Ocupados por moradores de rua, restos de composições trazem insegurança para quem vive ou passa pela área
Por Leandro Nogueira | Jornal Cruzeiro do Sul
As dezenas de vagões em deterioração parados há meses na região central de Sorocaba causam temor na população e servem de abrigo para pessoas em condições de rua. Eles estão estacionados nas linhas férreas da América Latina Logística (ALL), provocando poluição visual e gerando insegurança, segundo a maioria das pessoas ouvidas pelo Cruzeiro do Sul. Sem informar uma data, a concessionária ALL informa que "em breve serão encaminhados à oficina especializada para recuperação", mas parece ignorar a situação de parte desses espaços, já que informa realizar rondas preventivas para "evitar invasões, atuações de vândalos e inibir usuários de drogas". A maior parte desses vagões está concentrada entre a avenida Dom Aguirre e a rua Dr. Paula Souza, com uma fila de vagões pichados visíveis no viaduto férreo sobre a avenida Dr. Afonso Vergueiro, na praça Lions. O comerciante Alex Wang, 34 anos, tem um bar na rua Paula Souza, de frente para os vagões, e não gosta daquela situação. Fala sobre a poluição visual e que ainda podem servir de esconderijos para os delinquentes que costumam assaltar as pessoas naquela região a partir das 21h. "É fácil para assaltar e depois pular o muro (da linha do trem)", declarou Wang. A dona de casa Marisa Carpanez, 46 anos, diz que aqueles vagões velhos parados naquele local são perigosos, podem abrigar usuários de drogas dependendo do horário. "Eu nunca venho aqui à noite", declarou a moradora de Votorantim. O vendedor Arnaldo Roque Silva, 51 anos, reclama que os vagões abandonados deixam o local feio e com o mato alto também podem esconder bichos. Acrescenta ainda que aqueles bens devem ter um alto valor que poderia ser investido em construções importantes para as imediações. Um morador da rua Paula Souza afirmou que aqueles vagões estão ali há alguns meses, mas não o incomodam porque já está de mudança. A cabeleireira que ontem esperava um ônibus na mesma rua, Girlanea Dias Rocha, 33, disse que os vagões velhos parados não a incomodam. Opinou que o problema ali é o mato, que segundo declarou "é mais perigoso do que o trem". A posição da concessionária ALL é de que os ativos avariados estão localizados em área operacional e em breve serão encaminhados à oficina especializada para recuperação. "É importante ressaltar que os vagões não estão interrompendo passagem de nível, e que a empresa tomou as providências necessárias para que não haja transtornos à população", divulgou. Acrescentou que constantemente realiza rondas preventivas em toda a extensão da malha férrea que administra, de forma a evitar invasões, atuações de vândalos e inibir usuários de drogas, mas ressalta que "não é possível detê-los permanentemente, uma vez que seus seguranças não têm poder de polícia." |
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul |
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