METRÔ JAPONÊS SOBRE PNEUS
Existem trens metropolitanos que usam pneus ao invés de rodas de aço? Sim, e não são poucos. Estão presentes inteira ou parcialmente em linhas de metrôs de vários países. Perto de nós, até mesmo no Chile. Várias linhas do metrô de Paris são servidas por composições dotadas de pneus.
Isso não significa que sejam ônibus, pois tais composições são guiadas por pelo menos um trilho-guia (como no monotrilho). Não raro, além de pneus têm também rodas de aço, que entram em ação caso um dos pneus seja esvaziado (furado).
São muitas as tecnologias empregadas. Têm início após a segunda guerra, no metrô de Paris, por desenvolvimento da Michelin - tradicional fabricante de pneus - e os veículos (carros) pela Renault. Os trens são construídos especialmente para operar com pneus, bem como as vias em que irão operar.
Os pneus atuam sobre “pistas” de concreto ou de aço.
Tem vantagens e desvantagens sobre os trens convencionais, que usam trilhos e rodas de aço.
Vantagens:
· A viagem é mais “suave” por conta da flexibilidade da borracha dos pneus, e do ar neles contido.
· A aceleração é mais rápida pelo fato da área de atrito ser maior do que aço-aço.
· A frenagem é mais eficaz justamente por ser maior a área de atrito entre os pneus e a pista.
· Aumenta a capacidade de movimento da composição diante de aclives e declives.
· Torna a viagem mais silenciosa – dentro e fora da composição - quando ao ar livre.
Desvantagens:
· Maior desgaste nos rolamentos por conta do maior atrito (pneus-pista).
· Maior consumo de energia elétrica por conta do maior atrito.
· Variação de tração por conta de variações térmicas (verão, inverno).
· Aumento de ruídos (em relação aos trens convencionais) quanto dentro de galerias.
· Maior necessidade de manutenção (calibragem e troca dos pneus).
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