Estação da Luz, o Futebol e o Corinthians
Um tributo pela vitória no campeonato mundial interclube de 2012 no Japão
Quando falamos em Arte, logo nos vem à mente a pintura, a escultura ou algo semelhante. A palavra Arte vem do Latim Ars, artis, significando técnica e ou habilidade,
geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações
de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e
ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em
um ou mais espectadores, dando um significado único e diferente para
cada obra de arte. Já a palavra Técnica (vem do grego, τέχνη (téchne) 'arte, técnica, ofício', a palavra se origina do grego techné cuja tradução é arte,
portanto, a técnica confundia-se com a arte, tendo sido separada desta
ao longo dos tempos) é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que
têm como objetivo obter um determinado resultado, seja no campo da
Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra atividade.
A Estação da Luz é uma obra de arte e técnica
de arquitetura e de urbanismo uma revolução tecnológica implantada no
inicio do século XX na cidade de São Paulo de Piratininga, um monumento
arquitetonico projetado e edificado para o ambiente habitado pelo ser
humano. Neste sentido, esta maginifica obra de arte trata destacadamente
da organização do espaço e de seus elementos: em última instância, a
arquitetura da Estação da Luz lidou com os problemas de agenciamento,
organização, estética e ordenamento de componentes em qualquer situação
de arranjo espacial. No entanto, normalmente a arquitetura associou-se
diretamente ao problema da organização do homem paulistano no espaço (e
principalmente no espaço urbano) da cidade que crescia economicamente e
para resolver alguns problema de trafego de pedestre, cavalos, carroças e
bonde na região da luz e como subir os trens que partiam de Santos a
rampa que vinha do Brás e cruzava o rio Tamanduateí e após a rampa que
alcançava a Barra Funda em destino a Jundiai, Campinas e o interior
paulista. Os arquitetos e engenheiros da ferrovia Inglesa The São Paulo
Railway blindou a cidade de São Paulo com um monumento arquitetonico que
tombado pelo patrimonio histórico ficará para sempre presente no espaço
geografico paulista e brasileiro como uma das mais belas obras de Arte
ferroviaria do Brasil e do Mundo.
Talvez a melhor frase que represente a Estação da Luz em São Paulo, esta bela obra de arte ferroviaria é a do filósofo Alemão :
Johann Wolfgang von Goethe a “Arquitetura é música petrificada”
Mas das obras de arte onde a ferrovia era e é o “Estado da Arte” da
técnica e da tecnologia, onde até a pouco tempo a RFFSA que herdou todo o
legado ferroviário do século XIX ainda preservou até recentemente no
final do século XX, a denominação para os trabalhadores de aprendiz de
ofícios, artífices, oficial e mestres e a palavra engenheiro que no
Brasil, passou a designar os mestres com diploma superior, na língua
inglesa tanto é operador do engenho (ou maquina), quanto o maquinista e o
mestre formado por uma academia de nível superior, faculdade ou
universidade . No inicio da revolução industrial trabalhadores artesões,
mestres e engenheiros discutiam o desenvolvimento da técnica, da
tecnologia e dos avanços do estado da arte em igualdade. No Brasil a
pouca instrução e a tradição da fidalguia lusitana obscureceu este
espírito de participação social, cabendo aos engenheiros a pena e aos
trabalhadores carregar o piano, o que foi de encontro aos interesse dos
fornecedores da tecnologia ferroviária da época em não transferir o Know
How atrasando a transferência das técnicas e tecnologia durante décadas
só ocorrendo quando ela já se encontravam obsoleta e durante a fase de
substituição da importação durante a segunda guerra mundial.
Se com a privatização da ferrovia no final do século XX, as
concessionárias empresas privadas que adquiriram as concessões enxergam
no transporte apenas ganhos financeiros e econômicos, esquecem do
passado glorioso das ferrovias e dos ferroviários, onde eles foram
participantes ativos da sociedade brasileira onde sem duvida nenhuma não
foram os ferroviários, as ferrovias, oficinas ou estações ferroviárias o
grande patrimônio e legado ao povo brasileiro, mas sem duvida nenhuma
por incrível que possa aparecer o “Futebol brasileiro” cantado e
admirado em todo o globo terrestre e único hepta campeão mundial, com
dois vice-campeonato.
Se no passado do século XIX em 1867, inicialmente a concessão do Barão
de Mauá e depois a ferrovia inglesa The São Paulo Railway Company, foi
construída para subir a muralha da Serra do Mar de Paranapiacaba com um
conjunto revolucionário de funicular de maquinas a vapor fixa para
tracionar cabos de aços e loco breques locomotoras a vapor para subir e
descer rampas com destino ao planalto paulista para movimentar com
vagões o ouro negro das plantações de café para o porto de Santos ,
apenas há algumas décadas substituído pelas cremalheiras.
