20/09/2012 - Valor Econômico
Os moradores das áreas urbanas brasileiras comprometem cerca de 15% da renda com transporte urbano, informou nesta quinta-feira o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o estudo, essas pessoas gastam, em média, em torno de cinco vezes mais com transporte privado do que com transporte público nos deslocamentos diários.
Na categoria transporte público foram consideradas pelo Ipea as despesas com ônibus, transporte alternativo, táxi, mototaxi, transporte escolar, ferroviário e hidroviário. Como transporte privado, entraram no cálculo os gastos com automóveis, motocicletas e bicicletas, incluindo aquisição, manutenção, combustível, documentação, seguro, pagamentos de estacionamentos e de pedágios.
O estudo do Ipea toma como base a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2009, que teve como amostra 55.970 domicílios em todo o país. Foram analisadas nove regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém. Nas cidades periféricas das regiões metropolitanas, os moradores gastam três vezes mais com transporte privado do que com transporte público, menos do que os que moram nas capitais (quatro vezes mais).
Nas cidades do interior, porém, essa relação é de nove vezes. Um dos motivos para isso são as deficiências do transporte público no interior, explicou Carlos Henrique Carvalho, técnico do Ipea, que ressaltou também que nessas localidades não há muitos problemas com trânsito.
O comprometimento da renda com transporte urbano é maior nas cidades periféricas das regiões metropolitanas (16,43%), em função da renda menor da população. As pessoas que moram em capitais gastam, em média, 13,88% com transporte e aqueles que moram em regiões interioranas, 15,9%. "Mesmo gastando mais, em função da maior renda, o comprometimento orçamentário com transporte é menor nas famílias da capitais, indicando melhores condições de mobilidade e de inserção social das mesmas", diz o estudo.
Carvalho afirmou que um índice de comprometimento ideal com transporte, que foi calculado para se chegar ao valor do vale transporte pago pelas empresas, é de 6%, bem inferior ao que foi registrado na pesquisa. "Reduzir a mobilidade significa menos oportunidade de se conseguir emprego, menos condições adequadas de saúde e educação. Há, portanto, um impacto social embutido", disse Carvalho.
A pesquisa do Ipea também identificou que os gastos por pessoa com transporte coletivo na capital e nas cidades periféricas das regiões metropolitanas correspondem à metade do que é gasto nas cidades do interior. Por outro lado, os gastos per capita com transporte individual nos municípios interioranos estão no mesmo patamar dos observados na capital, com a diferença que o comprometimento da renda das famílias do interior com transporte urbano é muito maior, justamente por causa do maior percentual de gastos com transporte individual.
Os moradores das áreas urbanas brasileiras comprometem cerca de 15% da renda com transporte urbano, informou nesta quinta-feira o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o estudo, essas pessoas gastam, em média, em torno de cinco vezes mais com transporte privado do que com transporte público nos deslocamentos diários.
Na categoria transporte público foram consideradas pelo Ipea as despesas com ônibus, transporte alternativo, táxi, mototaxi, transporte escolar, ferroviário e hidroviário. Como transporte privado, entraram no cálculo os gastos com automóveis, motocicletas e bicicletas, incluindo aquisição, manutenção, combustível, documentação, seguro, pagamentos de estacionamentos e de pedágios.
O estudo do Ipea toma como base a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2009, que teve como amostra 55.970 domicílios em todo o país. Foram analisadas nove regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém. Nas cidades periféricas das regiões metropolitanas, os moradores gastam três vezes mais com transporte privado do que com transporte público, menos do que os que moram nas capitais (quatro vezes mais).
Nas cidades do interior, porém, essa relação é de nove vezes. Um dos motivos para isso são as deficiências do transporte público no interior, explicou Carlos Henrique Carvalho, técnico do Ipea, que ressaltou também que nessas localidades não há muitos problemas com trânsito.
O comprometimento da renda com transporte urbano é maior nas cidades periféricas das regiões metropolitanas (16,43%), em função da renda menor da população. As pessoas que moram em capitais gastam, em média, 13,88% com transporte e aqueles que moram em regiões interioranas, 15,9%. "Mesmo gastando mais, em função da maior renda, o comprometimento orçamentário com transporte é menor nas famílias da capitais, indicando melhores condições de mobilidade e de inserção social das mesmas", diz o estudo.
Carvalho afirmou que um índice de comprometimento ideal com transporte, que foi calculado para se chegar ao valor do vale transporte pago pelas empresas, é de 6%, bem inferior ao que foi registrado na pesquisa. "Reduzir a mobilidade significa menos oportunidade de se conseguir emprego, menos condições adequadas de saúde e educação. Há, portanto, um impacto social embutido", disse Carvalho.
A pesquisa do Ipea também identificou que os gastos por pessoa com transporte coletivo na capital e nas cidades periféricas das regiões metropolitanas correspondem à metade do que é gasto nas cidades do interior. Por outro lado, os gastos per capita com transporte individual nos municípios interioranos estão no mesmo patamar dos observados na capital, com a diferença que o comprometimento da renda das famílias do interior com transporte urbano é muito maior, justamente por causa do maior percentual de gastos com transporte individual.
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