O VLT é uma das obras da matriz de responsabilidade da Copa do Mundo.
Alline Marques | Diário de Cuiabá
“O VLT será o maior escândalo da história deste Estado”. Assim o governador Pedro Taques (PDT) resumiu o que irá apresentar em audiência pública marcada para o dia 9 de fevereiro. Sem querer antecipar quais são as irregularidades constatadas, o chefe do Executivo apenas aproveitou a visita à Assembleia Legislativa para convidar os deputados a participarem do evento. O governador lembrou que, como senador, passou quatro anos na oposição ao governo de Silval Barbosa (PMDB) e fez duras críticas à construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), obra orçada em R$ 1,477 bilhão e que já teria consumido cerca de 60% do valor, sendo que não há nem mesmo previsão de término. Questionado sobre o que o governo identificou com relação à obra, Taques desviou do assunto e apenas afirmou: “Muita coisa foi identificada”. Durante o discurso na tribuna da Assembleia, Taques disse que irá mostrar na audiência “o que fizeram com nosso VLT”. Apesar de ter confirmado a data com seu secretariado, Taques disse que a audiência poderá ser antecipada, mas será avisado para que a população tenha ciência dos fatos. O VLT é uma das obras da matriz de responsabilidade da Copa do Mundo. Ainda existem várias outras inacabadas nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande e com indícios de superfaturamento, desvio de recursos e falhas técnicas. Além disso, outras obras que foram entregues a tempo do evento já apresentam problemas estruturais, como a do viaduto da Fernando Corrêa, na rotatória da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Os contratos com as empreiteiras responsáveis pelas obras estão sendo auditados pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) analisa quais medidas jurídicas podem ser tomadas pelo Estado, dentre elas o ressarcimento. Taques lembrou ainda que o papel da Assembleia é fiscalizar e por isso convidou os parlamentares a comparecerem à audiência. Apesar de uma nova legislatura ter sido empossada no domingo, uma parte atuou como deputado na gestão de Silval Barbosa e foi omissa no controle das contas e do andamento das obras, apesar de a Casa ter criado uma comissão especial para acompanhar as ações realizadas para a Copa. |
Fonte: Diário de Cuiabá |
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