Defesa Civil de Lavras relatou o número de pessoas e imóveis afetados pelas chuvas que caíram na noite do dia 8 e madrugada do dia 9.
Antônio Caetano, coordenador da Defesa Civil em Lavras e responsável pela elaboração do relatório. Foto: Jornal de Lavras
A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) divulgou para a imprensa cópias do Avadan (Avaliação de Danos), que foi enviada a Defesa Civil do Estado. Segundo o relatório, em Lavras foram atingidas residências particulares e um prédio público.
No bairro Tipuana I, nas ruas Pedro Corrêa, Manuel Raimundo do Amaral e Ismael de Oliveira, cinco casas foram alagadas, atingindo 18 pessoas. O alagamento se deu em decorrência da cheia do ribeirão "Jardim Floresta". Segundo a Defesa Civil em seu relatório, o alagamento se deu possivelmente devido à vazão insuficiente de duas galerias que passam sob a linha Férrea da FCA (Ferrovia Centro Atlântica) e sob a BR-265 próximas ao bairro. Das 18 pessoas atingidas, 9 eram adultos e 9 crianças.
Na Vila Bandeirantes, segundo o relatório da Defesa Civil de Lavras, duas ruas foram invadidas pelas águas: a Aristides André e a Joaquim Antônio da Silva; 3 casas foram atingidas, afetando 14 pessoas. A enchente naquele local foi devido à cheia do ribeirão dos Torres, que vem da zona rural e teve seu nível elevado aproximadamente 1,2 metro, vindo atingir as casas ribeirinhas nas proximidades. Naquela região a Defesa Civil atribui o fato a possível assoreamento do ribeirão. Das famílias atingidas, 3 eram idosos, 4 adultos, 6 crianças e 1 recém nascido.
No bairro Aquenta Sol duas ruas foram invadidas pelas águas do ribeirão dos Torres. Naquele local o ribeirão recebe um de seus afluentes, o ribeirão do "Pasto Fechado". A avenida Bueno da Fonseca e a rua Antônio Virgilino foram parcialmente inundadas, as águas subiram 1,5 metro e atingiu 5 casas e um prédio público, o Ceacad (Centro de Atenção a Criança e ao Adolescente) "Solange Maria Silva Rodrigues". Nas cinco casas atingidas, 15 pessoas foram desalojadas temporariamente. Eram 3 idosos, 10 adultos, um adolescente e uma criança.
No bairro Lavrinhas, na rua Hermógenes Ribeiro da Fonseca, conhecida como rua da Bomba, as águas do ribeirão do Pasto Fechado subiram cerca de 4 metros, segundo a Defesa Civil em seu relatório, possivelmente devido à obstrução parcial de uma galeria que passa sob a FCA (Ferrovia Centro Atlântica), cuja vazão foi insuficiente devido ao grande volume de água acompanhado de entulhos e galhos de árvores. Naquele local duas casas ficaram totalmente submersas e também atingiu outras duas nas proximidades do córrego. Nestas 4 casas, haviam 9 adultos, 2 adolescentes e 3 crianças, totalizando 14 pessoas afetadas diretamente.
No bairro Pitangui, na rua Professora Maria Madalena Fernandes, segundo o relatório da Defesa Civil de Lavras, uma casa foi atingida, nela moravam 4 pessoas. A casa foi invadida pelas águas do ribeirão dos Torres, que vem da zona rural, ele elevou seu nível cerca de 3,2 metros, provocando a invasão.
Na rua João Batista Prost, no bairro Industrial, duas casas foram invadidas pelas águas do ribeirão Vermelho, desalojando 7 pessoas, sendo 2 idosos, 2 adolescentes e 3 adultos.
Na rua dos Expedicionários, na Evaristo Alvarenga, Travessa Evaristo Alvarenga e rua Um do bairro Esplanada, 36 casas foram alagadas, desalojando 115 pessoas; dessas, 76 eram adultas, 13 crianças, 16 idosos e 10 adolescentes.
Na avenida Sylvio Menicucci, próximo ao condomínio Aldeia de Sagres, um barranco deslizou danificando parcialmente a avenida, além de expor em risco uma família de 2 adultos que residem abaixo do nível da avenida.
Na rua Irmã Genésia, no bairro Jardim das Magnólias, a chuva provocou um abatimento de um terreno, colocando em risco de deslizamento e expondo 8 casas em alto risco, 12 pessoas residem nestas casas. Duas famílias foram retiradas pela Secretaria de Promoção da Cidadania.
A chuva que caiu em Lavras na noite e madrugada do dia 8 para o dia 9, segundo o relatório da Defesa Civil de Lavras, foi registrada pela Estação Climatológica da Universidade Federal de Lavras (Ufla), uma precipitação de 155,4 mm, diante de uma média histórica no mês de janeiro de 272,4 mm, atingindo vários bairros da cidade, causando transbordamento em diversos córregos e ribeirões, deslizamento de terra em barrancos, deixando um rastro de destruição a diversas famílias atingidas pela catástrofe. Ao fim, 4 famílias ficaram desabrigadas.
Fonte Jornal de LAVRAS
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