Malha do município é a principal ligação ferroviária com o sul do país.
Em plena atividade, local está na contramão de outras estações da região.
Em plena atividade, local está na contramão de outras estações da região.
Estação ferroviária foi construída em 1964 (Foto: Reprodução / TV TEM) |
Ao contrário do estado de abandono de algumas estações ferroviárias da região Centro-Oeste Paulista, a estação de Ourinhos (SP) está em plena atividade e é destaque no transporte de cargas, com planos de maior desenvolvimento. Ourinhos é a principal ligação ferroviária com o sul do país.
Diariamente chegam, em média, seis composições trazendo álcool, gasolina, diesel, matéria-prima para adubo e arroz. E a cidade também é a principal coletora de etanol da América Latina. Todos os dias saem da estação, mais de três milhões de litros do combustível para os estados do sul do país.
Na estação que existe desde 1964, há 50 anos, a empresa que administra a malha ferroviária mantém funcionários cuidando da parte administrativa, silos de recolhimento de grãos e uma oficina para a manutenção dos equipamentos. No pátio mesmo depois de reformado, foram deixadas placas antigas para manter parte da história.
José Claudinei Messias Guarda com carinho lembranças da ferrovia. Hoje, dirige o sindicato da categoria, mas há 30 anos começava a vida profissional. “Naquela época era um movimento intenso de trens. Nós tínhamos duas situações em Ourinhos, a Fepasa e a Rede Ferroviária Federal. Ou seja, era uma estação de intercâmbio. Todos os vagões que chegavam de São Paulo ou do norte do país passavam pela cidade. Hoje, após o processo de privatização, é uma empresa só”, conta o presidente do sindicato.
Como a estação fica na região central e Ourinhos cresceu, surgiu a necessidade da retirada dos trilhos que cortam o centro da cidade, o que já está nos planos de desenvolvimento do município. “O crescimento da cidade não foi se adequando com a ferrovia e hoje causa transtornos nas passagens de nível em horários de pico. Desta forma, Ourinhos já está contemplado com um projeto do contorno ferroviário”, afirma Claudinei.
O prédio tem mais de 1 mil metros quadrados de construção. Parte dele foi repassada ao munícipio e será sede da Defesa Civil. Outro setor é de responsabilidade da Secretaria de Cultura.
Um galpão de madeira é a primeira obra da estação. Hoje é usado por grupos de teatro para ensaio e também para guardar figurino. Já o museu, por enquanto, está fechado. “Será feito um novo formato de museu para que possa ser exposta a história natural do município e todas as vertentes do acervo histórico da cidade”, finaliza o secretário de Cultura, Fernando Cavezali.
Ourinhos creceu em volta da ferroviária (Foto: Reprodução / TV TEM) |
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