Dois grandes projetos podem dar ao Brasil facilidade de escoar a produção nacional para os mercados asiáticos. Em território brasileiro a Transcontinental interligará o oeste do Acre à Região Centro-Oeste e, posteriormente, à costa leste brasileira, através do Porto do Rio de Janeiro. No Norte do País, se interligará com ferrovias que o vizinho Peru constrói em seu território. Outra linha, a Ferrovia do Pantanal, encurtará o caminho entre São Paulo e Mato Grosso do Sul com a Bolívia, país que, a exemplo do Brasil, se movimenta para ampliar sua rede ferroviária. Os dois projetos têm um destino comum: o Oceano Pacífico.
Nos dois caminhos são os portos peruanos que servirão de porta de entrada para o Pacífico,com destino a mercados como os da China e Índia,dois importantes parceiros comerciais do Brasil.No caso da Transcontinental - que também facilitará o escoamento da produção peruana para a Europa,principalmente - a ligação se dará de maneira direta.Já a Ferrovia do Pantanal fará uma "escala" na Bolívia antes de seguir para o norte da Argentina e a costa sul do Peru.
O caminho para a construção dos dois projetos será longo.Além das óbvias dificuldades da obra - que passará por diversos trechos de reserva ambiental e regiões de difícil acesso,em um traçado que,apenas no Brasil,passará dos 4,5 mil quilômetros,no caso da Transcontinental ,e de quase mil quilômetros na Ferrovia do Pantanal - os projetos enfrentam outro problema crônico do País:a lentidão e a burocracia.
A Transcontinental é a única entre as grandes Ferrovias previstas para o País cujas obras ainda não começaram.Para cerca de dois terços do projeto sequer existem estudos de viabilidade técnica e ambiental.Na linha férra que cortará a região pantaneira rumo ao centro do País,onde se integrará com a Ferrovia Norte-Sul,a pesquisa que determina se o caminho é viável economicamente, tecnicamente e ambientalmente já está pronto,e as obras aguardam a concessão do governo federal para serem iniciadas.
Nos dois caminhos são os portos peruanos que servirão de porta de entrada para o Pacífico,com destino a mercados como os da China e Índia,dois importantes parceiros comerciais do Brasil.No caso da Transcontinental - que também facilitará o escoamento da produção peruana para a Europa,principalmente - a ligação se dará de maneira direta.Já a Ferrovia do Pantanal fará uma "escala" na Bolívia antes de seguir para o norte da Argentina e a costa sul do Peru.
O caminho para a construção dos dois projetos será longo.Além das óbvias dificuldades da obra - que passará por diversos trechos de reserva ambiental e regiões de difícil acesso,em um traçado que,apenas no Brasil,passará dos 4,5 mil quilômetros,no caso da Transcontinental ,e de quase mil quilômetros na Ferrovia do Pantanal - os projetos enfrentam outro problema crônico do País:a lentidão e a burocracia.
A Transcontinental é a única entre as grandes Ferrovias previstas para o País cujas obras ainda não começaram.Para cerca de dois terços do projeto sequer existem estudos de viabilidade técnica e ambiental.Na linha férra que cortará a região pantaneira rumo ao centro do País,onde se integrará com a Ferrovia Norte-Sul,a pesquisa que determina se o caminho é viável economicamente, tecnicamente e ambientalmente já está pronto,e as obras aguardam a concessão do governo federal para serem iniciadas.
Ou será apenas mais uma EFMM? |
Para viabilizar a Transcontinental,o governo decidiu dividi-la em cinco lotes.O maior, com estimados 1,2 mil quilômetros,sairá de Campos dos Goytacazes,no litoral norte do estado do Rio de Janeiro,até Campinorte,no norte de Goiás.
Para esse trecho sequer há previsão de contratação para elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica,Econômica e Ambiental, situação semelhante à última etapa brasileira da Ferrovia,os 1,1 mil quilômetros entre Porto Velho,em Rondônia,e Boqueirão da Esperança,na divisa com o Peru.
