19/09/2012 - Terra
Após a definição do leilão da primeira fase para a construção do trem de alta velocidade (TAV), definida para maio de 2013, e do anúncio do investimento de R$ 133 bilhões para o Programa de Investimentos em Logística para Rodovias e Ferrovias feito pela presidente Dilma Rousseff no dia 15 de agosto, os ânimos em relação ao desenvolvimento da tecnologia ferroviária se aqueceram no País e despertaram o interesse de empresas do exterior.
Na Innotrans, maior feira metroviária do mundo que ocorre entre hoje e sexta-feira (21) em Berlim, na Alemanha, há uma grande expectativa do lado brasileiro - representado por 42 empresas em um estande coletivo - em desenvolver parcerias futuras, fortalecer o networking e retornar ao Brasil com novas ideias e inspirações sobre o que em breve poderá ser aplicado no País.
Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), presente no evento, afirma que ainda é muito cedo para se falar em alianças concretas, mas concorda que a Innotrans é uma boa oportunidade para iniciar aproximações estratégicas, já que as maiores indústrias do setor do mundo estão concentradas no evento e dispostas a expandir seus negócios.
Além das quatro empresas - Mitsui (Japão), Alstom (França), Bombardier (Canadá) e CAF (Espanha) - que demonstraram interesse em participar das obras e de fornecer tecnologia para o TAV, Abate comenta que outros atores internacionais podem se candidatar para a licitação, desde que detenham a tecnologia necessária, experiência comprovada na área e um histórico sem acidentes. Com esse perfil, há empresas vindas da Austrália, Áustria, China, Coreia do Sul, Polônia, Estados Unidos e da própria anfitriã do evento, a Alemanha.
"Não temos experiência suficiente nesta área no País, por isso a transferência de tecnologia é tão importante. O que pode facilitar esse processo é o fato de que muitas dessas grandes empresas já atuam no Brasil, possuem fábricas e equipes. Eventos como esse servem para elas aproveitem para dar os primeiros ajustes para algo mais concreto".
Esta é a segunda vez que o Brasil participa oficialmente do evento. Nesta edição, além do estande, os representantes presentes oferecem nesta quinta-feira o seminário Brazil on Rails, que tem como tema "O potencial do mercado ferroviário brasileiro e seus planos de expansão". Espera-se abrir um debate sobre os projetos metroferroviários brasileiros.
Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), afirma que o foco da industria ferroviária do Brasil está mudando da carga para o transporte de passageiros, fato que vai de acordo com a perspectiva europeia.
"O diferencial da Innotrans é que o mercado Europeu é mais voltado para o transporte de passageiros do que o dos Estados Unidos, por exemplo. Os trens de alta velocidade, intercities e os regionais têm muitas coisas que podemos ver e aproveitar futuramente no Brasil", disse Vilaça.
Quem veio em busca de inspiração para os TAV na exibição a céu aberto pode se decepcionar um pouco, visto que o foco das empresas este ano está nos trens regionais e nos "trams" (que são uma espécie de bonde elétrico). A alemã Siemens, por exemplo, não apresentou nenhum modelo já construído da categoria. Os visitantes tiveram de se contentar com as miniaturas do Viaggio Speed Comfort, que chega até 250 km/h e o Velaro D (utilizado pela empresa alemã de transporte Deutsche Bahn) que alcança até 320 km/h.
O mais próximo que os visitantes podem se sentir de um TAV no evento é por meio do modelo italiano Frecciarossa 1000, do grupo Trenitalia em parceria com a Bombardier. Uma réplica do trem está exposta na feira, mas seu interior restringe-se a uma sala de projeção 3D em que as instalações para os passageiros são exibidas: muito luxo com assentos individuais reclináveis, monitores a bordo para o uso de computadores, wi-fi com tecnologia de última geração e sala de reuniões. Tudo dividido em quatro classes: Executiva, Business, Premium e Standard. O Frecciarossa 1000, de acordo com a Trenitalia, pode chegar a uma velocidade recorde de 400km/h.
Ainda assim, é possível levar muita inspiração na bagagem, pois os trens regionais expostos não deixam a desejar em aspectos como conforto e praticidade para os passageiros. Poltronas de couro reclináveis em alguns trens com classe executiva são tão confortáveis quanto as de um avião. Internet sem fio não é mais do que uma obrigação, além das tomadas instaladas ao lado das poltronas, pra ninguém ficar sem bateria.
O conforto das poltronas e o espaço nos corredores também são prioridade na classe econômica, além de espaços reservados para o transporte de bicicletas e para pessoas com necessidades especiais.
A Innotrans ocorre em Berlim até sexta-feira e conta com cerca de 2,4 mil expositores de 45 países.
