24/10/2011 - Jornal do Comércio (RS)
O braço de indústria ferroviária do grupo Alstom já prospecta investidores e potenciais candidatos a serem concessionários na operação da fase 1 do metrô de Porto Alegre. O diretor comercial, de marketing e de desenvolvimento de negócios na área de transportes da companhia, Luiz Fernando Ferrari, informou que só faltava a confirmação do investimento, feito pela presidente Dilma Rousseff, há cerca de dez dias, para deflagrar a corrida. O grupo francês já manteve contatos com o município durante a formulação do plano de negócios e do traçado. O projeto envolverá investimento de R$ 2,5 bilhões e prevê Parceria Público-Privada (PPP). A estimativa é que metade do valor será aplicado em obras civis e os outros 50% na compra dos veículos e sistemas.
Do total de R$ 1,750 bilhão, R$ 1 bilhão terá origem no Tesouro federal, cifra confirmada por Dilma na vinda ao Estado no dia 14, e R$ 750 milhões virão por meio de financiamento a ser repassado ao Estado e à prefeitura por instituições como a Caixa Econômica Federal. O restante será bancado pelo concessionário que vencer a concorrência para operar por 35 anos.
Isenções fiscais de tributos municipais e estaduais reduzirão a conta privada. A linha terá 14,9 quilômetros de extensão, conectando o Centro Histórico à zona Norte, próximo à Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). A maior parte do traçado será pela avenida Assis Brasil.
“A Alstom tem duplo papel: pode ser fornecedor e eventual sócio minoritário na operação”, antecipou o executivo. “Há muitos interessados. Todos os principais concessionários que atuam no setor no País e no exterior têm interesse”, completou Ferrari. O diretor lembrou que a empresa é hoje a principal fabricante de trens para esta modalidade de transporte, além de fornecimento de sistemas. Em São Paulo, a Alstom participou da execução da infraestrutura da Linha 4 do metrô, etapa bancada pelo setor público. A expectativa é que a definição da modelagem para a PPP ocorra ainda no primeiro semestre de 2012. Com isso, Ferrari considerou como possível o funcionamento do metrô em 2016. “Se entrarmos no projeto, leva dois anos para fabricarmos os veículos”, estimou, citando que nos dois primeiros ocorre a construção do traçado, com as 13 estações.
O modelo porto-alegrense segue o metrô leve subterrâneo. A meta é transportar 300 mil passageiros ao dia. Ferrari comparou o projeto da Capital com o existente em Buenos Aires e do qual a companhia é fornecedora de vagões. Pelo projeto local, a fonte de energia será elétrica. No Estado, a Alstom tem em Canoas uma planta de montagem de transformadores para geração de energia. A fábrica de trens está em São Paulo. A companhia também desenvolve sistemas para a operação.
Nos contatos que já foram travados com a equipe técnica que coordena o projeto em Porto Alegre (com integrantes da prefeitura e do Estado - Metroplan), a diretoria da área de transportes identificou o tamanho dos veículos, que seguirão padrões internacionais. “O que já fornecemos para a Metrovias na Argentina pode ser uma alternativa ao modelo porto-alegrense”, vislumbrou. Para Ferrari, a indústria brasileira poderá dar conta da necessidade.
Além da Alstom, outros fabricantes estão se instalando para aproveitar a demanda (projetos do PAC da Mobilidade preveem mais metrôs em outras capitais). A razão principal é poder se credenciar aos recursos públicos, como a fonte do Bndes, cuja exigência para ser elegível nos contratos é percentual alto de nacionalização dos componentes.
O braço de indústria ferroviária do grupo Alstom já prospecta investidores e potenciais candidatos a serem concessionários na operação da fase 1 do metrô de Porto Alegre. O diretor comercial, de marketing e de desenvolvimento de negócios na área de transportes da companhia, Luiz Fernando Ferrari, informou que só faltava a confirmação do investimento, feito pela presidente Dilma Rousseff, há cerca de dez dias, para deflagrar a corrida. O grupo francês já manteve contatos com o município durante a formulação do plano de negócios e do traçado. O projeto envolverá investimento de R$ 2,5 bilhões e prevê Parceria Público-Privada (PPP). A estimativa é que metade do valor será aplicado em obras civis e os outros 50% na compra dos veículos e sistemas.
Do total de R$ 1,750 bilhão, R$ 1 bilhão terá origem no Tesouro federal, cifra confirmada por Dilma na vinda ao Estado no dia 14, e R$ 750 milhões virão por meio de financiamento a ser repassado ao Estado e à prefeitura por instituições como a Caixa Econômica Federal. O restante será bancado pelo concessionário que vencer a concorrência para operar por 35 anos.
Isenções fiscais de tributos municipais e estaduais reduzirão a conta privada. A linha terá 14,9 quilômetros de extensão, conectando o Centro Histórico à zona Norte, próximo à Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). A maior parte do traçado será pela avenida Assis Brasil.
“A Alstom tem duplo papel: pode ser fornecedor e eventual sócio minoritário na operação”, antecipou o executivo. “Há muitos interessados. Todos os principais concessionários que atuam no setor no País e no exterior têm interesse”, completou Ferrari. O diretor lembrou que a empresa é hoje a principal fabricante de trens para esta modalidade de transporte, além de fornecimento de sistemas. Em São Paulo, a Alstom participou da execução da infraestrutura da Linha 4 do metrô, etapa bancada pelo setor público. A expectativa é que a definição da modelagem para a PPP ocorra ainda no primeiro semestre de 2012. Com isso, Ferrari considerou como possível o funcionamento do metrô em 2016. “Se entrarmos no projeto, leva dois anos para fabricarmos os veículos”, estimou, citando que nos dois primeiros ocorre a construção do traçado, com as 13 estações.
O modelo porto-alegrense segue o metrô leve subterrâneo. A meta é transportar 300 mil passageiros ao dia. Ferrari comparou o projeto da Capital com o existente em Buenos Aires e do qual a companhia é fornecedora de vagões. Pelo projeto local, a fonte de energia será elétrica. No Estado, a Alstom tem em Canoas uma planta de montagem de transformadores para geração de energia. A fábrica de trens está em São Paulo. A companhia também desenvolve sistemas para a operação.
Nos contatos que já foram travados com a equipe técnica que coordena o projeto em Porto Alegre (com integrantes da prefeitura e do Estado - Metroplan), a diretoria da área de transportes identificou o tamanho dos veículos, que seguirão padrões internacionais. “O que já fornecemos para a Metrovias na Argentina pode ser uma alternativa ao modelo porto-alegrense”, vislumbrou. Para Ferrari, a indústria brasileira poderá dar conta da necessidade.
Além da Alstom, outros fabricantes estão se instalando para aproveitar a demanda (projetos do PAC da Mobilidade preveem mais metrôs em outras capitais). A razão principal é poder se credenciar aos recursos públicos, como a fonte do Bndes, cuja exigência para ser elegível nos contratos é percentual alto de nacionalização dos componentes.
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