CFVV VAI INVESTIGAR DESCASO COM O PATRIMÔNIO DA RFFSA E FARÁ REPRESENTAÇÃO AO MP NAS SUAS TRES ESFERAS...

O CFVV irá iniciar em alguns dias uma investigação minuciosa do patrimônio da extinta Rede ferroviária, especificamente em Lavras. O estudo vai buscar elementos que possam nos dar justificativas para movermos uma ação contra os culpados pelos danos. Tudo isto tendo como base o ano de 1996 onde se iniciou o descaso com a RFFSA.

Segundo o Presidente Cesar Mori, durante o seminário de Campinas e da apresentação dos representantes do Ministério do Planejamento, IPHAN e DENIT, muitas perguntas foram feitas e questões levantadas.

O presidente Cesar Mori questionou então os representantes do governo Federal, quanto ao estado deplorável em que se encontra atualmete todo acervo patrimonial de extinta rede. Levando em conta que o termo “extinto” já diz, ela está extinta! E portanto, como mortos não falam e durante anos foi muito discutido à quem pertence a responsabilidade pelo descaso, depredação, pilhagem, omissão e toda sorte de adjetivos desqualificadores possíveis... Quem deveremos responsabilisar como culpado e por consequência, ser obrigado pela lei brasileira a restituir tudo que daqui foi retirado, destruído ou demolido, pílhado sem que ninguém tomasse qualquer providência?

Ainda questinou o Presidente do CFVV quando ao incendio dos carros de passageiros do antigo trem regional o “BARRA MANSA”, que estavam esquecidos no depósito de Macaia e que se incendiaram sob situação suspeita, crimosa, ja sinistrados como vítimas do descaso, da falta de compromisso, do ignorância de quem deveria estar protegendo os bens materiais que foram comprados, ou mantidos com o dinheiro público... A quem deveremos nós povo de Lavras responsabilisar por isto? Estas e outras questões que virão a tona após o levantamento investigativo que faremos do acervo, serão parte de uma representação formal que faremos ao Ministério Público buscanod uma solução imediata, urgente referente ao aproveitamento do Patrimônio da nossa RFFSA. Fomos orientado a proceder com investigação e denuncia para que possamos acionar o ministério Público em defesa de nosso

patrimônio.

Ainda completa o Presidente:

Para os preservacionistas do setor ferroviário, não basta que o IPHAN e o DENIT façam este repasse aos Municípios para uso no turismo ou na cultura. Uma vez que mais de uma década se passou e a maior parte do que restou da ferrovia foi sucateado, destruido, incendiado e transformado em um monte de lixo! Até mesmo terminando em local de ações do crime e do uso e tráfego de drogas... É preciso mais rapidez nestes processos, imediatamente após a transfêrencia desta responsabilidade, devem dar a entrada em alguns casos, dos recursos do governo federal para que isto se torne uma realidade. Do contrário, será apenas retirar das mãos inoperantes de uns e passar para a inoperabilidade dos outros, pois município algum tem recurso para tal! Além de que é imprescindível a presença como fiscalizador reconhecido, uma entidade preservacionista, garantindo que os recursos sejam destinados que para aquele tal fim, e o acervo não tome outros rumos que não seja o previsto inicialmente, lembrando no meio político brasileiro, existem vários projetos iniciados em um governo e não terminados em outros por pura vaidade .

O correto seria buscar apoio desde o repasse, nas entidades de preservação e revitalização ferroviária, para que possam estar vinculadas ao repasse dos bens móveis e imóveis, como garantia da preservação, e também aval do governo no levantamento de recursos no setor privado, o que daria mais agilidade aos projetos em andamento ou futuros.

Alegamos desta forma, que iremos cobrar dos responsáveis pelos crimes que foram cometidos contra a RFFSA e os que forem pegos cometendo qualquer tipo de crime contra o legado da ferrovia.

Até o momento estivemos interagindo e solicitando medidas de prevenção e preservação, mas a partir de agora iremos cobrar mais incisivamente dos órgãos competentes, solução para a preservação dos bens patrimoniais, móveis e imóveis que são herança, parte da história da ferrovia local.

Apesar de sermos uma entidade não política, estaremos sim representados no cenário político nacional e estadual, por companheiros que alias ja defendem a causa e farão de tudo para que nossas cobranças alcancem seu objetivo.

Saudações ferroviaristas;