18/05/2012 - Diário de S.Paulo
Isso porque o sistema de funcionamento dos trens da Linha 3-Vermelha, chamado ATC (sigla em inglês que significa controle automático de trens), prevê a presença de um condutor que, no dia do acidente, teve papel fundamental ao frear a composição manualmente quando o sistema falhou.
Já na Linha 4-Amarela a automação é integral e não prevê condutores. Nesse caso, o sistema de operação é o CBTC (sigla em inglês que significa controle automático de trens em bases de comunicação).
De acordo com especialistas ouvidos pelo DIÁRIO, tanto o ATC quanto o CBTC têm a função de dar segurança à circulação de trens pela distância que há entre eles e funcionam de forma automática. “É um dos sistemas mais seguros do mundo. Comparo o que aconteceu com a Linha 3 com a queda de um Airbus. A segurança é de 99,99%, agora só Deus não falha”, disse o especialista em sistemas ferroviários Peter Alouchre, referindo-se a maior fabricante mundial de aviões comerciais. A diferença entre os sistemas é na maneira pela qual o trem recebe o comando de aceleração e frenagem.
No caso do ATC, que opera nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás do Metrô, as informações são enviadas ao trem por meio de um circuito elétrico que está na via e os trens operam com uma distância mínima de 150 metros. Já no CBTC, que opera na Linha Amarela e está sendo implantado na Linha 2-Verde, o trem recebe o comando de velocidade por meio de ondas de rádio transmitidas por antenas ao longo da linha. Com o CBTC, o Metrô diz que a distância entre os trens pode ser reduzida a até 15 metros e o ganho de capacidade das composições seria da ordem de 20%.
“Tanto o ATC quanto o CBTC são sistemas perfeitamente seguros”, afirmou o doutor em planejamento e operação de transportes da USP (Universidade de São Paulo), Telmo Giolito Porto. “Eles são concebidos pelo conceito de falha segura, ou seja, quando uma falha é detectada o trem desacelera e para. Nos dois casos não há a necessidade de condutores.”
Segundo Luis Valença, diretor presidente da Via 4, que administra a Linha 4-Amarela, o sistema teria a vantagem adicional de evitar qualquer falha humana, uma vez que é totalmente controlado por computadores. “O trem acelera, freia e define sua velocidade por computador”, disse. “Não depende do ser humano para ser seguro.”
De acordo com Valença, qualquer falha de comunicação que faz com que o trem pare de receber informações da central, ele para automaticamente.
Valença salienta que em 25 anos a automação integral tornou-se a solução preferencial das novas linhas em questão de segurança. “Não há relatos de nenhum acidente grave, nas linhas automatizadas em serviço no mundo desde 1980”, afirmou. “A combinação dos avanços técnicos em segurança e confiabilidade permite operar metrôs sem condutor.”
Já o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres Junior, disse que a curta distância entre os trens na Linha Amarela aumenta a possibilidade de acidentes. “Essa linha opera na mesma distância que a Verde, mas não tem condutor. Isso é um risco muito grande.”
Isso porque o sistema de funcionamento dos trens da Linha 3-Vermelha, chamado ATC (sigla em inglês que significa controle automático de trens), prevê a presença de um condutor que, no dia do acidente, teve papel fundamental ao frear a composição manualmente quando o sistema falhou.
Já na Linha 4-Amarela a automação é integral e não prevê condutores. Nesse caso, o sistema de operação é o CBTC (sigla em inglês que significa controle automático de trens em bases de comunicação).
De acordo com especialistas ouvidos pelo DIÁRIO, tanto o ATC quanto o CBTC têm a função de dar segurança à circulação de trens pela distância que há entre eles e funcionam de forma automática. “É um dos sistemas mais seguros do mundo. Comparo o que aconteceu com a Linha 3 com a queda de um Airbus. A segurança é de 99,99%, agora só Deus não falha”, disse o especialista em sistemas ferroviários Peter Alouchre, referindo-se a maior fabricante mundial de aviões comerciais. A diferença entre os sistemas é na maneira pela qual o trem recebe o comando de aceleração e frenagem.
No caso do ATC, que opera nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás do Metrô, as informações são enviadas ao trem por meio de um circuito elétrico que está na via e os trens operam com uma distância mínima de 150 metros. Já no CBTC, que opera na Linha Amarela e está sendo implantado na Linha 2-Verde, o trem recebe o comando de velocidade por meio de ondas de rádio transmitidas por antenas ao longo da linha. Com o CBTC, o Metrô diz que a distância entre os trens pode ser reduzida a até 15 metros e o ganho de capacidade das composições seria da ordem de 20%.
“Tanto o ATC quanto o CBTC são sistemas perfeitamente seguros”, afirmou o doutor em planejamento e operação de transportes da USP (Universidade de São Paulo), Telmo Giolito Porto. “Eles são concebidos pelo conceito de falha segura, ou seja, quando uma falha é detectada o trem desacelera e para. Nos dois casos não há a necessidade de condutores.”
Segundo Luis Valença, diretor presidente da Via 4, que administra a Linha 4-Amarela, o sistema teria a vantagem adicional de evitar qualquer falha humana, uma vez que é totalmente controlado por computadores. “O trem acelera, freia e define sua velocidade por computador”, disse. “Não depende do ser humano para ser seguro.”
De acordo com Valença, qualquer falha de comunicação que faz com que o trem pare de receber informações da central, ele para automaticamente.
Valença salienta que em 25 anos a automação integral tornou-se a solução preferencial das novas linhas em questão de segurança. “Não há relatos de nenhum acidente grave, nas linhas automatizadas em serviço no mundo desde 1980”, afirmou. “A combinação dos avanços técnicos em segurança e confiabilidade permite operar metrôs sem condutor.”
Já o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres Junior, disse que a curta distância entre os trens na Linha Amarela aumenta a possibilidade de acidentes. “Essa linha opera na mesma distância que a Verde, mas não tem condutor. Isso é um risco muito grande.”
Postar um comentário
Postar um comentário