Sistema de freio dos trens será alterado
O metrô de Belo Horizonte vai
ficar mais moderno. O equipamento de freios com tecnologia de mais de
60 anos dará lugar ao sistema ABS. A abertura das propostas para
instalação do equipamento está marcada para o dia 17. Serão investidos
R$ 14,6 milhões nas 25 composições que integram a frota. A previsão é de
que a substituição completa ocorra em até três anos. Segundo o
superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos em BH
(CBTU-Metrô BH), Nilson Tadeu Nunes, a troca dará mais conforto aos
passageiros.
"A tecnologia é de 1950 e os trens são de 1986. Eles são muito
antigos e hoje enfrentamos dificuldades até para conseguir peças, pois
muitas saíram de fabricação", relata. O desgaste do material é outro
ponto negativo, pois, por ser um sistema mais rígido, gera desgaste
maior nas rodas e no trilho. O superintendente diz que com o ABS o tempo
para frenagem é menor. "Hoje, o trem precisa desacelerar muito antes de
parar na estação. Com o equipamento moderno, ele vai parar mais
rápido", ressalta.
Assim, será possível investir, no futuro, em sistemas de proteção de linha (barreiras físicas que se abrem em sincronia com as portas do metrô) e fazer a marcação do acesso de cadeirantes. "Hoje não temos essa indicação, pois não há lugar certo para o trem parar, por causa dessa dificuldade da frenagem", explica Nilson Nunes. Os novos freios terão impacto também no tempo de viagem. "Se a frenagem é reduzida, diminui assim o tempo que a composição fica parada na estação", afirma.
O representante da CBTU diz ainda que os freios foram comprados há mais tempo, mas não puderam ser instalados por falta de mão de obra altamente especializada, que agora é objeto da licitação. As 25 composições servem a única linha de metrô da capital (Vilarinho/Eldorado), com 28 quilômetros de extensão.
Mais trens
Além de ficar mais moderno, o metrô em BH ganhará composições. A expectativa é de que seja aberta nos próximos dias concorrência para a compra de 10 composições, já que ontem o governo federal publicou resolução que cria a comissão especial de licitação. A compra está avaliada em R$ 211 milhões e, além de diminuir o intervalo entre os trens no horário de pico, pode fazer com que mais vagões sejam acoplados às composições, aumentando a oferta de lugares para os passageiros,
Segundo a CBTU, a oferta vai incrementar, de imediato, em 50%. Mas a ideia é chegar aos 100%, mudando de quatro carros por trem para oito em horários de pico. Atualmente, nesses períodos, os intervalos entre as viagens variam de quatro a sete minutos. Com as novas composições, o tempo de espera cairá para três minutos. Será possível operar com composições maiores, que podem ser de oito carros.
Fonte: jornal - Estado de Minas
Publicada em:: 25/09/2012
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