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Title: CAF Brasil poderá produzir trens regionais na unidade de Hortolândia
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A Companhia pretende trazer para o Brasil o modelo S-121, que é semelhante ao utilizado nas linhas comerciais Alvia, da operadora espanhola ...
A Companhia pretende trazer para o Brasil o modelo S-121, que é semelhante ao utilizado nas linhas comerciais Alvia, da operadora espanhola Renfe. O trem poderá atingir a velocidade de 200 km/h para distâncias médias de 150 km e possui capacidade para transportar até 300 passageiros.A locomotiva dispõe de assentos reclináveis em posições variadas, serviço de bordo, conexão à internet sem fio, caixa-preta, ar condicionado, sistema de entretenimento multimídia, banheiros com acesso a pessoas com mobilidade reduzida, sistema de video-monitoramento individual, sistema de detecção e extinção de incêndios e tomadas nos assentos.No percurso para Santos, cuja linha passará pela Serra do Mar, a empresa pretende oferecer o modelo em alumínio, com tração distribuída em todos os carros motores e freios antideslizantes. O trem poderá circular de 90 km/h no trecho de serra até 200 km/h no planalto.
Trem regional S-121 da Renfe


De olho no projeto de reativação dos trens regionais para Santos e Sorocaba, a CAF Brasil anuncia que poderá produzir trens regionais em sua unidade de Hortolândia (SP).
Segundo o gerente comercial da CAF, Ricardo Sanchez, a empresa está se apresentando ao Governo do Estado de São Paulo como potencial parceiro de material rodante para o projeto de trens regionais.

Para distâncias médias de 150 km, o trem pode atingir a velocidade de 200 km/h, possui capacidade para 300 passageiros e dispõem de assentos reclináveis em diversas posições, serviço de bordo, conexão à internet sem fio, caixa-preta, ar condicionado, sistema de entretenimento multimídia, banheiros com acesso a pessoas com mobilidade reduzida, sistema de video-monitoramento individual, sistema de detecção e extinção de incêndios e tomadas nos assentos.
Para Paulo Fontenele, presidente da CAF Brasil, o principal objetivo do trem regional CAF é ser uma alternativa real, eficiente e atraente ao transporte público. “Há problemas de mobilidade em toda parte, mas principalmente em distâncias médias. Com um trem produzido com alta tecnologia, confortável, acessível e adaptável às mais específicas necessidades, nos aproximamos da solução”, diz.
A CAF possui trens regionais circulando na Espanha (A partir de Madrid para Valladolid, Segovia, Jaén, Córdoba, Sevilla, Cádiz); Reino Unido (Belfast); Argélia (rede SCTF) e Arábia Saudita (cidade de Dammam).

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Ricardo disse... 18 de fevereiro de 2011 às 07:58

É muito legal, saber que aqui no Brasil, temos empresas, que tem interesse, na fabricação de materiais férreos.Dessa forma,com certeza,fica mais barato, do que importar, de outros países.

Leoni disse... 29 de janeiro de 2014 às 16:55

Trem pendular de passageiros em média velocidade

Pendolino (do italiano, diminutivo de pendolo, que significa pêndulo) é a marca de uma série de trens de média velocidade com tecnologia pendular, desenvolvidos e fabricados pela Fiat Ferroviária (hoje Alstom). São utilizados na Eslovênia, Finlândia, Itália, Portugal, República Checa, Reino Unido e Suíça, ou Acela, seu concorrente americano.
A ideia de um trem que inclinava (pendular) tornou-se popular nas décadas de 1960 e 70, quando vários operadores ferroviários, impressionados pelos trens de alta velocidade introduzidos em França (TGV) e Japão (Shinkansen), quiseram ter uma velocidade similar sem ter de construir uma linha paralela dedicada (como estes países estavam a fazer, e o Brasil pretende fazer). Trem pendular é um trem com um mecanismo de suspenção reclinável que permite que ele atinja velocidades avançadas em trilhos de linhas férreas tradicionais. Esse mecanismo, chamado sistema pendular, consiste em eixos com capacidade de se inclinar até 8 graus em relação aos trilhos, permitindo que as curvas possam ser feitas em velocidades de até 230 km/h, sem risco de acidente ou desconforto para os passageiros.
Na Itália foram estudadas várias possibilidades para as linhas em exploração (incluindo um modelo com carros fixos e bancos pendulares). Vários protótipos foram construídos e testados e em 1975 um protótipo do Pendolino, o ETR 401, que foi posto em serviço, construído pela Fiat e usado pela Rede Ferroviária Italiana. Em 1987 começou a ser usada uma nova frota de Pendolinos, os ETR 450, que incorporavam algumas tecnologias do infortunado projeto britânico APT. Em 1993 a nova geração, o ETR 460, entrou em serviço.

Fonte básica; Wikipédia com adaptações.

A grande vantagem da Tecnologia Pendular para trens de passageiros é justamente pelo fato de trafegar bem em vias sinuosas e curvas fechadas, comum em países europeus, americanos e principalmente brasileiros, sem muitas retificações e com baixo investimento.

