09/08/2012 - G1
O governo do estado de São Paulo estuda a implantação de um trem
rápido regional da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)
entre Campinas e Jundiaí (SP). A ideia é usar a infraestrutura do Trem
de Alta Velocidade (TAV), do governo federal, para o transporte de
passageiros entre os dois municípios de acordo com o secretário estadual
de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.
Durante um ciclo de debates sobre infraestrutura logística, realizado
em Campinas nesta terça-feira (7), Fernandes disse que os governos já
estudam uma parceria entre os dois projetos do setor. “Queremos
aproveitar a mesma obra. Agora estamos trabalhando de modo inteligente
sem ser de forma antagônica como antes”, destacou.
Embora o trem entre Campinas e Jundiaí esteja sendo negociado entre
os governos, ainda não há previsão para início de obras. Enquanto é
aguardada a nomeação do ex-diretor da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo, para a presidência da Empresa de
Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (ETAV), os dois governos
analisam a formulação de uma minuta de acordo e cooperação no projeto.
TAV deve ter investimento de R$ 33 bilhões
O TAV tem um investimento estimado em R$ 33 bilhões. Já o trem regional ainda não há previsão dos custos segundo Fernandes.
A composição teria a capacidade de 564 passageiros e com seis
partidas entre as estações a cada hora, totalizando 3,6 mil pessoas
transportadas a cada 60 minutos. Uma média de 40 mil passageiros por
dia.
A ideia é que passagem para o transporte de passageiros no trem rápido tenha o mesmo valor do ônibus rodoviário.
De acordo com o secretário, é possível fazer o compartilhamento do
mesmo trilho entre os dois tipos de trens. Uma linha férrea construída
para suportar uma composição do trem-bala que atinge até 350 km/h,
poderia ser aproveitada para os trens rápidos, que têm uma velocidade
máxima de 180 km/h.
Transporte até São Paulo
Um trem rápido da CPTM será implantado entre Jundiaí e São Paulo a
partir de 2013. O projeto está em fase de estudo e as obras devem
começar no fim do ano que vem, com previsão de término de dois anos.
Para o Fernandes, a criação de um transporte ferroviário entre as
duas cidades “desafogaria a malha rodoviária, tirando pelo menos 600
ônibus fretados diários que partem da região de Campinas para São
Paulo”.
O trem rápido da CPTM seria voltado para o trabalhador do interior
que vai e volta todos dias para a capital, evitando que ônibus tenham a
necessidade de entrar na cidade.
Federal
A ANTT informou que não pode tratar de assuntos relacionados ao TAV. O
G1, por sua vez, entrou em contato com o Ministério dos Transportes,
mas não houve resposta sobre a parceria até a publicação.
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