De nada adiantou a placa da FCA, os trilhos aqui foram arrancados pela prefeitura de Raposos. |
Após 17 anos sob sua concessão, a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) devolverá à União 3.800 quilômetros de estradas de ferro por falta de viabilidade econômica. Um dos trechos, entre Sabará e Miguel Burnier, com 84 quilômetros de extensão, está aos pedaços. Nestas duas últimas décadas, foi saqueado e sofreu com a falta de cuidados, segurança e manutenção, que estavam à cargo da FCA.
Trecho abandonado entre General Carneiro e Sabara. Notem ao fundo, Viaduto da ferrovia Vitoria a Minas. |
“Infelizmente, a condição atual dos trilhos inviabiliza o seu uso integral para o fluxo de trem de passageiros e demandará a troca da superestrutura (trilhos, dormentes, lastro e equipamentos de fixação)”, apontou o chefe de gabinete da Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana, Gustavo Horta Palhares. O valor das obras no trecho será definido até outubro deste ano, mas já é certo que o investimento será feito por meio de Parceria-Público Privada (PPP).
Estação de Sabará. Para esquerda o que sobrou do Ramal de Nova Era, para direita, linha para Miguel Burnier quase enterrada. |
Passagem de nivel em Sabará. No meio do mato, logo a frente, esta a parada Mestre Roque. |
A situação de abandono da linha concedida à FCA contraria as regras do edital nº A-03/96/RFFSA, de 1996, de licitação da malha Centro-Leste, que apresenta as obrigações da concessionária vencedora da Licitação.
Dentre elas, a de número XIV aponta que o concessionário deve “zelar pela integridade dos bens vinculados à concessão, conforme normas técnicas específicas, mantendo-os em perfeitas condições de funcionamento e conservação, até a sua transferência à concedente (União) ou nova concessionária”.
Em Raposos, trilhos quase enterrados,no antigo leito, que agora virou rua. |
Bem próximo da estação de Itabirito, o leito virou rua asfaltada. |
Leito sem os trilhos, na passagem de nivel da Mg-440, em Engenheiro Correia, Ouro Preto. |
Fotos;https://maps.google.com.br/
Comentário: Até quando o povo brasileiro vai aceitar o descaso das concessionárias, aliado aos desmandos e incompetência de gestores públicos municipais, estaduais e federais? O país que a cada dia corre mais fora dos trilhos está cada vez mais perto de entrar em colapso. O custo disso tudo é fácil de sabe sobre quem repousa, O POVO, que não menos ignorante e passivo assiste tudo a margem, sem nunca dar um basta. Uma pena o POVO brasileiro sofrer de amnésia diante das urnas e "custar" tão pouco para seus representantes.
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