28/08/2012 - Diário do Grande ABC
A construção do ferroanel, que terá um dos trechos (o Sul) passando pelo Grande ABC, deverá demandar cerca de R$ 2,5 bilhões. A estimativa é do técnico em regulação da área ferroviária da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Francisco Gildemir. Nesse cálculo não estão incluídos gastos com impacto ambiental, desapropriações e realocações de moradores.
O governo tem pressa nesse projeto, que faz parte do pacote de investimentos em infraestrutura divulgado há poucos dias pela presidente Dilma Rousseff. As obras devem começar no primeiro semestre de 2013, afirmou, na última semana, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
O ferroanel, sistema ferroviário a ser construído no entorno da região metropolitana de São Paulo, é considerado estratégico para ajudar a minimizar os gargalos logísticos do País. "Não é solução só para São Paulo, mas para o Brasil", diz Gildemir. Ele explica que essa obra cumprirá vários objetivos: tirar as cargas que passam hoje pelas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos) - que são compartilhadas pela MRS Logística - em áreas urbanas e permitir a agilização do transporte de pessoas; melhorar o escoamento de mercadorias de outras regiões do País (do interior de São Paulo para Santos ou dos Estados do Sul para o Rio de Janeiro); e agregar valor a plataformas afastadas de áreas centrais da região metropolitana.
O especialista cita ainda que, para o projeto sair do papel, tem havido entendimento entre os governos estadual e federal, o que é ponto importante para que avance, por causa dos custos elevados das obras. Inicialmente, o Tramo (trecho) Norte, que passará por Jundiaí e Itaquaquecetuba, foi avaliado como de maior potencial de carga. Apesar disso, a licitação será aberta para os dois trechos.
A demora para o ferroanel ser construído é natural, na avaliação do técnico. Há mais de dez anos o projeto é debatido e, quando foi concebido o trecho Sul do Rodoanel foi reservada área à margem da via para a passagem de linha férrea. "Há necessidade de muitos estudos", assinala. Ele acrescenta que a ligação com Santos é uma complementação ao ferroanel que facilitará o envio de cargas a Santos.
Dúvidas - Outro especialista, Gerson Toller, que é diretor da Revista Ferroviária, não se mostra tão confiante de que o projeto sairá. "O plano é bem concebido e o recurso (R$ 91 bilhões, para todas as linhas férreas do pacote, que abrangem 10 mil quilômetros) é mais do que o dobro do que para as rodovias. Falta acontecer", observa.
Entre as qualidades do projeto, Toller cita que o modelo de concessão, que admite a entrada de operadores independentes, que pagariam pedágio para utilizar as linhas férreas, é positivo. "Hoje (o transporte de cargas) é muito restrito."
A construção do ferroanel, que terá um dos trechos (o Sul) passando pelo Grande ABC, deverá demandar cerca de R$ 2,5 bilhões. A estimativa é do técnico em regulação da área ferroviária da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Francisco Gildemir. Nesse cálculo não estão incluídos gastos com impacto ambiental, desapropriações e realocações de moradores.
O governo tem pressa nesse projeto, que faz parte do pacote de investimentos em infraestrutura divulgado há poucos dias pela presidente Dilma Rousseff. As obras devem começar no primeiro semestre de 2013, afirmou, na última semana, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
O ferroanel, sistema ferroviário a ser construído no entorno da região metropolitana de São Paulo, é considerado estratégico para ajudar a minimizar os gargalos logísticos do País. "Não é solução só para São Paulo, mas para o Brasil", diz Gildemir. Ele explica que essa obra cumprirá vários objetivos: tirar as cargas que passam hoje pelas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos) - que são compartilhadas pela MRS Logística - em áreas urbanas e permitir a agilização do transporte de pessoas; melhorar o escoamento de mercadorias de outras regiões do País (do interior de São Paulo para Santos ou dos Estados do Sul para o Rio de Janeiro); e agregar valor a plataformas afastadas de áreas centrais da região metropolitana.
O especialista cita ainda que, para o projeto sair do papel, tem havido entendimento entre os governos estadual e federal, o que é ponto importante para que avance, por causa dos custos elevados das obras. Inicialmente, o Tramo (trecho) Norte, que passará por Jundiaí e Itaquaquecetuba, foi avaliado como de maior potencial de carga. Apesar disso, a licitação será aberta para os dois trechos.
A demora para o ferroanel ser construído é natural, na avaliação do técnico. Há mais de dez anos o projeto é debatido e, quando foi concebido o trecho Sul do Rodoanel foi reservada área à margem da via para a passagem de linha férrea. "Há necessidade de muitos estudos", assinala. Ele acrescenta que a ligação com Santos é uma complementação ao ferroanel que facilitará o envio de cargas a Santos.
Dúvidas - Outro especialista, Gerson Toller, que é diretor da Revista Ferroviária, não se mostra tão confiante de que o projeto sairá. "O plano é bem concebido e o recurso (R$ 91 bilhões, para todas as linhas férreas do pacote, que abrangem 10 mil quilômetros) é mais do que o dobro do que para as rodovias. Falta acontecer", observa.
Entre as qualidades do projeto, Toller cita que o modelo de concessão, que admite a entrada de operadores independentes, que pagariam pedágio para utilizar as linhas férreas, é positivo. "Hoje (o transporte de cargas) é muito restrito."
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