A Vale tem à mesa três estudos técnicos e econômicos para avaliar sobre a construção de um ramal de trens de carga ligando a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), sob sua concessão, até o Porto do Açu, complexo industrial que está sendo construído em São João da Barra, norte do estado do Rio de Janeiro, pela LLX do empresário Eike Batista.
“É um tema que estamos nos dedicando bastante. São três estudos: um técnico, o de carga e a junção de como será montanda a viabilidade econômica do negócio”, diz ao iG Economia o diretor de logística da mineradora, Humberto Freitas.
As empresas firmaram memorando de entendimento para construir o ramal na presença da presidenta Dilma Rousseff no final de abril. Mas a concretização do projeto, contudo, ainda é dúvida. “A Vale faz as contas, a gente pode ir até um retorno ‘x’. Se faltar, precisamos ver como vai ser. Ou o cliente investe ou como é uma ferrovia nova pode ser uma parceria com o governo. Não há definição ainda. Temos que ver qual será a definição técnica e qual será a carga para fazer as contas. Como concessionário, temos de estar atentos a como serão essas coisas (demanda)”, afirma o executivo.
Freitas não revelas os valores em estudo, embora o mercado estime em cerca de US$ 1,6 bilhão o investimento para construir os mais de 300 quilômetros necessários para levar a linha férrea da Baixada Fluminense à região norte do Rio.
“O Açu é um projeto grande, mas só será pleno com uma boa ligação ferroviária. Se não for só um porto de contêiner, uma ferrovia é muito importante. A carga tem de chegar ao porto. O conceito mais importante em logística é a carga. Você vê muito porto sem carga sendo construindo”, avalia o diretor da Vale.
Fonte: iG
Publicada em:: 21/05/2012
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