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Title: A luta do CFVV para pôr o trem nos trilhos
Author: Lavras Além do Tempo
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Antônio Pastori, 05/09/2012 Deve ser pelo fato do Rio de Janeiro ter sido o berço da primeira ferrovia do Brasil - a E. F. Mauá –...



Antônio Pastori, 05/09/2012

Deve ser pelo fato do Rio de Janeiro ter sido o berço da primeira ferrovia do Brasil - a E. F. Mauá – que o Estado parece possuir um grande número de entidades não governamentais exclusivamente dedicadas ou simpáticas às causas da preservação ferroviária e da volta dos trens, S.M.J. Vamos listar somente as que compõem o GFPF-Grupo Fluminense de Preservação Ferroviária, do qual sou o coordenador:

      



1.      ABOTTC-Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais      
2.      AEEFL-Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina
3.      AENFER-Associação dos Engenheiros Ferroviários
4.      AFERJ-Associação de Ferro-modelismo do Estado do Rio de Janeiro
5.      AFPF-Associação Fluminense de Preservação Ferroviária
6.      AMUTREM/RJ-Associação dos Amigos do Museu do Trem do Rio de Janeiro
7.      FAEF-Federação das Associações de Engenheiros Ferroviários
8.      MPF-Movimento de Preservação Ferroviária
9.      SESEF-Serviço Social das Estradas de Ferro
10.  Ponto de Cultura Barão de Mauá
11.  Instituto Uniarte
12.  Instituto Rio Carioca.
13.  Jornal O” Bate-papo”.

O GFPF tem por objetivo estratégico concentrar esforços para dar mais visibilidade e forca às ações isoladas, denunciar agressões ao patrimônio ferroviário, ajudar na implantação de trens, ajudar a promover Seminários, encontros, etc.
Além da preservação, todas as entidades acima defendem a tese de que a melhoria na mobilidade urbana somente será possível com a utilização de uma eficiente e moderna rede de transportes públicos formada por veículos sobre trilhos, quais sejam: trens, metrôs, monotrilhos e VLTs.

As vantagens desse modal são enormes: além de serem rápidos, seguros, confortáveis e bem menos poluentes, tem a capacidade de transportar muito mais passageiros por hora, contribuindo para reduzir a poluição atmosférica e o desperdício de combustíveis fósseis nos contumazes engarrafamentos. Só não vê quem não quer: ou porque é dono de montadora de veículos automotores, fabricante de peças, dono de revendedora,  oficina de reparos ou empresa de ônibus; ou então porque é míope!

Por esse motivo, hipotecamos todo nosso apoio e simpatia ao bem sucedido esforço que o companheiro ferroviarísta Cesar Mori vem desempenhando há anos à frente do CFVV, sobretudo depois que convenceu a FCA-Ferrovia Cetro Atlântica para formar um trem comemorativo para chamar atenção da sociedade, políticos, autoridades, entidades, mídia e o povo em geral, que o sonho de um trem – mais precisamente um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre Lavras e Varginha -, não é um sonho assim tão distante ou impossível. O feito que foi realizado algumas semanas atrás ficará para sempre na história da Região e nos corações e mentes dos que puderam desfrutar desse maravilhoso passeio, sobretudo os mais humildes, muitos dos quais, antigos passageiros dos trens que corriam na Região em um passado distante. 

Em 2002, o BNDES - onde trabalhei por 25 anos, inclusive na área de Transportes & Logística - juntamente com a COPPE/UFRJ, realizou um estudo denominado “A Volta dos Trens Regionais”, no qual foram minuciosamente estudados 64 trechos para serem reutilizados por Trens Turísticos e/ou Regionais, em linhas onde o tráfego de cargueiros era (e ainda é) bastante escasso ou inexistente. O eixo Cruzeiro-Lavras -Varginha foi considerado como sendo um dos mais promissores em todos os aspectos: operacional, comercial, turístico e também como importante vetor para o desenvolvimento e integração social da Região. E é justamente isso que Mori vem defendendo, muito provavelmente sem saber disso, quando concebeu o Circuito Ferroviário Vale Verde há uns cinco ou seis anos atrás. Sabemos que a luta para pôr um trem de volta aos trilhos é dura, demorada e até perigosa, pois costuma contrariar interesses outros, que não cabem aqui mencionar, mas que o inteligente leitor pode desconfiar quais sejam...

Por isso é muito difícil pôr o trem nos trilhos; mas, mais difícil ainda é pôr alguns adversários na linha (a não ser que estejam amarrados aos trilhos, mas não recomendamos essa prática).
-          Siga em frente, Oh! grande chefe do trem, pois estamos com vc nessa luta!
Pedras, barrancos, trilhos soltos, sabotagens, calúnias, desídias e mentiras,  podem descarrilar o trem, mas jamais vão descarrilar a sua forte determinação em querer o melhor para Lavras, e Região.
Com as nossas saudações ferroviarístas, desejamos-lhe boa sorte nessa dura empreitada. Conte conosco!
Antônio Pastori é também Presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária.

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