Condutores de carga listam uma série problemas estruturais; falta banheiros
A paciência dos motoristas que fazem o transporte de grãos, para o complexo intermodal da América Latina Logística (ALL) parece ter chegado ao fim. Na manhã desta terça feira, 16, um grupo resolveu bloquear as entradas de caminhões e os trilhos da ferrovia. O objetivo dos manifestantes é sensibilizar a empresa e reivindicar melhorias nas péssimas condições do local para acomodar os profissionais, enquanto esperam para fazer o descarregamento das cargas. Pelos cálculos dos manifestantes são cerca de quatro mil carretas paradas no local. Com mil veículos no pátio interno, duas mil no pátio de estacionamento, além de uma fila de 5 km no acostamento da rodovia, com mais mil carretas.
Os motoristas listam uma série problemas estruturais enfrentados por eles, desde que entram no pátio de espera até para realizarem necessidades básicas de higiene. “A condição do pátio que é de terra é horrível, no tempo da chuva era a lama que deixava o local intransitável, hoje sofremos com a poeira, um descaço total. Além disso, quando precisamos fazer nossas necessidades não temos um banheiro, pois é possível de usar”, comentou Marcelo Moreira, um dos representantes do movimento. Mas as reclamações não param por ai, outro fator de descontentamento dos motoristas é com relação à praça de alimentação, segundo os manifestantes, o local se tornou pequeno devido ao aumento do movimento. “ Nossa condição de trabalho é precária, além de ficarmos no “poeirão”, na hora de almoçarmos o restaurante fica pequeno, pois somos em média 2 mil caminhoneiros, agora imagina o caos nestes momentos”, disse outro manifestante. O grupo relata também que no pátio interno constantemente fica lotado, já que há certa demora no processo de descarga, sempre que ocorre um problema técnico no sistema. “Nós tomamos a atitude de interditar, para ver se as autoridades encontram alguma solução, como o Ministério Público ou sindicato para resolver nosso problema de condição de trabalho aqui na ALL. Se ocorre algum problema interno, chega a reunir aqui mais de 4.000 mil caminhões em um dia.Por exemplo, no dia de hoje o pátio interno de uso da ALL está lotado e sem condições de colocar mais nenhum caminhão lá dentro e a pista aqui fora esta lotada”, finalizou. O sindicato da categoria está em contato com o ministério publico, em busca de uma definição para as reinvindicações dos motoristas, enquanto isso os líderes do protesto são enfáticos na manutenção do bloqueio. “Vamos manter fechado o terminal até que o Ministério Público entre com uma a ação para resolver os problemas, por enquanto manteremos os piquetes aqui nas entradas do terminal para controlar a saída os caminhões para evitar tumulto”, disse Marcelo, que destaca a ação pacifica dos caminhoneiros, sem o intuito de prejudicar a empresa e de apenas reivindicar melhorias no ambiente de trabalho dentro do complexo. |
Fonte: CenárioMT |
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