02/05/2012 - Folha de S.Paulo
Principal modalidade de transporte coletivo na capital e na Grande São Paulo, o ônibus foi o sistema que menos atraiu novos passageiros nos últimos cinco anos na comparação com trem e metrô.
Desde 2006, com a integração dos sistemas pelo Bilhete Único, o número anual de passageiros transportados saltou 63% na CPTM e 44% no Metrô, enquanto nos ônibus a alta foi de 13,3%, somados os sistemas da SPTrans (prefeitura) e da EMTU (estatal do governo paulista).
O crescimento foi ainda menor -de 10,5%- se for levado em consideração apenas o sistema municipal, que transporta 2,9 bilhões de passageiros por ano, ou quatro vezes o que leva a CPTM.
Tanto a gestão Kassab (PSD) quanto os governos tucanos de Serra e Alckmin não investiram em novos corredores de ônibus.
O Estado tem só um, iniciado por Franco Montoro (1983-87) e ampliado em 2010 por Serra. Já Kassab prometeu 66 km de corredores na atual gestão, que acaba em dezembro, mas não fez nenhum.
Com o crescimento menor, a participação dos ônibus paulistanos no total de passageiros caiu de 65% em 2006 para 58% no ano passado.
Motivos
De acordo com especialistas, um dos motivos para a pouca atratividade dos ônibus é a baixa velocidade, por conta da falta de investimentos em corredores e do aumento de carros nas ruas, o que atrapalha o fluxo onde não há faixas exclusivas.
De acordo com a prefeitura, em 2011, a velocidade média nos dez corredores foi de 15 km/h no horário de pico, inferior à que pode ser desenvolvida em uma bicicleta.
Outro motivo é o Bilhete Único, que permite ao usuário do transporte público usar dois sistemas com uma tarifa. Quem ia de ônibus até o fim da viagem agora desce e pega trem ou metrô no caminho, diz Marcos Bicalho, coordenador da Comissão de Circulação e Urbanismo da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
A prefeitura afirma que a oferta de lugares cresceu mais que o número de passageiros, o que mostra que o ônibus tende a não atrair mesmo mais gente.
Para o engenheiro Ivan Whately, da Secretaria Municipal de Transportes, a demanda é por sistemas de alta capacidade, como metrô.
Bicalho, porém, diz que, se os corredores prometidos estivessem em operação, haveria mais passageiros nos ônibus. Atrairia mais porque a viagem seria mais rápida.
Desde 2006, o metrô ampliou a linha 2-verde e inaugurou a linha 4-amarela. Já a CPTM investiu na modernização dos trens e do sistema -o que não evitou ao menos 15 falhas graves só neste ano.
Principal modalidade de transporte coletivo na capital e na Grande São Paulo, o ônibus foi o sistema que menos atraiu novos passageiros nos últimos cinco anos na comparação com trem e metrô.
Desde 2006, com a integração dos sistemas pelo Bilhete Único, o número anual de passageiros transportados saltou 63% na CPTM e 44% no Metrô, enquanto nos ônibus a alta foi de 13,3%, somados os sistemas da SPTrans (prefeitura) e da EMTU (estatal do governo paulista).
O crescimento foi ainda menor -de 10,5%- se for levado em consideração apenas o sistema municipal, que transporta 2,9 bilhões de passageiros por ano, ou quatro vezes o que leva a CPTM.
Tanto a gestão Kassab (PSD) quanto os governos tucanos de Serra e Alckmin não investiram em novos corredores de ônibus.
O Estado tem só um, iniciado por Franco Montoro (1983-87) e ampliado em 2010 por Serra. Já Kassab prometeu 66 km de corredores na atual gestão, que acaba em dezembro, mas não fez nenhum.
Com o crescimento menor, a participação dos ônibus paulistanos no total de passageiros caiu de 65% em 2006 para 58% no ano passado.
Motivos
De acordo com especialistas, um dos motivos para a pouca atratividade dos ônibus é a baixa velocidade, por conta da falta de investimentos em corredores e do aumento de carros nas ruas, o que atrapalha o fluxo onde não há faixas exclusivas.
De acordo com a prefeitura, em 2011, a velocidade média nos dez corredores foi de 15 km/h no horário de pico, inferior à que pode ser desenvolvida em uma bicicleta.
Outro motivo é o Bilhete Único, que permite ao usuário do transporte público usar dois sistemas com uma tarifa. Quem ia de ônibus até o fim da viagem agora desce e pega trem ou metrô no caminho, diz Marcos Bicalho, coordenador da Comissão de Circulação e Urbanismo da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
A prefeitura afirma que a oferta de lugares cresceu mais que o número de passageiros, o que mostra que o ônibus tende a não atrair mesmo mais gente.
Para o engenheiro Ivan Whately, da Secretaria Municipal de Transportes, a demanda é por sistemas de alta capacidade, como metrô.
Bicalho, porém, diz que, se os corredores prometidos estivessem em operação, haveria mais passageiros nos ônibus. Atrairia mais porque a viagem seria mais rápida.
Desde 2006, o metrô ampliou a linha 2-verde e inaugurou a linha 4-amarela. Já a CPTM investiu na modernização dos trens e do sistema -o que não evitou ao menos 15 falhas graves só neste ano.
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