Num Brasil do século XIX escravagista, onde negros, pobres, operários e
trabalhadores quase não tinham direitos, não é surpresa que um filho de
um engenheiro Inglês e de uma brasileira nascida de pai escocês tenha
enviado seu filho para estudar na Metrópole londrina e na volta traga
juntos a bola de futebol e as regras de um novo esporte que surgia na
metrópole.
Os historiadores cariocas debatem na velha competição com os paulistas
resultado centenários das lutas nativas de Tupiniquim, Tupinambás e
Tamoios e depois dos ouros das Minas Geraes descobertas dos bandeirantes
paulista que saíram pelas Estradas Reais para a metrópole portuguesa
através dos portos de Paquetá e Rio de Janeiro, transformando a cidade
maravilhosa na mundialmente famosa e a mais bela capital do mundo e
atraindo a objeção de paulista e paulistano e como não podia de ser,
reaparece também no futebol simultaneamente no Rio de Janeiro e São
Paulo nas mãos dos ingleses que vieram trabalhar nas empresas Inglesa
então todo poderoso império que dominava os sete mares e os cinco
continentes.
Se no Rio de Janeiro, George Emmanuel Cox é fundador do Paysandu Cricket
Club e o Rio Cricket And Atlhetic Association ambos criados em 1872 e
seu filho Oscar Alfredo Cox foi fundador e 1º presidente do Fluminense
Football Club em 1902 e seu irmão, Edwin Horácio Cox,
um eximio driblador e o primeiro grande craque tricolor, a primeira
bola e a primeira partida de futebol que se tem noticia no Rio de
Janeiro – apareceu em Bangu, no ano de 1894, na fabrica de tecido
inglesa pelas mãos e pés de um artesão textil escocês chamado Thomas
Donohoe.
Mas cabe a Charlles Willian Miller nascido em São Paulo de filho
de pai inglês engenheiro da São Paulo Railway Company, que sendo
enviado para estudar na inglaterra retorna com bolas e regras e já
trabalhando na SPR realiza o primeiro jogo oficial segundo a história do
futebol brasileiro na varzea do Carmo em 14 de abril de 1895, entre
dois times de funcionarios de duas empresas inglesa a The Team of Gaz
Company e a São Paulo Railway que venceu a partida por 4 a 2 com dois
gols de Charles Miller que é sócio membro do SPAC “São Paulo Atlhetic
Club” clube dos diretores e funcionarios ingleses da SPR fundado
coincidentemente em 13 de maio de 1888 dia da lei aurea assinada pela
princesa Isabel e fundador da liga paulista de Futebol em 19 de dezembro
de 1901 percursora da federação paulista de futebol.
O futebol no Brasil nasceu com os ingleses próximo
as oficinas ferroviaria e desenvolveu junto a sociedade. No inicio o
futebol era um jogo da elite economica branca e não era permitido
apresença de negros, a liga rachou pois consideravam que apenas a elite
deveria jogar; times como o Germania atual EC Pinheiros, e o Clube
Atlético Paulistano dos Jardins se retiraram da liga quando o futebol se
popularizou e virou professional. Uma das história interessante e á da
A.A. Ponte Preta, que surgiu no bairro do Botafogo em Campinas durante a
construção da ferrovia de Jundiai a Campinas e onde existia uma ponte
de madeira pintada de pixe e os alunos da alta classe e classe média
frequentava o Colégio Culto a Ciencia tais como o inventor do avião
Santos Dumond, e o diretor do jornal O Estado de São Paulo jornalista
Julio de Mesquita; o Colégio Culto a Ciência pertencente a uma Sociedade
Culto a Ciência onde membros eram ligada a Loja Maçonica Independência
com notaveis autoridades e grandes fazendeiros de Campinas, alunos do
colégio fundaram em 11 de agosto de 1900 um dos mais antigos clubes de
futebol ainda em atividade existente, alguns dias depois do mais antigo
ainda em atividade o Sport Club Rio Grande fundado em 19 de julho de
1900 na cidade portuaria de Rio Grande que jogava desde 1898 onde as
partidas eram disputadas no local onde existiam as oficinas da Viação
Férrea, na cidade marítima e realizou varios jogos em Porto Alegre para
difundir o Futebol no Rio Grande do Sul.
Dos jogos trazidos pela elite de funcionarios das empresas inglesas no Brasil como rugby, cricket, polo,
tênis entre outros o futebol foi o que mais conquistou a simpatia e
agrado dos brasileiros por ser mais barato de jogar e participar
requerendo apenas uma bola e algumas regras e terrenos que na epoca não
faltava nas cidades brasileiras, sendo que mesmo na Inglaterra o
football era popular com as massas realizando torneios que acabavam em
verdadeiras guerras de ruas, a qual o governo ingles procurou organizar
em regras e campeonatos para controlar o impeto violento dos jogos e do
povo.
