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Title: ANTF: trechos abandonados estão sendo recuperados
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28/06/2012 - Valor Econômico A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) informou que as concessionárias de ferrovia já i...
28/06/2012 - Valor Econômico

A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) informou que as concessionárias de ferrovia já iniciaram as obras de recuperação de alguns trechos de malha que estavam abandonados. Matéria publicada nesta quinta-feira pelo Valor revela que o governo vai exigir que as atuais concessionárias recuperem 5 mil quilômetros de estradas de ferro que estão sem uso.

Ao todo, as concessionárias terão de consertar 49 trechos de malha, um conjunto de obras que poderá custar até R$ 5 bilhões. A determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atinge, essencialmente, três das 12 empresas que controlam a malha nacional: América Latina Logística (ALL), Transnordestina Logística e Ferrovia Centro-Atlântica.

Segundo o presidente-executivo da ANTF, Rodrigo Vilaça, as concessionárias têm obrigação contratual de manter o estado de conservação dos trechos concedidos nas mesmas condições do recebimento. “As concessionárias acreditam que os valores para recuperação de trechos ou de indenização, em casos de devolução dos mesmos, são menores que aqueles divulgados pelo jornal”, pondera Vilaça, por meio de nota.

Os valores mencionados na reportagem foram calculados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a agência, o custo para recuperação de cada quilômetro deve ficar entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão. Esse preço já é bem inferior à construção de uma nova ferrovia, na qual o preço do quilômetro gira em torno de R$ 5 milhões, de acordo com estimativas da estatal Valec, que está à frente de uma série de ferrovias em construção no país.

“Há, de fato, trechos considerados inviáveis, face ao atual cenário de origem e destino das cargas, já que as ferrovias foram construídas décadas atrás e o cenário de consumo interno e de exportação era outro”, comenta Vilaça.

Segundo o presidente da ANTF, a associação e a ANTT têm trabalhado “de forma criteriosa e contínua na busca de uma solução definitiva para os trechos sem viabilidade econômica, seja através de um redirecionamento dos investimentos para novos trechos, particularmente em regiões mais demandadas, seja por meio de outro tipo de negociação – como prevê a proposta, atualmente em avaliação, encaminhada à agência reguladora”.

“As concessionárias de ferrovias acreditam que, assim, contribuem para um maior e mais eficiente aproveitamento da malha do país”, diz Vilaça.

A ANTF representa a América Latina Logística (ALL), a Transnordestina Logística e a Ferrovia Centro-Atlântica, citadas pela agência reguladora. A associação ainda tem entre seus associados a Ferrovia Tereza Cristina (FTC), a Vale e a MRS.

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Professor Said disse... 1 de agosto de 2012 às 12:28

Antes da desestatização alguns trechos, incluídos nas diversas malhas, serviram como "redutores" do valor de referência nos leilões, justamente para viabilizar os investimentos na recuperação e aumento da capacidade de transporte.
Não existe justificativa para o abandono, que resultou no furto de material, invasão da faixa de domínio e depredação do patrimônio público. A suposta inviabilidade não justifica o abandono e as concessionárias que permitiram a destruição de ramais inteiros (caso de praticamente todo o trecho entre Lafaiete Bandeira e Cataguases, em Minas Gerais) devem pagar por isto. Quem apostou na impunidade tem que pagar pelos prejuízos causados ao patrimônio da Nação. Espero que as Autoridades fiquem bem atentas, pois vou continuar a minha campanha pela internet, pelas ruas contra este absurdo e este discurso hipócrita da inviabilidade (por que aceitaram as regras?!!)
Por falar nisto, alguém pode explicar as razões do abandono do trecho entre Campos e o Rio de Janeiro? Por que os vagões de combustível foram retirados do trecho e todo o transporte de derivados de petróleo passou a ser escoado pela BR 101? Existe risco de acidente grave por causa desta medida promovida pela FCA?
Se as linhas abandonadas não forem recuperadas e reconstruídas, os valores da concessão e do arrendamento devem ser recalculados desde a data do abandono. As concessionárias vão pagar esta conta??!!

 
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