O Brasil que mais cresce
Sul de Minas se torna foco de empresas estrangeiras
Pouso Alegre terá fábrica chinesa e centro de distribuição da Unilever
Expansão da indústria estimula comércio; PIB da cidade deve crescer 173% até o fim deste ano, em relação a 2010
Até o fim de 2013, Pouso Alegre (MG) terá crescido 173% em relação à última medição, em 2010, segundo estimativas da prefeitura.
No mesmo período, o PIB nacional terá avançado 14% -caso a economia do país tenha expansão de 3% em 2013.
A chegada de grandes empreendimentos no município mineiro explica os números.
Estão previstas, para o meio deste ano, as inaugurações de pelo menos
parte da fábrica da chinesa XCMG, que produz equipamentos de construção,
e do centro de distribuição da Unilever, detentora de marcas como
Kibon, Rexona e Ades, além de outras 22.
A farmacêutica indiana ACG também negocia a instalação de uma unidade no município.
Além dos investimentos na indústria, Pouso Alegre acaba de receber um
shopping de R$ 150 milhões, o primeiro da região do sul de Minas.
Inaugurado em março, o shopping foi feito pela HSI Investimentos,
empresa de gestão de fundos imobiliários com sede em São Paulo.
Segundo Luiz Dinhani, sócio da HSI, a escolha da cidade foi feita a
partir de um estudo detalhado das condições econômicas e de localização.
A chegada de indústrias e a proximidade de grandes rodovias, como a
Fernão Dias, foram preponderantes.
Por ser o único centro comercial desse porte na região, o empresário espera atrair habitantes do entorno.
Márcio Araújo, diretor de operações da Safir, administradora do
shopping, afirma que a empresa identificou ali um consumidor carente de
shoppings, com dinheiro para gastar e poucas opções de estabelecimentos.
POLÍTICA PRÓ-ATIVA
Se a HSI escolheu Pouso Alegre, as novas indústrias "foram escolhidas"
pela administração da cidade, afirma o prefeito Agnaldo Perugini (PT).
Segundo ele, o município adotou uma política de busca "pró-ativa" de
empresas.
Em outras palavras, assim que a prefeitura sabe que uma grande empresa
deseja se instalar no Brasil, procura os interessados para apresentar a
cidade mineira.
"Certa vez, vi que poderia ter um investimento de indústria
automobilística chinesa no Sudeste. Imediatamente, procurei deputados, o
Ministério do Desenvolvimento e me coloquei à disposição, preparando
Pouso Alegre para esse momento", diz.
Renato Torres, secretário de Desenvolvimento Econômico em 2012,
conversava com consultorias como a Deloitte e a Ernst & Young para
se informar sobre a chegada de multinacionais ao país.
COMPETIÇÃO
Segundo Raphael Prado, atual secretário de Desenvolvimento, a competição
com cidades próximas, como Extrema, Poços de Caldas e Varginha, para
sediar as empresas é grande.
Para diferenciar Pouso Alegre das demais, Prado pediu à Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) a construção de um aeroporto, além de iniciar
obras de um gasoduto, com o intuito de levar gás até o distrito
industrial.
Com vista para os canteiros de obras de grandes empresas, os moradores
do bairro do Algodão, na zona rural da Pouso Alegre (MG), reclamam da
falta de água.
"A água não está dando para todo mundo", afirma Creusa da Silva,
moradora do bairro, de ruas de terra e sem saneamento básico. A única
caixa d'água, segundo ela, foi instalada para abastecer uma escola. Os
moradores dividem o que sobra.
Dividem também o único poste de luz, curvado pelo peso da fiação. Muitos
fazem "gatos" para usar a luz elétrica do vizinho. Enquanto isso, a
Cemig, distribuidora de energia de Minas Gerais, prepara investimentos
para levar um novo circuito elétrico ao centro de distribuição da
Unilever.
"A cidade é bastante carente de recursos e demanda muita
infraestrutura", afirma Renato Torres, secretário de Desenvolvimento da
cidade em 2012.
TERRA ESCASSA
Outro gargalo é a falta de terra. Os terrenos destinados à indústria,
doados para atrair as empresas, se esgotaram. A prefeitura planeja um
novo distrito industrial, de R$ 12 milhões, mas não tem receita para
concretizar o empreendimento, de acordo com Torres.
Crescimento
Série mostra regiões bem desenvolvidas
A série de reportagens "O Brasil que mais cresce", iniciada em março do
ano passado, foca os municípios ou as regiões do Brasil que são ilhas de
excelência, apresentam desempenho econômico acima da média e que estão
se desenvolvendo em ritmo acelerado.
Comentário:
Nosso Blog Ferrovia Campinas - BH que promove a idéia do projeto de ferrovia em bitola larga e estreita ligando Ferrovia Curitiba - BH via Itapeninga - Sorocaba - Campinas - Mogi Mirim - Mogi Guaçu - Albertina - Congonhal - Pouso Alegre - Varginha - Três Corações - Lavras - Belo Horizonte, com palestra apresentada no seminário O Brasil de Volta aos Trilhos organizado pelo Blog CFVV - Circuito Ferroviário Vale Verde do jornalista César Mori
na UFLA - Universidade Federal de Lavras, o importante eixo econômico
ferroviário numa região com mais de 1 trilhão de dolares de PIB abrangendo Minas - São paulo e o Paraná, ideal para transporte ferroviario de carga de conteinêres com duplo empilhamento de duas alturas com vagões double stack
ligando as malhas ferroviárias em bitola estreita da região Sul a
região Nordeste no principal eixo logístico de carga do Brasil, e registrado no livro "Ferrovias e Desenvolvimento - Esse é o caminho" organizado pelo Professor Pedro Uczai - Deputado Federal do PT de Santa Catarina e no texto "Brasil -
Ferrovias para o século 22 - página 156, no âmbito dos trabalhos da
Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional e que tambem conta com o
apoio da Frente Parlamentar em Defesa das Malha Ferroviária Paulista da Assembléia Legislativa de São Paulo liderado pelo deputado Estadual Mauro Bragato PSDB-SP, e acreditamos que devem ser aproveitado para o Programa de Investimento em Logística: Rodovias e Ferrovias ...
Postado simultaneamente no blog Ferrovia Campinas BH
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