Eis aí uma ótima opção para os planejados pelo governo federal para os 21 trens de passageiros regionais, para uso da malha ferroviária brasileira, mediante aproveitamento e remodelação das linhas existentes, sem a necessidade de grandes intervenções.
Os trens pendulares Acela americano (Amtrak) e Superpendolino europeu são tracionados por energia elétrica, inclusive os na versão flex, 3 kVcc / 25 kVca embora existam versões eletricidade-Diesel (ICE-TD), que poderão ser utilizados em cidades onde não possuem alimentação elétrica.

A escolha deste modelo está sendo sugerida por consultorias, como a “Halcrow” no volume 4 parte 2 anexo B Comparação de material rodante, que estudam a implantação dos trens regionais, com futura utilização como TAV quando as suas linhas segregadas exclusivas estiverem prontas a partir de 2020, podem ser fabricados com dois pavimentos (double decker), com passagem entre os carros (gangway) e o truque (bogie) na bitola de 1,6 m que é o mais adequado para as nossas condições, pois é o que maior espaço possui entre as rodeiros para instalação e distribuição do motor elétrico, sistemas hidráulicos, suspenção, comandos e com freios regenerativos, isto é, retornam energia elétrica para a rede na frenagem, e são da categoria de velocidade de até 250 km/h.

Pois bem. Não é empregado no Brasil porque a indústria ferroviária multinacional, e aqui instalada, não os fabrica, embora a Bombardier, CAF e a Alstom os fabriquem no exterior, pode aqui ser montado inclusive pela Embraer com alto índice de nacionalização.


Conclusão:
Construímos ferrovias para que se adequem aos trens aqui fabricados, e não ao contrário. Isto explica, também, a falta de padrão e uniformidade entre trens e gabaritos de plataformas na CPTM-SP e Supervia-RJ entre outras.

As indústrias não fabricam o que necessitamos. Nós, é que nos ajustamos a elas.

“As verdadeiras convicções não se mostram, provam-se” Lamartine

Leoni disse... 20 de agosto de 2014 às 14:22

O ministério público entendeu que “O governo precisa refazer estudos se quiser o TAV” (Agosto de 2014).
Não faz sentido se preocupar com transferência de tecnologia ferroviária por uns poucos trens, temos provavelmente aqui instalada a maior quantidade de indústria automobilística multinacional do mundo, e não exigimos delas isto, a não ser que se queira criar a Ferrobrás, uma estatal com prazo curto para falir ou ser vendida em breve a preço de banana, muito diferente do acordo da EMBRAER com a SAAB da Suécia com relação aos jatos Gripen, em que se formara uma “joint venture”, esta sim tem tudo para ser uma próspera parceria.
Os trens regionais tem a função de complementar e auxiliar, principalmente pelas cidades não atendidas pelo TAV, só em São Paulo o sistema metrô ferroviário movimenta 7,2 milhões de passageiros diários.
Não devemos confundir os propostos trens regionais com *tecnologia pendular de até 230 km/h com os que existiam antigamente no Brasil e que trafegavam no máximo a 80 km/h, ou com este que esta sendo implantado atualmente pela Vale entre Vitória a Minas com 664 km com estimativa anual de 1 milhão de passageiros, e que por varias razões operacionais trafegam entre 45 e 65 km/h com tempo de viagem de ~13 horas, isto nos leva a conclusão que o “Sistema metrô ferroviário paulista movimenta 7,2 vezes mais passageiros por dia, do que este trem por ano” !!!
Considerações;
1ª Categoria de velocidade de até 250 km/h é considerada trem regional, *TAV é classificado com velocidade acima de 250 km/h baseado neste fato, podemos concluir que não existe TAV nas Américas, e muitos que aparecem como exemplos de TAV como Acela (Amtrak), Alfa Pendular, Talgo, e principalmente a maioria dos de dois andares que são os mais indicados (double decker), são na realidade trens regionais.
2ª Já faz algum tempo que se encontra em desenvolvimento no pelo mundo para o TAV, inclusive no Brasil, (Maglev Cobra) o TAV, (acima de 250 km/h), porém todos eles utilizando “Obrigatoriamente o sistema de levitação magnética”, portanto corremos o risco de estarmos implantando com um alto custo utilizando uma tecnologia obsoleta e ultrapassada, se for mantida a proposta atual com rodeiros e trilhos em bitola (1,43 m) e largura da carruagem (~2,8 m) divergentes das existentes no Brasil para o futuro TAV.
Em uma concorrência governamental recente da CPTM-SP, os valores cotados pelas montadoras nacionais, ficou nos absurdos ~80% superior aos praticados pela indústria chinesa e em relação ao fornecimento recente para a SUPERVIA-RJ e as carruagens já vieram na bitola de 1,6 m e na largura de ~3,15 m sem a necessidade de se adaptar estribos nas portas (gambiarra) para compensar o vão com a plataforma, ou seja exatamente conforme as condições brasileiras, sepultando os argumentos de custo menor dos defensores deste padrão europeu.
Já tive a oportunidade de viajar em vários destes no Metrô Rio, e a qualidade de acabamento interno / externo, ar condicionado, portas, iluminação, circuito interno de TV funcionando perfeitamente me causaram uma ótima impressão.

(continua).

 
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