No trecho central da Ferrovia o processo está mais avançado.Os 901 quilômetros entre Campinorte e Lucas do Rio Verde,no Mato Grosso,já dispõem de estudo e devem figurar nos primeiros lotes de concessão do governo federal,enquanto o trecho seguinte, entre a cidade mato-grossense e Porto Velho (RO),uma empresa já elabora o estudo, com previsão de entrega para fevereiro do próximo ano.A licitação para a realização do Estudo de Viabilidade Técnica entre Vilhena e Porto Velho está em curso,e o resultado deve sair nos próximos dias.
Vizinhos - Enquanto o Brasil tenta vencer a burocracia,a Bolívia se apressa para realizar a sua parte do projeto.Desde que perdeu sua saída para o mar,em uma guerra contra o Chile há quase 150 anos,o país busca uma alternativa para o escoamento de sua produção.
Enquanto seu pleito para retomada de uma faixa de cinco quilômetros à beira do Oceano Pacífico,no norte do Chile,não é atendido,o país pretende voltar-se para o Atlântico,atravessando,sobre trilhos,o Brasil.
O presidente boliviano Evo Morales anunciou a liberação de recursos para acelerar a construção de uma Ferrovia que se ligaria tanto com os portos do sul do Peru quanto com a divisa com o estado de Mato Grosso do Sul,no Brasil.
"Se exportamos por caminhão,a tonelada de exportação nos custa US$ 20 por quilômetro, enquanto nos trens custa US$ 3 por quilômetro",afirmou Morales ao defender a construção da linha,que facilitará,principalmente, a exportação de uréia de Bulo Bulo, região onde está sendo construído um sítio de extração do produto.Na região fronteiriça, o caminho se ligará primeiramente a trechos já existentes de Ferrovia em Dourados, e posteriormente,outros ramais permitiriam o acesso à Ferrovia do Pantanal.
Para esse trecho sequer há previsão de contratação para elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica,Econômica e Ambiental, situação semelhante à última etapa brasileira da Ferrovia,os 1,1 mil quilômetros entre Porto Velho,em Rondônia,e Boqueirão da Esperança,na divisa com o Peru.
No trecho central da Ferrovia o processo está mais avançado.Os 901 quilômetros entre Campinorte e Lucas do Rio Verde,no Mato Grosso,já dispõem de estudo e devem figurar nos primeiros lotes de concessão do governo federal,enquanto o trecho seguinte, entre a cidade mato-grossense e Porto Velho (RO),uma empresa já elabora o estudo, com previsão de entrega para fevereiro do próximo ano.A licitação para a realização do Estudo de Viabilidade Técnica entre Vilhena e Porto Velho está em curso,e o resultado deve sair nos próximos dias.
Vizinhos - Enquanto o Brasil tenta vencer a burocracia,a Bolívia se apressa para realizar a sua parte do projeto.Desde que perdeu sua saída para o mar,em uma guerra contra o Chile há quase 150 anos,o país busca uma alternativa para o escoamento de sua produção.
Enquanto seu pleito para retomada de uma faixa de cinco quilômetros à beira do Oceano Pacífico,no norte do Chile,não é atendido,o país pretende voltar-se para o Atlântico,atravessando,sobre trilhos,o Brasil.
O presidente boliviano Evo Morales anunciou a liberação de recursos para acelerar a construção de uma Ferrovia que se ligaria tanto com os portos do sul do Peru quanto com a divisa com o estado de Mato Grosso do Sul,no Brasil.
"Se exportamos por caminhão,a tonelada de exportação nos custa US$ 20 por quilômetro, enquanto nos trens custa US$ 3 por quilômetro",afirmou Morales ao defender a construção da linha,que facilitará,principalmente, a exportação de uréia de Bulo Bulo, região onde está sendo construído um sítio de extração do produto.Na região fronteiriça, o caminho se ligará primeiramente a trechos já existentes de Ferrovia em Dourados, e posteriormente,outros ramais permitiriam o acesso à Ferrovia do Pantanal.
Para a Transcontinental,o Brasil já negocia com o Peru o financiamento do empreendimento em terras peruanas."Concordamos em trocar informações sobre os planos em cada país a respeito desse projeto de unir as duas cidades (Cruzeiro do Sul,no Acre,e Pucallpa,no Peru) de maneira que a produção brasileira se possa conectar com o Pacífico",declarou a um jornal econômico do país o ministro dos Transportes e Comunicações peruano,Carlos Paredes.
Fonte: Jornal do Commercio
Publicada em:: 23/10/2013
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