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Title: Reativação da Estrada de Ferro ainda não tem previsão para sair do papel
Author: Anderson Nascimento
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Foto: Marco Oddone   O projeto de reativação da Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará ainda não tem perspectiva para sair do papel...
Foto: Marco Oddone
 
O projeto de reativação da Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará ainda não tem perspectiva para sair do papel. A fim de ampliar o projeto, o Grupo de Amigos do Trem e Mobilidade Urbana (GTA-MU) resolveu fazer um orçamento mais amplo, englobando o trecho de trilhos, que compreende Vila Inhomirim até a Estrada de Ferro Mauá (49 quilômetros) e também a ligação até a Vila de Pacobaíba (mais 16 quilômetros), totalizando mais 65 quilômetros. Na ideia inicial é prevista apenas a reativação da estrada férrea entre a Serra da Estrela e Vila Inhomirim, onde seriam necessários R$ 70 milhões, incluindo a desapropriação de, aproximadamente, 300 famílias, que ocuparam o trecho onde passa a ferrovia.
A ideia foi levantada ontem durante a reunião do GTA-MU, grupo vinculado à Frente Pró-Petrópolis (FPP), que aconteceu na sede da Firjan e discutiu outros assuntos referentes à mobilidade urbana na cidade e também a construção da nova pista de subida da serra.
Para o ferroviarista e pesquisador Antônio Pastori, se não houver vontade política o projeto de reativação não vai sair do papel. “Para o turismo seria fantástico. Hoje, somos reféns da BR-040 e mesmo com a nova pista de subida vamos continuar oferecendo apenas um modal de acesso”, disse ele, lembrando que a cidade não foi aprovada como subsede das Olimpíadas justamente por só ter uma alternativa para deslocamento, que é por meio do transporte rodoviário.
Entre os muitos benefícios da reativação, Pastori ressalta que deslocaria parte das pessoas para o Alto da Serra, movimentando não só o bairro como o polo de moda da Rua Teresa.
Sobre o novo projeto, ele destacou que vai levantar, além dos custos para reativar a ferrovia e colocar os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em funcionamento, o valor para o funcionamento de barcas ligando a Vila de Pacobaíba à Praça 15.
Pastori acredita que a engenharia de uma obra deste porte demora cerca de um ano. Porém, a parte burocrática o deixa menos otimista. “Para as Olimpíadas acho um pouco difícil que seja concretizado a tempo”, declarou.
A revitalização da Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará vem sendo discutida há 5 anos e prevê o resgate da primeira ferrovia instalada no país, com o objetivo de auxiliar a questão de mobilidade na cidade, representando uma alternativa para quem precisa ir e voltar do Rio diariamente e também visa ao resgate cultural daquele trecho.
Mobilidade Urbana
Paulo Martins, secretário geral do Instituto PhilippeGuédon Pró Gestão Participava (IPGP), falou sobre o Plano de Mobilidade que deve ser entregue até abril do ano que vem. Uma comissão para tratar do assunto está sendo criada, em fase de indicação, e irá envolver 14 pessoas da sociedade civil e do governo municipal. Ele lembrou que durante a Conferência das Cidades, que aconteceu em março deste ano, foram retiradas 20 propostas, que devem compor o plano. Além de outras 10 que foram enviadas por meio da internet. “É importante ressaltar que as obras melhoram a fluidez do tráfego, mas é apenas uma parte do plano”, comentou ele, referindo-se ao convênio entre o governo municipal e a Caixa Econômica Federal de R$ 42 milhões para intervenções nos bairros Quitandinha, Bingen, o trecho das Duas Pontes e a reforma do terminal rodoviário do Centro.
Na ocasião, José Luiz D'Amico da Casa D'Itália destacou a importância da mobilidade urbana. “Existe um consenso entre as cidades que afirma que o que mais impacta no desenvolvimento delas é a questão da mobilidade”, concluiu.
Aline Rickly
Redação Tribuna

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