejam provenientes do BNDES e mercado de capitais, enquanto o restante virá de fontes como agências de apoio à exportação. 
A expectativa dos atuais executivos é de que, no curto prazo, o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumente em R$ 500 milhões, ficando entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,2 bilhões até o fim de 2016. As projeções da companhia indicam que, a partir de 2017, já haverá geração positiva de caixa, levando em conta os resultados e a maturação do investimento do primeiro ciclo, atingindo Ebtida entre R$ 3,3 bilhões e R$ 3,5 bilhões ao fim de 2019.
Com os investimentos, a Rumo ALL pretende ampliar o transporte de grãos para exportação: de 22 milhões de toneladas, em 2014, para cerca de 39 milhões de toneladas em 2025.
Ações
Na quinta-feira, quando os planos foram anunciados, as ações da Rumo Logística caíram 9,7%, a R$ 1,49, ficando no topo das perdas do Ibovespa. O projeto de investimento frustrou a expectativa da equipe de análise do Itaú BBA, que esperava uma menor necessidade de aporte e uma maior estimativa de Ebitda.
À frente da empresa desde o início do mês, Fontana disse que trocou os principais executivos da companhia e dividiu as operações da ALL em duas (Norte e Sul), para dar maior celeridade às mudanças consideradas necessárias para a melhoria de resultados e operações. (Estadão Conteúdo)

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