As concessões de rodovias, ferrovias, terminais privados de portos, aeroportos, blocos de petróleo e gás natural e geração e transmissão de energia elétrica devem propiciar investimentos de R$ 80,3 bilhões, ao longo de 35 anos, segundo a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SAE) do Ministério da Fazenda.
O montante de recursos mencionado impressiona. E o titular da SAE, Pablo Fonseca, prognostica que o aumento dos investimentos via concessões reativará, indiretamente, os investimentos privados.
Os resultados dos leilões de concessões - como os dos Aeroportos do Galeão, no Rio, e Confins, em Belo Horizonte, além do das Rodovias BR-163, BRs-060/153/262 e BR-40 - excederam as expectativas e, certamente, além dos investimentos diretos, as concessões estimularão a aquisição de máquinas e equipamentos, contratação de serviços de engenharia e de pessoal, entre outros. Em Goiás, a cidade de Anápolis foi apelidada de "Concessionápolis", graças aos benefícios que aufere em função das que operam na região, mostrou reportagem de Lu Aiko Otta, no Estado de domingo.
O secretário da SAE acredita que, se os investimentos dependessem apenas do Orçamento da União, as oportunidades para o setor privado seriam pequenas. "Já por concessão e por parceria entre público e privado, as possibilidades para os investidores crescem muito", afirmou. O ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Gesner de Oliveira acrescenta: "Estamos assistindo ao embrião de um novo modelo de crescimento". Liderado, no caso, pelo investimento em infraestrutura, e não mais pelo consumo das famílias. Cabe indagar até que ponto o governo acredita nessa política.
Estimativas de investimento entre 2013 e 2016 feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e divulgadas pela revista Conjuntura Econômica, da FGV, de dezembro, mostram que os portos devem atrair R$ 34 bilhões; as ferrovias, R$ 53 bilhões; as rodovias, R$ 62 bilhões; e os aeroportos, R$ 8 bilhões; perfazendo R$ 157 bilhões. São estimativas diferentes das da SAE, mas também dão uma ideia das dimensões do investimento em infraestrutura. No entanto, por mais expressivos que sejam os montantes de investimento contratados ou previstos, eles são uma fração do investimento total do País, de 18,1% do PIB, em 2012, correspondendo a quase R$ 800 bilhões, ou dez vezes o valor calculado pela SAE.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Publicada em:: 07/01/2014
O montante de recursos mencionado impressiona. E o titular da SAE, Pablo Fonseca, prognostica que o aumento dos investimentos via concessões reativará, indiretamente, os investimentos privados.
Os resultados dos leilões de concessões - como os dos Aeroportos do Galeão, no Rio, e Confins, em Belo Horizonte, além do das Rodovias BR-163, BRs-060/153/262 e BR-40 - excederam as expectativas e, certamente, além dos investimentos diretos, as concessões estimularão a aquisição de máquinas e equipamentos, contratação de serviços de engenharia e de pessoal, entre outros. Em Goiás, a cidade de Anápolis foi apelidada de "Concessionápolis", graças aos benefícios que aufere em função das que operam na região, mostrou reportagem de Lu Aiko Otta, no Estado de domingo.
O secretário da SAE acredita que, se os investimentos dependessem apenas do Orçamento da União, as oportunidades para o setor privado seriam pequenas. "Já por concessão e por parceria entre público e privado, as possibilidades para os investidores crescem muito", afirmou. O ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Gesner de Oliveira acrescenta: "Estamos assistindo ao embrião de um novo modelo de crescimento". Liderado, no caso, pelo investimento em infraestrutura, e não mais pelo consumo das famílias. Cabe indagar até que ponto o governo acredita nessa política.
Estimativas de investimento entre 2013 e 2016 feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e divulgadas pela revista Conjuntura Econômica, da FGV, de dezembro, mostram que os portos devem atrair R$ 34 bilhões; as ferrovias, R$ 53 bilhões; as rodovias, R$ 62 bilhões; e os aeroportos, R$ 8 bilhões; perfazendo R$ 157 bilhões. São estimativas diferentes das da SAE, mas também dão uma ideia das dimensões do investimento em infraestrutura. No entanto, por mais expressivos que sejam os montantes de investimento contratados ou previstos, eles são uma fração do investimento total do País, de 18,1% do PIB, em 2012, correspondendo a quase R$ 800 bilhões, ou dez vezes o valor calculado pela SAE.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Publicada em:: 07/01/2014
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