09/02/2011
Os 4 trens húngaros Ganz Mavag que estão sendo reformados e modernizados pela Ferrovia Manutenção e Engenharia LTDA, com sede em Fortaleza (CE) custa à Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP) R$ 6 milhões. O primeiro trem já está circulando e transporta 15 mil pessoas por dia, os outros três trens entrarão em operação em março.
Eles estão sendo totalmente reformados para atender a demanda de mais de 40 mil passageiros por dia e gastam menos com reposição de peças. Possuem sistema de ar-condicionado, motor Scania, frente nova de aço, painéis e janelas com maior resistência a degradações e revestimento em alumínio composto, câmeras e sistema de som. Todas essas peças podem ser adquiridas no mercado local, possibilitando uma redução nos custos de manutenção, além de economia de mais de 50% em combustível e lubrificante.
O trem húngaro, como é conhecido, rodou na década de 70 no Rio Grande do Sul, entre Porto Alegre e Uruguaiana. Na década de 90 o trem foi para Teresina, no Piauí.
A importação dos trens húngaros pertence a uma época em que a política do governo militar era produzir saldos comerciais a qualquer custo, mesmo com países que não podiam pagar em dólares, como a Hungria, Polônia, Iugoslávia e Romênia.
O Brasil exportava café, minério e aço e recebia em papéis dos países compradores. O mais famoso deles eram as “polonetas”, correspondentes a um saldo em torno de R$ 6 bilhões, acumulado no final da década de 70. Para não ficar com perda total, o governo obrigava as empresas estatais, a começar pela Rede Ferroviária e pela Cia. Vale do Rio Doce, a importar equipamento pesado desses países – que era a única coisa que tinham a oferecer - sem olhar muito preço nem qualidade.
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