O Corinthians nasce na Estação da Luz
O Corinthians Paulista adotou nesta época como simbolo um C e o P estilizado que muito lembra o simbolo da melhor ferrovia genuinamente brasileira da época a Companhia Paulista de Estrada de Ferro onde a siglas foram retiradas do Brasão do Conde de Pinhal de São Carlos.
Em 01 de setembro de 1910, um grupo de cinco operários da São Paulo Railway onde trabalhava Charles Miller o criador do futebol brasileiro jogador do S.P.A.C. "São Paulo Atlhtetic Club" no bairro paulistano do Bom Retiro que se desenvolveu com a construção da Estação da Luz, decidiram criar um time de futebol. Eram os pintores de parede, Joaquim Ambrósio e Antonio Pereira que trabalhava para o arquiteto Ramos de Azevedo, o sapateiro Rafael Perrone; o cocheiro Anselmo Correa e o trabalhador braçal Carlos Silva, além de mais oito pessoas que contribuíram com 20 mil réis e também foram considerados sócio-fundadores, após assistirem a apresentação do time de futebol ingles Corinthian Football Club fundado em 1882 recusava-se a participar de competições que dessem qualquer tipo de prêmio. Excursionava pelo mundo com o objetivo de disseminar o futebol estava no Brasil para divulgar a convite da diretoria do Fluminense Football Club. O time inglês tinha o nome de Corinthian pela opinião que o futebol deveria manter se amador e o nome veio em homenagem a cidade de Corínto famosa na Grécia Antiga por seu incentivo ao esporte amador.
Conforme descreve o livro “O futebol explica o Brasil” de Marcos Guterman:
“Os fundadores do Corinthians pensaram antes de dar o nome ao Clube de Santos Dumont para homenagea-lo, de Carlos Gomes, como lembrança do compositor que fazia opéra em italiano, para deleite da comunidade italiana do Bom Retiro. Mas o nome “Corinthians” se impôs naturalmente, diante das fortes impressões deixadas pela passagem do time inglês por São Paulo, pelo fato de os Britânico terem goleado impiedosamente as equipes da elite branca paulista e tambem pelo espírito amador que impulsionava aquela equipe.
“Os fundadores do Corinthians pensaram antes de dar o nome ao Clube de Santos Dumont para homenagea-lo, de Carlos Gomes, como lembrança do compositor que fazia opéra em italiano, para deleite da comunidade italiana do Bom Retiro. Mas o nome “Corinthians” se impôs naturalmente, diante das fortes impressões deixadas pela passagem do time inglês por São Paulo, pelo fato de os Britânico terem goleado impiedosamente as equipes da elite branca paulista e tambem pelo espírito amador que impulsionava aquela equipe.
O Corinthians seria um time de operarios, afinal, e
portanto o dinheiro era o que menos importava, pelo menos no começo.
Seus estatutos previam que o clube seria um local aberto a todos, “ não
se observando nacionalidade, religião, ou politica”, o que era um enorme
avanço na época. Esse empenho de mostrar abertura irrestrita traduz um
momemto em que os operarios começavam a ter poder de organização em São
Paulo.
Até então, a crescente massa trabalhadora era
disforme e impotente. Para a elite, a questão operária era um problema
de polícia e não de política. Mas isso mudaria a partir da década de 20
do século passado, quando Rui Barbosa começou a ver o movimento dos
trabalhadores das fábricas como força a ser considerada”.
“Antes do Corinthinas surgir, em 1910, um outro time poderia reinvindicar a classificação de “clube de operarios”. Era The
Bangu Athletic Club, fundado em 1904 no subúrbio do Rio e formado pelos
trabalhadores da fábrica de tecídos Companhia Progresso Industrial,
diferentemente do time paulista, porém, o Bangu teve amplo patrocínio
dos donos da empresa, que era britânica, e foi composto basicamente
pelos empregados ingleses. Como faltassem jogadores para compor dois
times, a solução foi convidar operários brasileiros da fábrica a
aderir ao jogo. Os que aceitaram tiveram alguns privilégios, como
tarefas mais leves, para não gastar as energias que seriam usadas no
jogo, e jornadas de trabalho mais curta, para poder atuar pelo time e
treinar. Alem disso, a inclusão de operários brasileiros no time fez
uma boa propaganda da Companhia Progresso - O Bangu, assim
como o Corinthians, representou o ínicio da abertura democrática do
futebol para a massa, a meio caminho de transformar-se em ganha pão.”
