As estradas de ferro apresentam o triplo da eficiência energética do transporte rodoviário. De acordo com dados da empresa ferroviária norte-americana Union Pacific, a eficiência energética das locomotivas aumentou cerca de 72% desde 1980.
Em 1980, 4,4 litros de diesel movimentavam, em média, uma tonelada de carga por 378,35 quilômetros. Em 2001, a mesma quantidade de combustível já transportava, em média, uma tonelada de carga por 653,66 quilômetro.
No caso de caminhões truques com capacidade de 15 toneladas, como por exemplo um modelo 1620 da Mercedes, utilizado no Brasil, o consumo de diesel para transportar uma tonelada de cargapor 653,66 quilômetro aumenta para 12,45 litros, considerando um desempenho médio de 3,5 quilômetros por litro.
Essa é a razão da elevada competitividade dos trens frente aos caminhões, principalmente tendo-se em vista que o gasto de combustível é o principal item de custo variável das ferrovias, uma vez que os gastos com manutenção de vagões e locomotivas são bem menores que as despesas com pneus e outros equipamentos de caminhões.
Nos últimos anos os fabricantes de trens e ferrovias reduziram o peso e aumentaram a capacidade dos vagões a fim de melhorar a eficiência energética e reduzir emissões de gases. A capacidade média de carga dos vagões está atualmente próxima de 93 toneladas, 17% acima da capacidade de vagões fabricados há 20 anos.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) calcula que a cada tonelada transportada por 1,61 quilômetro, um caminhão típico emita aproximadamente três vezes mais óxidos de nitrogênio e particulados que uma locomotiva.
De acordo com a Sociedade Norte-Americana de Engenheiros Mecânicos, se 10% das cargas intermunicipais atualmente transportadas em rodovias fossem levadas por trens, no mínimo 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono seriam eliminadas da atmosfera anualmente. Já a Associação dos Ferroviários Norte-Americanos calcula que, se apenas 10% das cargas que circulam em rodovias fossem direcionadas para os trens, os Estados Unidos economizariam mais de 880 milhões de litros de combustível por ano.
Custo Brasil
No Brasil, ao contrário do que ocorre no restante do mundo, as tarifas do transporte ferroviário são em muitos casos superiores aos fretes cobrados por caminhões. A Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA), por exemplo, chega a cobrar R$ 60 por tonelada de calcário transportado numa distância de cerca de 600 quilômetros, enquanto o mesmo frete sai por R$ 33 feito por caminhão. Deve-se ainda ressaltar que a própria tarifa homologada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) (Resolução nº 1720 de 09 de novembro de 2006 da ANTT) para o mesmo produto e mesma distância - R$ 46,74- está também bem acima do valor recebido por caminhoneiros.
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Essa eu não sabia: o frete ferroviário é proporcionalmente mais caro que o rodoviário no Brasil? Puxa vida...
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