Após a definição do leilão da primeira fase para a construção do trem de alta velocidade (TAV), definida para maio de 2013, e do anúncio do investimento de R$ 133 bilhões para o Programa de Investimentos em Logística para Rodovias e Ferrovias feito pela presidente Dilma Rousseff no dia 15 de agosto, os ânimos em relação ao desenvolvimento da tecnologia ferroviária se aqueceram no País e despertaram o interesse de empresas do exterior.
Na Innotrans, maior feira metroviária do mundo que ocorre entre hoje e sexta-feira (21) em Berlim, na Alemanha, há uma grande expectativa do lado brasileiro - representado por 42 empresas em um estande coletivo - em desenvolver parcerias futuras, fortalecer o networking e retornar ao Brasil com novas ideias e inspirações sobre o que em breve poderá ser aplicado no País.
Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), presente no evento, afirma que ainda é muito cedo para se falar em alianças concretas, mas concorda que a Innotrans é uma boa oportunidade para iniciar aproximações estratégicas, já que as maiores indústrias do setor do mundo estão concentradas no evento e dispostas a expandir seus negócios.
Além das quatro empresas - Mitsui (Japão), Alstom (França), Bombardier (Canadá) e CAF (Espanha) - que demonstraram interesse em participar das obras e de fornecer tecnologia para o TAV, Abate comenta que outros atores internacionais podem se candidatar para a licitação, desde que detenham a tecnologia necessária, experiência comprovada na área e um histórico sem acidentes. Com esse perfil, há empresas vindas da Austrália, Áustria, China, Coreia do Sul, Polônia, Estados Unidos e da própria anfitriã do evento, a Alemanha.
"Não temos experiência suficiente nesta área no País, por isso a transferência de tecnologia é tão importante. O que pode facilitar esse processo é o fato de que muitas dessas grandes empresas já atuam no Brasil, possuem fábricas e equipes. Eventos como esse servem para elas aproveitem para dar os primeiros ajustes para algo mais concreto".
Esta é a segunda vez que o Brasil participa oficialmente do evento. Nesta edição, além do estande, os representantes presentes oferecem nesta quinta-feira o seminário Brazil on Rails, que tem como tema "O potencial do mercado ferroviário brasileiro e seus planos de expansão". Espera-se abrir um debate sobre os projetos metroferroviários brasileiros.
Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), afirma que o foco da industria ferroviária do Brasil está mudando da carga para o transporte de passageiros, fato que vai de acordo com a perspectiva europeia.
"O diferencial da Innotrans é que o mercado Europeu é mais voltado para o transporte de passageiros do que o dos Estados Unidos, por exemplo. Os trens de alta velocidade, intercities e os regionais têm muitas coisas que podemos ver e aproveitar futuramente no Brasil", disse Vilaça.
Quem veio em busca de inspiração para os TAV na exibição a céu aberto pode se decepcionar um pouco, visto que o foco das empresas este ano está nos trens regionais e nos "trams" (que são uma espécie de bonde elétrico). A alemã Siemens, por exemplo, não apresentou nenhum modelo já construído da categoria. Os visitantes tiveram de se contentar com as miniaturas do Viaggio Speed Comfort, que chega até 250 km/h e o Velaro D (utilizado pela empresa alemã de transporte Deutsche Bahn) que alcança até 320 km/h.
O mais próximo que os visitantes podem se sentir de um TAV no evento é por meio do modelo italiano Frecciarossa 1000, do grupo Trenitalia em parceria com a Bombardier. Uma réplica do trem está exposta na feira, mas seu interior restringe-se a uma sala de projeção 3D em que as instalações para os passageiros são exibidas: muito luxo com assentos individuais reclináveis, monitores a bordo para o uso de computadores, wi-fi com tecnologia de última geração e sala de reuniões. Tudo dividido em quatro classes: Executiva, Business, Premium e Standard. O Frecciarossa 1000, de acordo com a Trenitalia, pode chegar a uma velocidade recorde de 400km/h.
Ainda assim, é possível levar muita inspiração na bagagem, pois os trens regionais expostos não deixam a desejar em aspectos como conforto e praticidade para os passageiros. Poltronas de couro reclináveis em alguns trens com classe executiva são tão confortáveis quanto as de um avião. Internet sem fio não é mais do que uma obrigação, além das tomadas instaladas ao lado das poltronas, pra ninguém ficar sem bateria.
O conforto das poltronas e o espaço nos corredores também são prioridade na classe econômica, além de espaços reservados para o transporte de bicicletas e para pessoas com necessidades especiais.
A Innotrans ocorre em Berlim até sexta-feira e conta com cerca de 2,4 mil expositores de 45 países.
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