Nos primeiros anos o Corinthians Paulista foi um time de varzea e apenas em 20 de abril de 1913 pode participar dos jogos oficiais da liga paulista de futebol contra o Germania atual E.C. Pinheiros time de Arthur Friedenreich o “El Tigre” nascido nas proximidade da Estação da Luz numa casa na esquina da rua do Triunfo com a rua Vitória o maior jogador da época, brasileiro filho de um comerciante Judeu Alemão Oscar Friedenreich que se transferiu de Blumenau para São Paulo com uma Negra lavadeira chamada Matilde, mulato de olhos verdes que pela origem do nome jogava nos times da Elite como o Germania e pela aparência fisica e pelo magistral futebol jogava com os times das varzeas, é considerado um dos maiores jogadores brasileiro antes de Leonidas da Silva o “Diamante Negro”, Pelé e Garricha que criaram o futebol arte do Brasil; apesar de os ingleses dizerem que o mecânico escocês Archie Mclean pequeno e leve e baixa estatura conhecido por aqui como veadinho por volta de 1912, que ficou em São paulo por quarenta anos é que trouxe jogos rápidos e passes curtos sendo importante para o desenvolvimento do estilos do brasileiros.
Nos primeiros anos o Corinthians Paulista foi um time de varzea e apenas em 20 de abril de 1913 pode participar dos jogos oficiais da liga paulista de futebol contra o Germania atual E.C. Pinheiros time de Arthur Friedenreich o “El Tigre” nascido nas proximidade da Estação da Luz numa casa na esquina da rua do Triunfo com a rua Vitória o maior jogador da época, brasileiro filho de um comerciante Judeu Alemão Oscar Friedenreich que se transferiu de Blumenau para São Paulo com uma Negra lavadeira chamada Matilde, mulato de olhos verdes que pela origem do nome jogava nos times da Elite como o Germania e pela aparência fisica e pelo magistral futebol jogava com os times das varzeas, é considerado um dos maiores jogadores brasileiro antes de Leonidas da Silva o “Diamante Negro”, Pelé e Garricha que criaram o futebol arte do Brasil; apesar de os ingleses dizerem que o mecânico escocês Archie Mclean pequeno e leve e baixa estatura conhecido por aqui como veadinho por volta de 1912, que ficou em São paulo por quarenta anos é que trouxe jogos rápidos e passes curtos sendo importante para o desenvolvimento do estilos do brasileiros.
O surgimento do primeiro fenomêno
brasileiro do futebol o mulato Arthur Friedenreich o “El Tigre” e o
Sport Club Corinthians Paulista, são exemplo que passam na época e a
importancia da ferrovia e da Estação da Luz e conforme descrevem o livro
“O futebol explica o Brasil” de Marcos Guterman e “O Negro no futebol brasileiro” do jornalista Mario Filho que é nome oficial do estadio do Maracanã , Mario Filho era irmão do escritor Nelson Rodrigues.
Segundo Marcos Guterman:
"A ruptura do futebol, de esporte de elite para esporte de massa, de esporte amador para esporte Professional, se daria mais concretamente na década seguinte, nos anos 1920, quando a Primeira Republica já dava sinais de desgaste em razão de seu desprezo atávico por tudo o que cheirasse a povo... Surgiram as condições que fariam o mecanismo pelo qual o Brasil romperia, ainda que momentaneamente, os limites rígidos de sua hierarquia social”.
E a estação central ferroviária
da Luz, após anos de decadência, começou a ser revitalizada de estação
aristocrática de passageiros de longos percursos, quando não haviam
ônibus de viagens e aviões para o interior de São Paulo, para estação
central de passageiros metropolitanos. A Estação da LUZ ganhou uma
atividade nobre o Museu da Língua Portuguesa ironicamente justamente
numa Estação Ingleza, onde Portugal e a Inglaterra tem o mais antigo
acordo comercial vigente no mundo desde o século IX e os Ingleses
ajudaram a Portugal a se libertar do jugo do império Islâmico, e também
a novamente se separar do Império Espanhol após a tragédia de Dom
Sebastião durante os 60 anos em que Portugal
ficou sob domínio da Espanha, e durante as invasões Napoleônica em
prosseguimento as batalhas de Trafalgar, o apoio da Marinha Britânica á
transferência do Rei Dom João IV de Lisboa para o Rio de Janeiro e
novamente o reconhecimento da Independência brasileira em razão das
dividas de Portugal serem assumidas pelo Brasil e o Rei Dom Pedro I,
após o retorno do pai Dom João IV a Portugal.
Fonte de Pesquisa : Wikipédia.pt
Carlos Eduardo do Nascimento
Originalmente postado no Blog Ferrovia Futebol e Arte
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