Estação Ferroviária Taubaté será restaurada

Com verba de R$ 500 mil, antiga estação ferroviária de Taubaté vai começar a ser recuperada; ainda são necessários R$ 2,5 milhões

Redação / Gazeta de Taubaté
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Foto: Arquivo/Rogério Marques

Prestes a comemorar seus 140 anos, a Estação Ferroviária de Taubaté vai começar a ser restaurada, após 36 anos fechada. A iniciativa foi firmada em convênio entre prefeitura e o Instituto de Desenvolvimento e Sustentabilidade Humana. O prédio, inaugurado em 1876, é um patrimônio histórico.

O Executivo disponibilizou verba de R$ 500 mil ao Instituto, que será paga em oito vezes, para que as obras sejam iniciadas.

Ainda são necessários cerca de R$ 2,5 milhões a mais.

De acordo com o presidente da entidade, Rodrigo França, os trabalhos começarão pelo armazém da estação, para que haja maior rendimento do capital.

“Se começarmos os trabalhos pela Estação dará a sensação de que não fizemos quase nada, pois o custo dela é mais elevado”, disse.

Segundo ele, as obras serão iniciadas “em breve” e a meta é buscar convênio com o Governo do Estado para o término da restauração dos edifícios.

“O decreto precisa ser publicado no Diário Oficial de Taubaté e, em seguida, abriremos licitação. Em torno de 60 dias, daremos o pontapé inicial. Continuaremos buscando apoio do Estado”, disse ele.

Rodrigo também esclareceu que DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responsável pelos patrimônios, disponibilizou uma cessão de uso gratuito da estação e armazém por um período de 20 anos para a restauração.

HISTÓRIA/ A estação é a única que esta de pé desde o ciclo do café e surgiu, justamente, num período em que a produção do produto, principal fonte de economia da cidade até então, estava em decadência.

A partir daí, Taubaté expandiu em outras fontes a geração de capital. Além disso, todos os passageiros que viajavam no eixo São Paulo-Rio de Janeiro tinham parada obrigatória no município, o que tornou Taubaté bem conhecida, recebendo nomes como Dom Pedro 2º e a princesa Isabel.

PROJETO/ A arquiteta Livia Vierno, autora do projeto, disse que a intenção é tornar o local ainda mais atrativo e um ponto de lazer aos taubateanos e também para turistas.

“Queremos montar um espaço museológico para contar o passado da estação, além de uma casa de espetáculo e opções de lanchonete e livraria. Um ambiente de lazer para todos”, afirmou Lívia. Segundo ela, é preciso maior interesse para recuperação dos prédios.

“Existe solução para os prédios históricos. Só precisa de boa vontade”.

Procurado, o Estado não comentou o assunto até o fechamento da edição.